Capítulo 4

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CHRISTIAN GREY

Anastásia me encara boquiaberta e começa a rir. Rir mesmo. Ela começa a gargalhar e eu a encaro sério. De repente ela ficar séria e me olha confusa.

—Espera... Você estava falando sério? —Ana pergunta arrependida. Balanço a cabeça, e ela arregala os olhos. —Ah.

Abro a boca, mas a fecho assim que escuto um bebê chorando. Ana abre um sorriso imenso e isso faz meu coração palpitar mais rápido que de comum. Ela se levanta e estende a mão para mim, seguro em sua mão e levanto-me.

—Quer conhecer meu irmãozinho?

—O monstrinho? —Digo fazendo uma careta e ela dá uma tapa forte no meu braço pegando-me de extrema surpresa. —Você me bateu? —Pergunto incrédulo, mas com uma pouco de diversão.

—Não chame meu irmão de monstrinho.

Ana gira sobre seus calcanhares e sai andando do quarto enquanto seu cabelo balança. Reviro os olhos e decido ir atrás dela. Caminho pelo corredor e vejo uma das portas aberta, quando entro vejo Anastásia parada no meio do quarto segurando um embrulho azul. Acho que definitivamente essa cena é bonita. Não que eu concorde que é bonita, mas é algo irrevogável. Sabe? O amor de irmãos. Mas é bonitinha. Talvez a cena mais bonita que eu já tenha visto..., mas quem sabe.

Ela se vira e abre um sorriso para mim, o menino – de olhos tão azuis quanto os dela – me encara e logo abre um sorriso igualzinho ao dela mostrando alguns dentes.

Juro. Juro mesmo que tentei evitar o sorriso, mas é impossível. Meu coração palpita tão rápido que acho que foi substituído por asas de um beija-flor. Aproximo-me tentando ser natural, mas falho miseravelmente quando menino sorris de novo. Por que bebês tem que ser tão fofos? E por que a cena deles dois juntos me faz tão bem? O que essa garota está fazendo comigo?

Assusto-me ainda mais quando o menino estende os braços para mim e começa a 'gungunar'.

—Acho que ele gostou de você. —Ana diz não tão satisfeita.

—O que há de errado nisso?

—Se ele gostar de você, com certeza ele vai se apegar a você...

—Ainda não entendi onde está o problema. —Sussurro confuso.

—Eu não quero que ele se apegue a ninguém além de mim e da mamãe, as pessoas não são boas Christian, elas nos abandonam quando menos esperamos.

—Você acha que eu vou te abandonar? Como seu pai fez? —Pergunto.

É estranho eu sei, mas o fato de estar longe dela já mexe comigo. Talvez porque tenhamos histórias parecidas, mas eu não consigo mais me ver... Sem ela?

—É o esperado a se fazer. —Ela diz e força um sorriso. —Eu preciso dar algo para ele comer. Importa-se em me ajudar?

—Não..., mas só não me peça para segurá-lo. Ele ainda é um monstrinho. —Digo fazendo uma careta e ela revira os olhos.

—Não o chame de monstrinho. —Ana diz rindo. —Ele vai ficar ressentido.

—Ele nem sabe o que é um monstrinho ainda. —Falo revirando os olhos.

—Mas eu sei!

Arthur olha de para Ana e depois para mim, então ele gargalha e ataca o queixo de Anastásia com mordidas e... Baba.

—O que ele está fazendo? —Pergunto confuso.

—Ele está com fome. —Ela fala rindo. —Vem.

Sigo-a até a sala e ela coloca o bebê no andador. O menino começa a correr pela casa enquanto sorri. Anastásia vai até a cozinha, ela pega uma banana e descasca, depois começa a amassá-la com uma colher, e por fim senta-se no sofá. Arthur corre até ela com a boquinha aberta e eu acho isso – por incrível que pareça – muito... fofo.

Amor OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora