Amor Oculto

Capítulo 7

CHRISTIAN GREY

Anastásia está deitada ao lado de Carla e Tuntum está entre as duas, e ambos os filhos estão dormindo e parecem até mais tranquilos.

—Como ela está?

—Eu não tenho muita certeza. —Mamãe sussurra. —Nós já fizemos tantos exames, mas nada consta. Ela só está... dormindo.

—Ela vai acordar?

—Nós não sabemos.

Suspiro e encaro Ana abraçada à mãe.

—Eles vão sofrer muito se a perderem.

—É. Eu imagino. E já que estamos falando sobre eles, será que nós dois podemos ter uma conversinha?

Balanço a cabeça e continuo olhando Anastásia.

—Que história é essa de virar tutor de duas crianças? —Mamãe fala batendo em meu braço.

—Ai mãe! —Coloco a mão sobre o lugar que ela bateu e a encaro. —Não está vendo? Eu gosto deles, e eles não tem ninguém. Não teria motivos para não fazer isso.

—Ah, meu filho. —Mamãe suspira e depois sorri. —Eu estou orgulhosa de você, muito. E eu vi que você gosta deles, na verdade todos viram. E eles também devem gostar de você. Só vá com calma, e tenha certeza se é isso mesmo que você quer. A Carla pode não acordar, querido, você como tutor vai ficar responsável por eles se isso não acontecer.

—Eu sei disso, mas eu escolhi estar com eles, e vou estar independente de tudo.

—É bom ouvir isso querido. Seu pai ouviu a notícia, e a Mia também, todos estão loucos para conhecê-la.

—E meu irmão e a Kate?

—Ainda não voltaram da viagem. —Mamãe diz sorrindo. —Mas já devem saber. Ou não, mas logo saberão, a notícia está em todos os lugares.

—Imagino. —Sussurro.

—Eu vou fazer um almoço domingo, leve os dois, ok?

—Ok.

—Eu tenho que voltar ao trabalho. Cuidem bem da Ana. —Mamãe balança a cabeça e sorri. —Tente trocar menos olhares, por favor, está muito ruim.

—É tão óbvio assim?

—Demais.

Mamãe sorri e sai andando pelo corredor, entro no quarto e me aproximo da cama, Tuntum acorda de súbito e me olha, ele sorri aquele sorriso meio banguela que faz meu coração palpitar mais rápido. O pego em meus braços e ele ataca meu queixo. Sorrio e me aproximo de Ana, sem que eu a toque ela acorda.

Anastásia olha para a mãe e a aperta mais, ela fecha olhos com se sentisse dor e aquilo dói em mim.

—Quer ir para casa baby? —Pergunto acariciando seu rosto.

—Nós podemos voltar depois? —Ela pergunta olhando a mãe.

—Claro que sim.

Ana balança a cabeça e se levanta com cuidado, ela beija a testa da mãe e nós saímos do quarto, caminhamos juntos pelo corredor do hospital, mas antes que consigamos chegar à porta Taylor e Sawyer nos barram.

—O que houve? —Pergunto.

—Sr. Grey. —Taylor diz ofegante. —Eles estão por toda parte, cercaram o hospital.

—Merda! —Digo ríspido.

—Eu já chamei mais homens, mas eles vão chegar mais tarde, por enquanto eu não aconselho que saiam. Nós não conseguiremos passar.