Chapter 11.

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- Como está linda essa noite, meu anjo.
Eu me virei rapidamente, dando de cara com Cole sorrindo para mim. Eu retribuo com um sorriso sacana.

- Onde ficaremos essa noite? - eu digo encarando seus olhos verdes.

- Eu não sei. Mas precisamos sair daqui. - ele dizia encostando na parede, estávamos atrás de um posto de gasolina.

De manhã cedo, nos pegamos o necessário para um tempo fora. Eu juntei tudo que tinha, dinheiro, roupa, e afins. Pegamos o carro de Cole saímos sem rumo, nós não podemos mais ficar naquela cidade.

Ao longo do tempo apenas paramos para abastecer, estávamos bem longe de LA agora.

Dessa vez tínhamos parado para descansar comer alguma coisa, ficamos o dia todo dirigindo e sempre procurando saber se não estávamos sendo perseguidos.

De repente, ele pegou minha mão com força, me empurrando para dentro do carro com rapidez e eu vi um risco de medo em seus olhos. 

- O que aconteceu? Cole, respira! - ele suspirou pesado. Não deu muito certo minha tentativa de acalma-lo.

- Tem alguém ali. - suas palavras quase foram inaudíveis.

Quase no mesmo segundo, um alto som de tiro soou. Cole pisou fundo no acelerador, os tiros não paravam. Eu comecei a soar frio e nossas respirações estavam pesadas. Eu o olhei melhor, sua veia da testa estava saltada e continha suor ali. 

- Como nos encontraram?

- Eu não faço a mínima ideia. - ele disse baixo, mas um pouco mais alto do que a última vez. E de repente, ele parou o carro, fazendo darmos um arranco para frente.

- Que? Porque parou? - eu comecei a olhar em volta. Cole continuou parado. - Cole! Eles vão nos achar! Eles vão nos matar! - eu dizia histérica. Cole ainda não havia dado nenhum movimento. - Eu não quero morrer! Pisa nesse acelerador, pelo amor de Deus! - eu comecei a chorar desesperada.

- DA PRA VOCÊ CALAR A BOCA! - ele segurou meus pulsos com força, ficando centímetros do meu rosto. Arregalei meus olhos em descrença, e eu vi um risco da morte em seus olhos, ele estava realmente com raiva. - Ouve isso.

Pi, pi, pi, pi. Era tudo que se dava para ouvir, era bem baixo esse som, tinha que prestar muita atenção.

- Blair, sai do carro. - ele dizia olhando atentamente o retrovisor.

- Mas porque...

- Blair, sai do carro. - ele me interrompeu repetindo muito mais alto e grave.

Devagar, eu abri a porta hesitante. Eu senti suas mãos em minha cintura, me empurrando para fora.

No mesmo segundo, ele saiu pelo outro lado, saindo correndo para perto de mim, onde se jogou em cima de mim para cairmos atras das árvores.

Em menos de um segundo depois, um alto estrondo soou, pedaços de carro voaram para todos os lados, Cole tampou as orelhas, e eu fiz o mesmo.

O som quase ensurdecia, o forte impacto de um pedaço do carro contra a árvore que estávamos nos fez cair e ficarmos abaixados, bem próximos e com os olhos fechados.

Eu estava chorando de nervoso, quando o estrondo passou, eu abri os olhos lentamente e observei em volta. O carro estava pegando fogo e eu senti alguns pingos em minha testa.

Ótimo, era só o que faltava.

- Ai, Deus... - ele dizia passando as mãos no rosto.

- Eles são muito espertos...

- Meu pai é um vagabundo... - ele praticamente sussurrou, e sua voz ficou um pouco mais aguda, como de quem estava querendo chorar.

Eu andei calmamente até ele e o abracei, seus braços envolveram minha cintura, e como eu era mais baixa, eu levantei meu rosto para poder encara-lo melhor.

Levei minha mão a sua face, limpando uma lágrima que havia descido, e fiquei na ponta dos pés, depositando um leve beijo em seus lábios. Ele me abraçou mais forte.

- Desculpa pelo meu ataque histérico... Eu estava realmente com medo. - murmurei com a testa contra a dele.

- Eu entendo, não vou te culpar por sentir medo, eu também estou com medo. Mas o problema agora é onde iremos ficar.

Eu larguei de seus braços, e comecei a olhar em volta, até que vi longe uma casinha velha de madeira que parecia ter sido abandonada há muito tempo, mas por uma noite iria servir.

- Cole, tem uma casinha bem ali.

- Hã? Onde?

- Ali. - eu apontei e Cole começou a caminhar até lá com a nossas coisas nas costas.

Eu comecei a segui-lo, andamos mais ou menos 15 minutos, estava realmente um pouco longe. Era tudo mato puro, a casinha era pequena e bem quentinha, e como estava de noite, fazia muito frio.

Quando adentramos a casa, um forte vento frio corroeu meu corpo, me fazendo estremecer.

Estava completamente vazio, apenas tinha uma lareira velha e várias teias de aranha.

- Vai dar pra passar uma noite. - ele dizia, colocando a mochila no chão. - Eu vou buscar lenha, eu não demoro.

Ele disse e se aproximou de mim, me dando um selinho e saindo pela porta logo em seguida.

Eu dei um longo suspiro, e abri a bolsa pegando uma blusa velha qualquer, passando pela lareira e pelo chão, onde ficaríamos. Cole não demorou a chegar.

Ele jogou a lenha na lareira, e começou a esfregar uns gravetos um no outro para acender o fogo. Eu me sentei no chão, cruzando as pernas, Cole veio logo depois e se sentou do meu lado.

Eu tombei minha cabeça para o lado, encostando a mesma no ombro de Cole. O quentinho que o fogo transmitia era tudo que eu precisava, e logo fechei os olhos, sentindo a respiração de Cole em meu rosto e o quentinho do fogo me rodear.

Seus lábios foram pressionados contra a minha testa, dando um beijo doce. Eu me levantei do seu ombro e deitei no chão, Cole fez o mesmo.

Ele passou as mãos em volta do meu corpo, me puxando para mais perto. E juntamos nossos lábios.

Era pra ser um beijo de boa noite, mas eu pedi permissão para aprofundar o beijo, Cole concedeu.

Suas mãos faziam movimentos delicados de subir e descer em minhas costas. Eu levei a mão em seu cabelo, puxando levemente.

Ele adentrou a mão dentro da minha regata, agarrando meu seio esquerdo. Ele o apertou levemente, e eu não pude deixar de soltar um leve gemido contra seus lábios.

Minha respiração começou a ficar descompensada. Cole levantou e puxou a camisa para cima, deixando a mostra seus músculos não muito definidos, mas ainda assim ele era um gostoso do caralho. E juntou nossos lábios novamente, em um beijo de puro desejo e excitação.

Sua mão subiu sorrateiramente até a barra da minha blusa. Ele ia tirá-la por completo, quando ouvimos um som alto lá fora.

- Cole... - eu disse contra seus lábios, ou melhor, gemi.

- Sh... - ele parou de beijar meus lábios e desceu para o pescoço. Eu revirei os olhos em prazer.

- T-tem algo lá for-ra... - eu tentava dizer, mas aquela boca tirava toda a sanidade que eu tinha.

- Desde quando isso importa? - ele fez uma trilha de beijos até chegar em meus seios.

Eu soltei um suspiro pesado quando senti sua boca sugando meu mamilo sensível. Eu gemia sem pudor ou vergonha, eu queria mostrar que estava realmente amando aquilo.

De repente, a porta abriu e causou um forte impacto quando atravessou a parede. Eu me encolhi junto aos meus joelhos, vendo uma figura alta na porta. Estava muito escuro porque a coisa estava contra a luz, mas tinha algo ali, dava pra perceber.

Oh... Ok.

Não é humano.







rs

Best Friend. / HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora