Chapter 12.

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ALOOOOOO OLHA QUEM VOLTOU, desculpe pela demora, eu estava em tempos de prova e infelizmente não deu tempo para escrever. Mas enfim, vamos ao capítulo! ❤️





Com os olhos embaçados, minha visão não estava sendo as melhores. Levei as mãos aos olhos para limpa-los e pude observar melhor a criatura na porta da cabana.

Deus amado.

Era um bicho grande e peludo, como se fosse um enorme gorila. Mas essa coisa tinha dois chifres gigantes na cabeça e seus olhos eram completamente vermelhos.

Ele rosnava e havia um pouco de saliva escorrendo pela sua boca, ele estava suspirando muito pesado, dava para perceber o modo como seus ombros subiam e desciam a luz da lua.

Seu forte rosnado me fez estremecer, Cole não estava sendo o mais corajoso de todos, era meio que impossível com um bicho enorme desses na nossa frente.

Nos levantamos lentamente, o rosnado dele ficava a cada segundo mais alto e seus olhos pareciam perfurar a minha pele.
Eu dei um passo para trás, e ele avançou para frente.

Ele estava nos analisando.

Ele estava medindo.

Ele queria saber se cabia dois humanos dentro de sua barriga.

E ele concluiu que sim.

Quando seu pé esquerdo fez contato com o piso, o piso trincou todo. Ele ia se aproximando lentamente, o chão estava muito podre e a medida que ele ia se aproximando, o chão ia quebrando. Até nos dando mais tempo.

Eu me abaixei lentamente e peguei nossa mochila, Cole virou para trás e eu pude entender perfeitamente o que seu olhar queria transmitir. Mas ele disse sem voz "No três, a gente corre."

Um.

Dois.

Três.

Meus pés se puseram a correr o mais rápido que eu pude.

...

Quinhentas coisas se passavam na minha cabeça, a forte ventania da noite fazia meus pelos eriçarem, o meu pé estava dormente e eu respirava muito pesado.

Quando não aguentei mais, eu parei. Parei e pus as mãos no joelho, tentando recuperar todo o ar que havia gasto.

Era difícil, eu nunca havia corrido tanto desse jeito, a adrenalina no meu sangue estava muito forte, meu suor se encontrava em toda parte, eu comecei a andar devagar porque se parasse eu poderia ter um ataque cardíaco.

Eu vi um rio, um rio bem clarinho não muito longe. Me aproximei dele e me ajoelhei, bebendo toda a água que conseguia.

Meus músculos estavam latejando, minhas costas doendo e meu cabelo completamente molhado de suor.

Eu respirei pesadamente, indo para trás e encostando minhas costas no tronco de uma árvore.

Quando associei, meus olhos se arregalaram. Cadê o Cole?

Estava completamente escuro, apenas a luz da lua que iluminava o topo das árvores e a água.

Meu coração ainda estava um pouco disparado, meus olhos por instinto se fecharam e quando fui ver, adormeci.

O sol forte de dez da manhã estava queimado meu couro cabeludo, meus olhos se abriram lentamente e logo minhas mãos foram a tapar meu rosto porque ainda não havia me acostumado com a claridade.

- Achei que não acordaria mais.

Uma voz desconhecida soou atras de mim, me fazendo levantar rapidamente e encarar o homem de calças jeans gastas e uma espingarda.

- Q-quem é você? - eu dizia, indo um passo para trás.

- Relaxa, moça. Eu só quero ajudar, teu namorado, um tal de jole, mole...

- Cole. E ele não é meu namorado.

- Que seja, ele esta no acampamento, nos o encontramos na madrugada gritando por seu nome, e quando chegamos mais perto, ele desmaiou.

- Ele está bem? - eu me desesperei.

- Ele está indo bem na recuperação, moça. Espero que venha ao seu encontro.

Ele se virou e começou a andar, e eu o segui sem pensar em hesitar.

O caminho foi longo, o sol queimava mais ainda e minha garganta ardia de tão seca que estava, até que vi uma placa escrito "Acampamento dos Carter's." e ele entrou pelo portão facilmente, diferente de mim que estava suspirando pesado e quase sem fôlego. Eu estava exausta.

Eu vi de longe sua cabeleira preta, ele estava tão concentrado na moça mexendo em seu machucado, e as vezes apertava os olhos em dor.

Queria sorrir mais do que meus lábios permitiam, ver ele vivo já valia todo o esforço.

- Cole! Meu Deus! - eu me aproximava devagar.

Ao ouvir seu nome, ele virou e me encarou, sorrindo largamente e correndo em minha direção.

Seus braços me envolveram com cautela, parecendo ter medo de me quebrar.

O resto foi tudo ótimo. Eles cuidaram de mim, me deram o que comer, beber, vestir.

Agora estávamos na varanda, Cole jogando xadrez com o homem que havia nos resgatado, eu estava em frente aos dois em uma rede.

- Me diga - pronunciou Cole - qual seu nome?

- Eu me chamo Rick, prazer. E eu até já sei qual será a próxima pergunta, então eu o encontrei desmaiado na floresta enquanto ia fazer minha caçada noturna. E a moça - ele virou para mim - eu ouvi uns suspiros muito pesados e havia pegadas também. Esse acampamento foi construído na finalidade de abrigar gente que se perdeu na estrada ou gente que queira passar um tempo longe da cidade. O movimento não é o melhor de todos, mas da pra sobreviver. - eu suspirei fundo, compreendendo o homem. Depois ele continuou - Como vieram parar por lá? Vocês estão bem longe de LA.

- Nós fugimos. Existem pessoas que querem fazer mal a nós. - Eu digo apressada. O homem suspira.

- Compreendo, se quiserem, eu os ajudo com suprimentos para sua próxima partida daqui.

- Obrigado - disse Cole, abrindo um pequeno sorriso acolhedor. - partiremos pela manhã.

Best Friend. / HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora