Capítulo 10

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CHRISTIAN GREY

Passei a última hora tentando me concentrar em uma maldita reunião, mas parece impossível quando Anastásia não sai da minha cabeça. Eu estou nesse momento com espanhóis, nós estamos com um projeto ecológico para implantar nas faculdades, entre outras aquisições. Suspiro pesadamente e sinto meu celular vibrar. Atendo, mas ouço uma gritaria no fundo.

—Christian. —Reconheço a voz de Mia, mas ainda é possível ouvir os gritos.

—Mia? —Digo e todos na sala de reunião ficam em silêncio.

—Por favor, por favor, corre para a escola. Eu não sei o que aconteceu, mas a Ana está tendo um surto. Ninguém consegue segurá-la, ela correu para o meio dos carros, um amigo segurou a tempo, mas ela está gritando e ninguém consegue se aproximar... por favor. Os jornalistas estão aqui. E eu acho que os seguranças da escola não vão conseguir contê-los. —Mia solta tudo em um só fôlego.

—Porra! —Sibilo e me levanto. Ross me olha assustada. —Desculpe. Eu tenho que sair. Ross, por favor, termine por aqui, senhores eu realmente peço desculpas, mas alguém precisa de mim, e essa pessoa realmente é mais importante que dinheiro.

Saio da sala correndo e Taylor se levanta.

—Taylor, a Ana está com problemas, e os malditos jornalistas estão no colégio.

—Eu vou chamar os homens senhor.

—Eu vou indo na frente.

Corro para o elevador e entro, aperto o botão e as portas se fecham, o tempo que ele leva para chegar ao térreo parece uma eternidade, mas assim que as portas se abrem corro para o carro. O transito não coopera muito, levo cerca de meia hora para chegar, e quando chego vejo muitos alunos no pátio e os jornalistas tentando entrar a todo custo.

—Mia. —Digo quando ela atende o telefone. —Eu estou aqui, mas é impossível entrar.

—Usa a entrada de entregas, está aperto.

—Ok.

Desligo o celular e dou a volta na escola entrando pelos fundos. O diretor e Mia estão lá quando chego, eles me conduzem até o pátio onde os alunos estão sendo afastados pelos professores. Vejo Geovanna, Wendy, Kate, Elliot e outros três garotos que não conheço. Eles estão fazendo um círculo e os gritos de Ana ainda são possíveis de ouvir em meio a todo o barulho. Corro até eles que me dão espaço. Anastásia para de gritar quando me vê, eu ajoelho em sua frente e vejo sua respiração se acalmar, ela ajoelha e levanta a mão para me tocar, mas antes que possa fazer isso, ela desmaia. Seguro-a para impedir que ela bata a cabeça no chão. Levanto-me rapidamente e corro para dentro da escola com ela. O diretor Sparks me indica a enfermaria e eu levo Ana para lá. Coloco-a deitada sobre a maca e a médica se aproxima para examiná-la.

—A pressão dela está baixa. —Diz a Dra. Walker. —Ela vai precisa tomar um pouco de soro.

—Só faço com que ela melhore. —Sussurro sem tirar meus olhos de Ana.

A médica pega uma intravenosa e começa a aplicar o soro pelo braço esquerdo de Anastásia. Alguns minutos depois Anastásia acorda. Ela me olha e eu tudo que eu vejo em seus olhos é medo e desespero. Isso parte meu coração completamente. Ela levanta a mão e eu me aproximo.

—Não deixa ele me machucar. —Ana sussurra e começa a chorar. —Por favor, por favor. Diz que vai cuidar de mim?

—Ana, amor. —Sussurro sem pensar. —Claro que vou cuidar de você. Você é tudo para mim.

Ela puxa me mão e eu a puxo para meus braços. Sento-me e tomo-a em meus braços, ela começa a soluçar contra meu peito e fica ali até se acalmar. Levanto seu rosto já se lágrimas e arrumo a coroa em seu cabeça. Ela sorri de forma tímida e volta a enterrar o rosto no meu peito.

Amor OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora