Capítulo 8 - Contar a verdade

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No domingo, acordei com uma bela ressaca, mas o mal não era só meu, era de todos. Nesse dia acordamos todos tarde, já passava das 11 horas. Concluindo seguimos logo para o almoço. Tínhamos combinado de almoçar fora nesse dia.

Já no final do almoço, me ausentei, para ir no banheiro, e desta vez, Ricardo veio junto.

Leo: Vou no banheiro, antes de sairmos.

Ricardo: Vou contigo?

Carol: E eu que pensava que isso era só mania das mulheres! – disse fazendo piada.

Ricardo: Porquê!? Homem agora também não pode!?

Carol: Estava brincando amor! Só não demorem.

Já no banheiro Ricardo me puxou para dentro de uma cabine, e logo me agarrou, beijando-me de seguida.

Ricardo: Eu quero-te para mim! – disse parando os beijos – Quero cada palmo desse corpo! Não aguento esperar mais! É hoje que a gente conta tudo.

Leo: Eu sei. Mas... - Fui interrompido por Ricardo.

Ricardo: Mas nada. Depois de amanhã, eu volto para Portugal. Por isso hoje será um bom dia, principalmente depois de ontem.

Ricardo acabou me convencendo, e concordamos que assim, que estivéssemos em casa, contaríamos tudo para Miguel e Carol, sobre nós.

Demos mais uns beijos e voltamos para junto deles.

Quando já nos encontrávamos todos em casa, Ricardo piscou para mim. Como que dizendo que estava na hora.

Eu estava tremendo, tamanho era o medo com que eu estava da reação de Miguel. Não queria magoá-lo, mas Ricardo tinha razão, não podíamos continuar assim.

Ricardo: Bom. O fim de semana está terminando. Depois de amanha, eu e Carol voltamos para Portugal. Eu e o Leo temos algo para vos contar. –disse num tom calmo, se sentando do meu lado no sofá da sala.

Aí estávamos nós, num sofá, e Miguel com Carol noutro, de frente uns para os outros.

Seria agora que haveria um fim e um novo começo.

Ricardo olha para mim, e percebendo meu nervosismo, opta por ser ele a contar tudo.

Apôs alguns minutos, contando toda a nossa história, onde atenciosamente eles escutavam tudo, sem dizer nada. Mas mostravam-se surpresos.

Ricardo: É por isto tudo que vos contei, que eu e o Leo, pretendemos romper o compromisso que temos com vocês. Para que posemos ser felizes. – disse segurando minha mão.

Um silêncio agoniante se instalou naquela sala, até que Miguel suspirou, olhando para Carol e disse:

- Bom...Não estamos felizes por saber isso...A gente está sim aliviado, maravilhado, super contente. – disse já sorrindo e segurando a mão da Carol.

Eu e Ricardo estava-mos sem entender nada.

Carol: É isso gente. Não são só vocês que têm uma história. Eu e Miguel também temos a nossa. Só não sabíamos como vos contar. Por isso não sabem como estamos aliviados por ter esta conversa com vocês.

Estávamos de queixo caído, tamanha era a surpresa do que estávamos a ouvir. Nem quis acreditar. Estava tudo dando certo.

Leo: quer dizer que não haverá problemas então, com o cancelamento do nosso casamento! – disse para Miguel.

Miguel: Cancelar!? Não! A gente vai manter a data do casamento. Só temos que avisar o padre que agora os casais mudaram.

Ricardo: Casais!? Como assim casais? – pergunta confuso.

Carol: Sim casais! Se vocês quiserem podemos casar no mesmo dia.

Miguel: É isso aí! Eu e a Carol queremos casar, visto nossas famílias já estarem convidadas, não precisamos de alterar nada, a não ser o nome dos noivos. O Leo também já tem a família dele, contando com o casamento. Só faltas tu, Ricardo. Assim não precisamos de cancelar nada e evitarmos transtornos. Para além da surpresa que eles terão, quando virem não um, mas dois casais no altar.

Leo: Eu concordo com eles. Podíamos nos casar também. – disse olhando para Ricardo.

Ricardo: Eu sei. Também quero, não vou dizer que não. Mas tenho que contar para meus pais, e meu irmão. Tenho que saber se aprovam e se conseguem vir. – disse desanimado com um rosto triste.

Leo: Não te preocupes. Eu posso ajudar com as despesas da viagem deles para cá. E alojamento também não vai ser problema. – disse tentando animá-lo.

Ricardo: O problema não é esse. Eu sei que meu irmão irá aprovar e virá, com sua esposa. Alias estou contando com eles para serem os meus padrinhos. Mas meus pais, de certeza que não viram, e nem eram aprovar. São muito agarrados à família tradicional. – disse em desabafo.

Fiz carinho nele, mostrando-lhe que eu estava ali, do seu lado, para tudo.

Ficamos conversando sobre o casamento, o que teríamos que alterar, e como iríamos fazer.

No final da tarde, eu e Miguel tivemos que regressar a casa, pois trabalharíamos no dia seguinte. Ricardo e Carol dissidiram vir connosco e ficamos todos no meu apartamento.

Desta vez pode dormir, e quando eu digo dormir, foi só isso mesmo, junto com Ricardo. Sem medo e nem culpa.

Meu Primeiro Amor o ReencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora