Chapter 14.

719 46 2
                                    

Cole Sprouse.

Com muito cuidado, fui me aproximando de Blair devagar, pegando a bolsa que estava atrás da mesma. Eu peguei na mão dela e apertei, creio que ela entendeu meu recado, pois a apertou de volta.

Ela se levantou aos poucos, indo com poucos passos até a janela. Porém, eles perceberam.

- ONDE PENSAM QUE VÃO? - a voz da velha senhora quase estourava meus tímpanos.

- Ir para um lugar bem longe de vocês! Blair, corre! - eu gritei.

A morena virou com agressividade, eu joguei a mochila lá em baixo e me apressei para pular.

O que eu não percebi foi que a senhora veio correndo na direção de Blair antes de pular, e arranhou suas costas com a faca.

Meus pés no chão causaram um impacto que com certeza me machucou, porém por conta da adrenalina eu não senti nada. Ainda.
Eu joguei a mochila para Blair, que tinha medo e nervoso no olhar.

Nossos pés se puseram a correr o mais rápido que conseguíamos. Meu coração parecia querer pular para fora do meu peito.

Adentramos a floresta de novo, correndo o mais rápido que nossas pernas podiam ir. As árvores e buracos atrapalhavam, admito.

Eu olhei para Blair de relance, a morena estava ofegante e seu peito subia e descia em um ritmo fora do comum de tão rápido.

Uma coisa estava balançando as árvores não muito longe da gente, e ouvia-se passos fortes por causa do impacto com o chão, quebrando os galhos. De repente, eu sinto um par de braços me envolverem pela cintura, em um abraço forte e desesperado.

- Cole! Como é b-bom te ver! - meu irmão dizia com o rosto no meu pescoço. Eu estava paralisado.

- Dylan? É você mesmo? Como está aqui? - eu recuperei a consciência, o abraçando o mais forte que conseguia.

- É uma longa história, mas eu preciso de ajuda. Nós precisamos. Inclusive a sua garota também precisa.

Eu me arrepiei quando ele disse "sua garota", mas não deixei transparecer. Blair tinha as mãos no joelho, recuperando o fôlego, até que olhou para nós e deu um sorriso surpreso ao ver Dylan ali.

Ele sorriu ao vê-la, correndo para dar-lhe um abraço bem forte.

- Me diga, o que aconteceu? - nós começamos a caminhar, já que estávamos bem longe de onde era pousada esquisita.

Dylan me contou a facilidade que teve de fugir de lá, o que eu fiquei feliz. Já Blair, tinha um olhar desconfiado, muito desconfiado inclusive.

- Dylan, você não acha que deixaram você escapar muito facilmen... - ela se interrompeu. E de repente, começou a chorar.

Eu olhei desconfiado para ela, até que vi suas
mãos correrem até suas costas e voltarem banhadas de sangue.

Desta vez, foi vez do meu sangue gelar.
Ela virou-se e lá estava, uma facada que corria por quase toda a extensão. Agora que a adrenalina abaixou, ela começou a chorar mais, deixando-se levar e ajoelhou no chão, não aguentando nem o peso dos próprios pés.

Eu corri e peguei-a no colo, eu estava paralisado e em choque, meus ombros e joelhos doíam como o inferno por conta do tombo da janela, e fora a sede infernal que eu estava sentindo.

Mas não importa.

Nada mais importa.

Eu preciso salvar ela.

Sprouse.

- NÃO! Como assim na floresta não têm sinal? COMO VOCÊS PODEM SER TÃO INCOMPETENTES! - minha voz saía ríspida e eu cuspia.

- Me desculpa senhor, me desculpa mesmo, nós não sabíamos...

- Eu te dei autorização para falar? - disse o interrompendo. Ele apenas negou com a cabeça. - Vocês já me encheram demais por hoje. - eu me virei para o meu outro segurança. - mate-os.

Vários deles vieram para levá-los ao salão de jogos. Jogos de matar.

Eu olhei de volta na grande tela, e quando dei por mim, eu sorri. O sinal havia voltado, e eu vi meus filhos segurando uma garota, provavelmente a Blair.
Eu liguei o microfone.

- Envie uma médica falsa para quase o início da floresta, eles estão lá. - eu sorri em vitória, até que meu sorriso acabou quando ouvi alguém batendo na porta, até que concedi entrada.

- Como eles têm coragem de vacilar assim, principalmente com você... - uma voz doce ecoou no ambiente, me fazendo olhar de lado para a maravilhosa loira que estava com um vestido vermelho colado.

- Hope meu amor, como é bom vê-la. - ela caminhou cautelosamente até a mim, me dando um beijo.

- É bom vê-lo, querido. Como vai o processo?
Ela dizia se inclinando para reparar na tela, empinando sua bunda a mim. Eu pus a minha mão ali, ela sorriu.

- Até agora, está tudo bem, Blair está com eles.

- Ótimo saber, essa menina tem que pagar por tudo que fez a mim e a minha família.

- Mas agora, - eu a virei com agressividade, colocando meus braços embaixo de sua saia a levantando e colocando-a sentada sobre a bancada. - você está me devendo uma coisa. - eu apertei área interna de sua coxa.



Cole Sprouse.

Dylan e eu corríamos o mais rápido que conseguíamos, ela choramingava e quando dei por mim, ela fechou os olhos.

- Não feche os olhos, Blair, não feche, por favor... - dizia baixo, quase inaudível.

Eu me aproximei dela e sussurrei no seu ouvido.

Volta pra mim.

Meus passos foram diminuindo conforme eu percebia que a respiração dela estava ficando calma e serena, quase parando.

Eu pus ela no chão, acalmando meu coração e tentando controlar minhas lágrimas, o que não estava dando certo.

- O que eu vou fazer, Dylan?

- Caralho, caralho, caralho... - sua voz estava repleta de horror.

- Não se preocupem, eu posso ajudar. - uma mulher disse a nossa frente, ela vestia um uniforme escuro. E sua voz nos assustou, porque ninguém viu ela se aproximando e nem viu de onde ela veio. - eu sou médica, só preciso que venham comigo.

- Quem é você? - eu disse, arqueando uma sobrancelha.

- Eu sou a doutora Smith. Eu fico por essas redondezas, mas caso não perceberam, vocês estão perto da cidade. - ela apontou para o os prédios que estavam não muito distante de onde estávamos.

- Você vai mesmo nos ajudar? De graça?

- Sim, eu gosto de ajudar as pessoas.

Com meu desespero, eu aceitei ajuda e andei calmamente junto com Dylan até ambulância que estava logo à frente. Correram para socorrer Blair, que não havia mexido um músculo desde que a coloquei no chão.
A mulher virou-se de costas e apertou o botão, dizendo algo e em seguida veio sorridente até a ambulância.

- Eu os achei, estou voltando.

Best Friend. / HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora