Chapter 10.

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Cole Sprouse.


Com os olhos fechados, inalei bem o cheiro de grama. Dylan estava a minha direita, tão nervoso como eu.

- O que você acha que aconteceria se eles voltassem? - sua voz me tirou de meus desvaneios.

- Eu não sei ao certo. Mas não seria boa coisa, Dylan. Você sabe muito bem como eles são...

- Cole, já pensou em dar uma segunda chance a eles? - ele se sentou no banco, me encarando profundamente.

- Não, e nem vou. Você esqueceu o que eles fizeram com a gente, Dylan? Eles nos largaram, nos abandonaram, você sabe que sem a nossa tia nós tínhamos morrido! E você vem querer me dizer isso de perdoar? Eles são dois inúteis. Podem ser seus pais, mas não são os meus. - eu me virei, caminhando para a porta da frente da sala de meu irmão. Eu parei quando senti sua mão segurar meu braço.

- Cole, você sabe que não precisa ser assim...

Antes que ele começasse a falar, eu já tinha saído pela porta às pressas.

A raiva corria entre minhas veias, meu coração batia rápido dentro do meu peito, o mesmo subia e descia em um ritmo frenético.

Eu parei quando senti um braço segurando o meu com força. Eu me virei devagarinho, a raiva corroía meus nervos. Meus olhos semicerraram levemente.

- Venha conosco, Cole. - o homem grande de terno disse, e eu pude observar que seus olhos estavam vazios e sem vida através do óculos preto.

- Podem voltar com o dono de vocês, cachorros. Eu não vou estar no mesmo ambiente que aquele merda.

Parecia que eu tinha visto um risco da morte passar diante dos olhos negros do homem. O mesmo agarrou meu rosto entre as mãos, onde o acertou com um forte soco.

O lugar ficou completamente dormente, eu fui jogado em um carro, meu sangue escorria e a raiva aumentava cada vez mais.

- O chefe quer vê-lo. - outro homem porém moreno disse agora, e me segurou forte levando-me para dentro de uma grande casa. Eu não tinha chance contra esses caras, eram muito fortes. 

Com certeza ficaria marca dos dedos desses homens, estavam me apertando muito. Me jogaram em cima de uma cadeira, prendendo minhas mãos no braço da mesma, o ambiente estava escuro e eu soava frio. 

- Como é bom vê-lo, meu filho...  - uma voz grave soou, antes das luzes serem ligadas.
E lá estava ele, sr. Sprouse, líder de umas das maiores gangues que Los Angeles já tinha visto. Ele tinha um sorriso debochado e completamente cheio de ironia. Suas rugas já eram bem visíveis, e ele estava praticamente careca.

- Eu não digo o mesmo. - eu disse cuspindo.

- É uma pena...  Dylan meu filho! Como é bem vê-lo também, mesmo depois de vinte anos.

- Olá. - sua resposta foi tão seca quanto a minha. Ele não esboçava reação alguma, ao contrário de mim, que estava com as têmporas contraídas e as mãos em punho.

- Bom, queria reuni-los aqui para anunciar que... - ele caminhou para mais perto de nós, passando a língua entre os lábios e juntando as mãos uma na outra. - Vocês irão embora comigo.

Soltei uma risada alta e cheia de sarcasmo, jamais que eu sairia daqui com esse monstro.

- Não vi graça nisso, Cole. Vocês partirão comigo amanhã de manhã. Vocês não tem o que decidir ou escolher.

- Eu nunca irei com você. - eu cuspia as palavras no seu rosto, o mesmo se aproximou de mim, ficando a centímetros de distância.

- Eu nunca quis saber do que você faria ou não. Você vai comigo, Cole. Querendo você ou não.

Best Friend. / HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora