Quarta folha

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Tenho que ser honesto, faço escândalos sobre coisas bobas,me aprofundo numa solidão mesmo sendo coisas irrisórias.
Após ficar um tempo parado ao lado da porta de madeira,apoiado em meus joelhos ouvi um barulho da porta destrancada,Marina estava ajoelhada e veio até a minha direção se apoiou em mim e me abraçou
  - Desculpa,Fe,Não foi por querer.
  - Não guardo rancor,também foi estúpido o que fiz
  - Mas isso não prova que você está certo,o que está em jogo é...
  - Marina,vamos esquece a política e focarmos em perdão?
  - Sim,Fe.
  - Obrigado,realmente,obrigado
  - Pelo o que?
  - Por existir...
Ela riu e pegou um livro que estava no chão,tentei ler,mas sem sucesso. Ela olhou para o relógio no teto e deu um pequeno pulo . Fechou o livro inesperadamente e rápido,marcou a página,correu para o quarto e abriu o Guarda roupa e pegou dois vestidos,um azul claro parecido com a cor do céu,com detalhes a mão,fazendo vários encaracolados e degrade de azul marinho pela a região do tórax,o outro vestido era um roxo escuro era bem curto com uns babados no final de preto e pérolas,tinha também listras pretas e pequenos brilhos de diamantes,que ficavam na gola a direita já que só tinha essa apenas,lá era emplumado de plumas roxas de cores vibrantes
Ela me mostrou os dois vestidos e disse:
  - Qual eu uso?
  - Uhh...O Roxo,é bonito.
  - Que bom!Adoro esse!Tenho certeza que meu amor vai gostar!
  - Mudei de idéia o azul.
  - Por que?
  - Porque é mais longo e tem as duas alças,Marina,seu namoradinho não vai  ficar vendo suas pernas. Use o azul
  - Você é patético,Fernando
  - Não,sou seu irmão
  - Uhh,só se comporte
  - Não prometo nada sobre esse vagabundo.
  -OKAY OKAY!DEUS,SÓ CALE A BOCA,VAI CONHECÊ-LO.
Ela saiu batendo os pés,tive que pegar o salto alto que minha irmã  tinha deixado no quarto,eram sapatos pretos como a noite e bem altos. Nossos pais já tinham chegado,e pelo jeito fazia tempo. Meu pai viu Marina saindo brava pela a porta:
  - Fernando,qual foi uma das merdas que você fez?Ele suspirou irritado
  - Nada,pai.
  - Tente ter um mínimo de respeito por tua irmã
  - Compriendo...
  -Fernando...O que aconteceu lá na rua...?
  - Protesto.
  - Certo certo...Só isso?
  - Sim. Virei a cara
  - OLHA PRA MIM ENQUANTO FALO COM VOCÊ FERNANDO
  Nesse estante uma voz doce e calma soou do fundo da cozinha.
  - Deixa o menino,Henrique,pobre moleque!
  Era minha mãe,tinha cabelo marrom e olhos levemente azulados,cheirava a morangos tinha grandes lábios vermelhos e um sorriso carinhoso. Ela não me odeia,mas raramente me defende do meu pai.
Meu pai ou Sr. Henrique,me olhou torto,e disse
  - Vai atrás de tua irmã,Desperdício.
  -Okay...Eu irei
Desperdício...Desperdício de vida..
Tentei ignorar o comentário e sai em busca de Marina ela estava no outro lado da rua,sentada num banco de pedra ao Lado esquerdo de uma árvore.
  - Esqueci meu sapatos,Fernando
  - Percebi,trouxe eles
  - OBRIGADO!!!!
  - De nada
Ela os calçou e andou tropeçando entre as frestas da rua feita de pedra em formato de pequenos quadrados,continuamos e ela saia muito feliz,gosto de ver ela assim,sorridente. Mas não estava feliz pelo o encontro,foi por eu estar conhecendo o namorado dela.
Após alguns quarteirões chegamos na casa,ela bateu na porta e um homem de cabelo negros,olhos verdes como folhas e pele branca,pálida. Eles se abraçaram e tive que virar o rosto
Ele sorriu e disse
  - Você deve ser o Fernando,certo...?
  - Exato e você deve ser o asno que namora minha irmã
  - Heh...Como você sabe? Ele disse corando um pouco
  - Pela sua cara de imbecil
  - Oh,desculpe-me
  - Hm.
  Marina olhou brava para mim,mas não  disse uma sílaba.
Entrei na casa dele,que honestamente era bem  cuidada
Passei pela a casa,era bem bela. Mas o dono me queimava o ódio 
Estava numa situação de raiva,estava ansioso uma sensação inexplicável,não apenas pela minha irmã,mas pelo o que ele podia fazer com ela.

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