Décima segunda folha

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Tudo estava escuro. Nas estradas de barro e na ruas de pedra,estava úmido e sem graça sem cor. Como  minha face
Poderia dormir num hotel,numa pensão na rua,no que fosse,estava perdido. Sem amor.
Estava só,quero dizer,sozinho. Nem o dinheiro ia me animar,só queria ir para a França,para longe,para a felicidade,se é que ela ainda existe.
Estava andando bem devagar pela as ruas. Lento e sozinho quando ouvi ou choro de um bebê.
  - Hun..?
  Isso era normal,mas queria ver donde vinha o choro,enquanto mais perto soava,mas a fria e úmida noite gelava meu pálido e cansado rosto,minhas lágrimas me rasgavam o rosto.
O choro vinha de um sobrado aos pedaços,era de tijolos velhos e alguns eram verdes por causa do fungo,a tintura azul céu  da casa estava descascando e se transformando em várias bolhas. O jardim da frente estava pisoteado,as folhas estavam mortas e a pequena passagem de pedras cinza como fumaça que vinha da calçada em rumo a porta estava quase quebrada.
O local em péssimas condições tem mais que um motivo para ter um criança chorando. Tem mil e mais um motivos
Bati na porta,para dar um sermão nos país pela a péssima condição que a criança se encontrava. Batia e nada. Apenas a pobre criança chorando desesperada.
Ainda estava com a mala na mão segurando ela firme até sentir meus dedos suarem
Encostei na porta sem querer e acabou por abrir fácil,estava destrancada. O lugar não estava melhor por dentro Móveis estavam numa condição estável, exista uma  escada em direção ao centro  também estava estável como posso dizer.
Os detalhes me pouco importavam, só me perguntava o que aconteceu para os pais deixarem a própria cria em tais condições.
O choro estava vindo do andar de cima,subi as escadas. Eram poucos degraus e chegei a um quarto pequeno,mas bem iluminado,tinha uma mesa de madeira grossa e um berço branco e bem detalhado com enfeites rosas,dentro tinha uma bebê. Tinha pele branca como neve era linda,os pais deviam ter bons genes para ela...
Achei um bilhete na mesa e li:
"Por favor,quem for a a boa alma de Deus que venha. Por favor cuide da minha filha,há pessoas aqui na porta. Um grupo de policiais comandado por um homem de pele morta olhos verdes ou o que eles forem. Vão nos matar,eu e  meu marido estamos sendo procurados e nem numa casa abandonada e nojenta nos deixaram em paz. Faça com que minha filha não morra..."
Não existia uma assinatura, apenas o bilhete amassado.
A menina me olhava e ria,como ela estava sozinha eu conversei
  - Parece que nois dois estamos sem família,certo?
  - Você não pode me responder,garotinha. Mas,um dia você vai.
  - ...
Ela estava chorando um pouco,era de solidão,abri minha mala e peguei um cobertor branco e bem quente para ela. Peguei ela nos braços e cobri,ela estava gelada pelo o frio,Mas começou a se esquentar e após um tempo,se acalmou
  - Não se preocupa pequena.
  -Papai está aqui
Ela me respondeu com um sorriso e um barulho que não entendi
Fui andando com ela nos braços até ela dormir. Até ela fechar os olhos e sonhar.
Pus ela no berço e comecei a fazer carinho no rosto daquele bebê.
Peguei uma poltrona na sala e levei até o quarto do berço também levei outras coisas para me aconchegar naquele pequeno lugar. Deixei minha mala em cima da mesa de madeira peguei minha última coberta e alguns lençóis um travesseiro da poltrona e fiz minha cama
Antes de me deitar e relaxar,beijei a cabeça da bebê,aquela pele macia e quentinha que dormia tranquilamente no berço.
Balança o berço rindo:
  - Acho que vou ficar com você
  - Não quero viver minha vida sozinho
  - ...
  - Perdi toda a minha família,meus amigos,minha casa,meu emprego a pessoa que me admirava.
  - Tudo,querida,tudo.
  - Mas,como eu perdi cada coisa,eu acho  que podemos reconstruir...Perdi minha família,mas
  - Vou construir uma nova,mon mignon
  - Prometo que vou te amar,ma chère
  - ...
  - Je t'aime,filha.
  Vou chamá-la de Marina.
Para dar uma chance de perdoar meu erro do passado e fazer um futuro melhor.
Parei de balançar o berço e deitei,me cobri,fiquei confortável...

Bonne nuit 

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