Cap.9

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Xxx: Posso entrar?

Eu: Claro.- abro mais a porta.- O que é que se passou para estares a chorar?

Xxx: Discuti com o meu irmão.

Eu: Discutiram porquê Afonsinho? - sentamo-nos no meu sofá.

Afonso: Ele não queria que eu fosse com ele para o Olival assim que chegamos, mas eu insisti porque queria estar contigo assim que chegasse assim como te tinha dito quando falámos. Mas ele dizia que eu te ia atrapalhar e essas cenas.

Eu: Foi por isso que quando chegaste, ficaste do lado de fora.

Afonso: Quando ele me disse isso eu não liguei, mas pelo caminho comecei a achar que talvez ele tivesse razão, visto que tu já andavas a planear isto à muito tempo. Depois quando foi para irmos almoçar e tu não me tivesses dito que eu ia contigo ele não se tinha preocupado minimamente.

Eu: Não digas isso Afonsinho, ele adora-te.

Afonso: Se adorasse mesmo tinha me dito para ir com ele e não me tinha deixado para trás como fez.  Mal falámos durante o dia e agora chegamos a casa e eu perguntei-lhe o porquê de ter reagido daquela maneira durante todo o dia. E ele disse-me  que eu só servia para atrapalhar a vida dele, que não sabia estar no meu canto sem que interferisse com a vida dele. Ele é meu irmão Benny, sempre tivemos uma relação de como se fossemos um só e agora ele faz-me isto sem mais nem menos.

Eu: Não fiques assim, provavelmente está chateado com alguma coisa e descarregou em ti, vais ver que ele se vai aperceber do que fez e te vai pedir desculpas.

Abraço-o, nunca pensei que o André fosse fazer isto ao irmão, pareciam tão unidos e agora isto. O Afonso não merece nada disto, custa-me tanto vê-lo a chorar desta maneira. Vou-lhe fazendo pequenas festinhas na cabeça com o intuito que ele se acalme, mas ele acaba por adormecer. Deito-o no meu sofá numa posição que me parece confortável e cubro-o com uma manta.

Deixo-o descansar e vou até ao meu quarto trocar de roupa para uma mais confortável para ficar por casa. Vou até à cozinha e preparo qualquer coisa para comer. Armani passeia pela casa e vem de vez em quando à cozinha para que se possa alimentar. Preparo também um lanchinho para Afonso para que não fique sem comer nada até à hora de jantar.

Coloco tudo num tabuleiro, pego no mesmo e caminho até à sala de estar, ia acordar o jovem adormecido no meu sofá, mas o meu companheiro de 4 patas faz esse trabalho por mim, començando a lamber a cara do moreno que aos poucos vai acordando.

Afonso: Não sabia que tinhas um cão? - fala enquanto se senta e acaricia o pelo castanho de Armani.

Eu: Trouxe-o relativamente à pouco tempo de casa dos meus pais.

Afonso: É adorável.

Eu: Fiz-te um lanchinho.

Afonso: Obrigado mas não tenho fome.

Eu: Precisas de comer Afonso e por isso vais comer, não te quero mais a pensar naquele assunto.

Afonso: É complicado não pensar nisso, ele é meu irmão e partilhamos a casa.

Eu: Eu compreendo que seja difícil mas tens que comer, depois podemos fazer qualquer coisa para te animar.

Ele começa a comer enquanto eu escolho um filme para que possamos ver durante o resto da tarde.

☆☆☆

Estou a preparar o meu jantar e do Afonso, o humor deste melhorou mas ainda assim não é o mesmo rapaz divertido que conheci à meses atrás. Assim que a nossa refeição esta pronta, informo o moreno que estava na sala de jantar a colocar a mesa.

A Razao De Tudo {André Silva}Onde histórias criam vida. Descubra agora