Capítųlo 30 - Inevitável Amor

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Havia escurecido, e eu já estava pronta, esperava apenas por Glodrel bater á porta para me levar ao colégio.
Sim, ele não havia dito mais nada depois da tarde, voltamos calados, ele seguer olhava pra mim, e eu não conseguia dirigir uma palavra á ele, não conseguia dizer; mas nada disso importa mais, hoje é minha formatura, e eu tinha esperado por ela ansiosamente.
Eu usava um vestido azul escuro, quando o-vi numa loja, achei extremamente lindo, aliás, quando eu caminhava, ele criava um pouco de volume, e assim, deixava-me uma verdadeira princesa.
Olhou-me no espelho e vi o quão bonita eu estava, não que eu seja cheia de si, mas, nunca pensara que eu, talvez, poderia ser daquele jeito.
De repente, a campainha tocou, e feito uma maluca, corri o mais rápido que pude, temendo Cristine chegar antes de mim, já alguns degraus perto, ouvi um grito

- Vai Mãe! - gritou Nina feito uma louca - Ele chegou!

Antes que eu pudesse chegar, Cristine apareceu, sorrindo malévola para mim e eu soube o que ela queria dizer

- Suba e desça quando eu mandar. - disse sorridente - quero uma cena de filme clichê.

Revirei os olhos, enquanto eu subia novamente, ouvi ela destrancar a porta e cumprimenta-lo

- Olá majestade. - disse formalmente - futuro rei.

- Pode me chamar de Glodrel, dona Cristine - A voz me trouxe arrepios pelo corpo inteiro - Lexi está pronta?

- Lexi! - exclamou ansiosa pela minha descida clichê - Pode vir.

Respirei fundo e dei meu primeiro passo, e mais um, meu coração disparou alarmante, os olhos dele vieram em minha mente, estremeci, será que eu estava bonita? O que ele acharia de mim?

Ao vê-lo ali, olhando para mim, senti um grande calafrio, o frio na barriga de alguém apaixonada. Ele estava deslumbrante, usava um terno cinza e seus cabelos loiros estavam penteados. Um sorriso avassalador estampou seu rosto e então eu tive certeza que, ele era minha escolha certa.

- Você está... belíssima.

Admirou ele, e não pude conter meu sorriso

- Obrigada. Você está deslumbrante com este terno.

Ele ficou cabisbaixo e respondeu

- Era do meu pai. Quer dizer, Jaziel.

Engoli em seco, Glodrel passara a vida órfão, e ao descobrir quem é seu verdadeiro pai, descobre também que ele está morto.
Cristine nos olhava sorridente, e então com um tapinha nas minhas costas, ela disse

- Agora vão. Ou querem chegar atrasados?

Assenti e sorri para Glodrel, que retribuiu. Ele pegou em minha mão e levou-me á um carro prata, que nos esperava lá fora

- Eu tenho uma surpresa para você.

Ele abriu a porta do carro, entrei ajeitando o vestido para que não amassasse. Logo após, ele rodeiou o carro e entrou também. Ao se acomodar, ele pegou um controle e pôs em volante automático. A chave girou como se alguém estivesse dirigindo e ele disparou.
Lá dentro, Glodrel pegou um caixinha lilás, sorrindo, me entregou

- Lexi - disse suavemente - espero que goste.

Quando abri a caixinha, havia dois pinjente, duas luas, mas então ele pegou ambas e juntou, formando um amuleto brilhante

- É assim que me sinto quando estou com você, eu me sinto completo, feliz.

Engoli em seco e vi as lágrimas vindo, ele sorriu

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