Capítulo 8

5.3K 419 31
                                    

ANASTÁSIA STEELE

Christian se curva um pouco e beija meus lábios castamente, ele vai intensificando o beijo até que... paramos ao ouvir Arthur chorar.

—Não. —Christian murmura. —A Gail pode cuidar dele.

—Christian, não. —Digo virando meu rosto. —Ele é minha responsabilidade.

—Ah, Ana, isso não é verdade.

—Não? E de quem mais seria? Da minha mãe?

Empurro e levanto-me, saio da sala e vou para o quarto de Christian, Arthur está deitado na cama chorando enquanto suga as mãozinhas e fala 'mama'. Aproximo-me e o pego nos braços, ele sorri e deita a cabeça na curva do meu pescoço. Pego sua mamadeira na bolsa e o leite.

—Ana. —Christian diz parado na porta. —Me desculpe. É só que...

—Deixa para lá, por favor. Ajude-me.

Christian suspira e se aproxima pegando Arthur, e pela primeira vez eu vejo Arthur chorar para não ficar com ele. Olho para Arthur e ele começa a se jogar dos braços de Christian que quase o deixa cair.

—Ei. —Pego rapidamente e ele começa a se acalmar. —Acalme-se bebê.

—O que ele tem? —Christian diz preocupado.

—Acho que fome. E acho que preciso trocar a fralda dele. Você consegue fazer a mamadeira? Ou pode pedir para a Gail, por favor?

—Claro.

Entrego-lhe o leite e a mamadeira e ele sai do quarto, caminho até a cama e coloco meu irmão em cima da mantinha, abro seu macacão e depois a fralda, pego o lencinho e começo a limpá-lo. Pelo canto do olho vejo Christian parado na porta do quarto fazendo uma careta. Acabo sorrindo. Continuo limpando Tuntum e logo coloco outra fralda, passo a pomada de assaduras e fecho a fralda, fecho seu macacão e o coloco sentadinho. Ele pega a pomada para assadura e começa a morder a tampa. Levanto-me e jogo os lencinhos e a fralda suja no cesto.

Quando volto à cama não aguento a cena e começo a rir. Arthur conseguiu abrir a pomada e está com a boca toda branca fazendo uma careta enorme. Começo a rir e me aproximo dele. Pego a pomada e coloco na bolsa e depois o limpo. Christian se aproxima e senta na pontinha da cama, Arthur sorri e vai engatinhando até ele que lhe pega. Ele começa a dar a mamadeira para Tuntum e eu fico observando-os.

Tuntum dorme ainda com o bico da mamadeira na boca, sorrio e me aproximo para pegá-lo, mas Christian não deixa ao invés disso ele se levanta e sai do quarto com Tuntum. Sigo-o e vejo-o entrar em um quarto no andar de cima, quando entro vejo um berço e várias outras coisas para bebê. Chris coloca meu irmão no berço e o cobre, ele acende o abajur e se debruça dando um beijinho nele.

—Como? —Pergunto olhando o quarto.

—Vem.

Christian me leva para fora do quarto e percebo que ele está segurando uma babá eletrônica.

—Quando você aceitou ficar aqui alguns dias, eu sabia que o monstrinho não poderia dormir fora do berço. Então eu pedi que arrumassem um quarto para ele.

—Mas foi tão rápido... ah. —Arqueio uma sobrancelha e cruzo os braços. —Christian Grey. Mas por que não, só um carrinho? Já que eu não vou morar aqui, muito menos o Arthur, e quando nós formos embora?

—Hum. Vai continuar lá. Você vai ficar comigo, não vá? Quem sabe um dia o Tuntum queira vir para cá.

—Pensei que você não gostasse do 'monstrinho'.

Amor OcultoOnde histórias criam vida. Descubra agora