Only You | C.G (revisão🛠️)

06. Espinosa

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Glenn Rhee

Quatro anos depois que ele resolveu bater no vidro de um carro para confirmar se era mesmo uma criança sozinha e algumas horas após ele sair do ônibus para ir atrás dessa criança, que já não é mais uma criança.

Acordei na prisão, meu corpo inteiro estava dolorido, senti o sol no meu rosto, levei alguns segundos para conseguir abrir os olhos, minha arma estava pendurado no meu braço, senti o peso para baixo, estava quase caindo, consegui me virar e ver onde estava, por pouco não cai em um horda de zumbis.

Olhei em volta, estava tudo destruído, mal parece que vivíamos bem aqui até pouco tempo. Entrei no bloco de celas procurando alguém ou algo que sobrou, nada.

Consegui caminhar um pouco por dentro da prisão, ainda não foi tomada por zumbis por conta das portas e trancas que arrumamos, com certeza não vai durar muito.

Depois de não encontrar ninguém, fui atrás de coisas e suprimentos para me ajudar a sair daqui. Na minha cela estavam as fotos que tiramos naquele dia, aproveitamos a sorte e filtros de fotos que encontramos e tiramos algumas fotos do grupo, a maioria não estavam prestando atenção e não olharam para as fotos, Carl e Beth não são os melhores fotógrafos. Coloquei todas as fotos na bolsa, ainda não acredito que perdemos isso, perdemos nossa casa, nos perdemos.

Merda! Eu preciso encontrá-los.

Mas primeiro, eu preciso encontrá-las.

Coloquei roupa de proteção que costumávamos usar, peguei uma bolsa grande e coloquei tudo de útil que achei, passei na cela da Lea, peguei sua foto com a irmã que ela deixava pendurada junto com alguns desenhos e páginas de revisitas antigas do lado da cama, coloquei junto com as outras, vi de baixo da cama um livro com os desenhos dela e coloquei na bolsa também.

A prisão inteira está sendo tomada por zumbis, então só tem um jeito de passar, muitos me rodearam, consegui matar alguns e continuar correndo, avistei uma pessoa de cabeça abaixada num lugar com grades, fui ate lá e entrei. Não a conhecia então só poderia ser do grupo do governador, eu poderia mata-la agora, talvez ela mereça, ela estava com uma arma, peguei e ainda estava cheia.

- Está cheia, não deu nenhum tiro?

- Não. – falou baixo. – A única coisa que eu fiz foi ver minha irmã morrendo.

- Levanta, me ajuda e vamos sair daqui. – ela nem se moveu. – Levanta.

Não acredito que vou confiar minha vida em quem acabou de destruir minha casa, mas qual escolha eu tenho? Sozinho vai ser mais difícil, e se ela ainda está aqui sem precisar dar nenhum tiro é porque sabe se esconder.

- Por que quer minha ajuda?

- Eu não quero, eu preciso, tenho que encontrar minha mulher e minha filha, e você pode me ajudar. – Ela parou para pensar. - Se você não me ajudar eu te mato aqui mesmo, anda! Levanta!

Eu não faria isso, mas ela não precisa saber. Não agora.

- Tudo bem, tudo bem! Qual seu nome?

- Glenn, você?

- Tara.

- Ótimo, Tara, vamos distraí-los, você vai na frente atirando, e eu sigo, vamos nos cobrir, ok?

- Ok, vamos.

Joguei uma garrafa de bebida com uma pano pegando fogo em um carro longe, o carro chamou atenção da maioria dos zumbis. Saímos correndo, atirando e lutando contra os zumbis até uma estrada.