A Conversa

289 23 8
                                    

POV SCOTT
-Oi. —chego cansado após terminar meu trabalho nas decorações do Dia Livre
-Eai, quer? —Toby oferece um copo
-O que é isso? —pergunto me sentando entre ele e Spencer no gramado
-Birita. —Spencer responde por ele

Dou um gole e fecho a cara ao sentir o asqueroso gosto, impressionado com o que eles ingerem só para suprir a necessidade de álcool e drogas. Desde se humilharem para Guardas trazerem substâncias até beberem esse tipo de coisa nojenta feita de sabe-se lá o que, o desejo de aliviar a cabeça aqui dentro é desesperador.

-Meu Deus, que horror. —devolvo o copo fazendo uma careta
-É, é meio horrível. —ela ri— Mas deveria começar a beber, você anda desanimado.
-Preocupado. —digo me referindo à Tate e eles captam a mensagem
-Ele dá nos nervos de qualquer um. —Toby responde
-Qual é a desse maluco?

-Ele não era tão assim antes, tá ligado? Mas com o tempo ele desandou, como se estivesse se tornando mais...sádico. —Toby conta
-Ele não tem nada a perder, sempre fez coisas ruins. Mas quem de nós não? Não é atoa que estamos aqui nesse buraco. —Spencer diz bebendo

-Nós não chegamos à esse nível de maldade. Ele é um sociopata, só pensa no próprio bem e não se importa em tirar as pessoas do caminho.
-Coisas ruins com o Stiles? —pergunto

-Não, pro K nunca. Ele é a única pessoa que Tate considera, mataria cada um de nós se derramássemos uma só lágrima do Stiles. —Toby conta

-É, mas agora acho que ele quer me matar.
-Porque você tá com o K. McCall, se eu fosse você, mataria ele antes que ele me matasse, mas como sei que não vai fazer isso- —Spencer diz

-Que bom que você sabe. —corto
-Você tem que se mexer, McCall. —ela continua— Não vai demorar muito pra rolar alguma coisa e eu espero que seja esperto o bastante pra que não seja com você.

-O que você tem que fazer, é apagar o cara. —Toby diz— Pega ele no Banheiro de madrugada e afoga no vaso, vão pensar que foi suicídio.

-Jesus, Toby, não. —respondo perturbado— Eu não posso matar ele.
-E se fizer ele voltar pra Máxima, huh? Dar um jeito dele voltar e ficar lá. —Spencer sugere
-Parece melhor...eu só preciso da oportunidade pra fazer isso. —respondo pensativo com a ideia

^^^^^^^
POV SCOTT
Tempos mais tarde, rapidamente tomava banho antes que os chuveiros começassem a lotar no "horário-de-pico", qual era logo, quando comecei a escutar uma discussão do outro lado do Banheiro. Minha super-audição se aguça para escutar as vozes irritadas:

-Quão idiota acha que eu sou? Olha o tamanho dessa cicatriz! —a voz irritada de Tate diz
-Você não viu o tamanho do acidente. —Stiles responde sarcástico
-Foi o Torto?
-Puta merda, porque você é tão obcecado com ele?
-Quem foi, Stiles? —Tate pergunta firme
-Eu não sou obrigado a te contar tudo!

Escuto sons brutos e uma batida trêmula, rapidamente desligo o chuveiro e corro até o local para ver, disfarçadamente, que Tate havia colocado-o contra a parede enquanto agarrava seus ombros fortemente. Meus olhos brilham e presas aparecem, meu lobo e meu instinto de proteção gritando para tirar esse maluco de perto de Stiles.

-O que é, vai começar a me bater agora? —Stiles desafia
-Eu não sei quem é que você tá querendo encobrir, mas se eu descobrir que foi o Torto, eu juro que vou arrancar a cabeça dele. —Tate o solta lentamente

Stiles suspira fundo quando Tate se vai, seus sinais-químicos exalando puro estresse e ansiedade após a tensa discussão.

-É melhor avisar pro Theo se cuidar. —surjo
-Você tava escutando, não tava? Stalker. —ele suspira
-Foi bom eu escutar mais cedo, não foi?
-É, me desculpa. Eu tô estressado pra caralho.
-Talvez precise de um banho? —pergunto malicioso
-É...é, talvez eu precise. —ele me olha incerto e sorri de canto

Entramos no chuveiro juntos, ele encostado na parede enquanto eu comia-o por trás, ignorando o quão gelada estava a água que caia sobre nossos corpos expostos, apenas aliviando nossa vontade desesperada um pelo outro. Eu meto uma última vez de forma longa antes de gozar, escutando-o gemer enquanto minha respiração ofegava quente em sua nuca, beijando suas costas quando me retirava de dentro dele, meu braço suportando seu peitoral e agora deslizando para seu pênis. Ele expira uma risada prazerosa e começo a estimula-lo carinhosamente, acelerando cada vez...

-Meu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-Meu...Deus. —escutamos uma voz incrédula dizer

Ninguém mais e ninguém menos que o antigo pai do meu melhor-amigo e meu atual sogro, Xerife Stilinski, quem provavelmente estava fazendo a ronda e vistoria rotineira, estava completamente pálido se deparando com a nossa cena há poucos muros de boxes de distância. Sinto minha pressão cair em nervosismo, congelo sentindo meu corpo ainda terminar de gozar e com minha mão no pau do Stiles. Stiles entretanto é mais rápido na fala:

-Não era bem assim que eu queria te contar, mas acho que agora ficou bem claro. —ele diz ainda ofegante e de olhos arregalados

-Eu- Olha, eu não quero nem saber- Eu não quero saber. Terminem logo o que estão fazendo, eu não vi nada, eu não vi nada. —Xerife responde saindo rápido e perturbado

-Puta que pariu, eu brochei demais. —digo agoniado
-Mas eu não, continua. —Stiles responde com tesão
-Não, não, não, pra mim não dá. —digo e saio rapidamente do chuveiro me envolvendo com a toalha

-Qual foi, amor? A gente tá numa prisão, eles acabam nos pegando de vez em quando. —Stiles desliga o chuveiro
-Eles, não o seu pai! —respondo perturbado— Agora ele sabe que a gente-

-Ele ia saber uma hora ou outra, achou o que? Que ia esconder pra sempre do mundo? —Stiles pergunta retirando um baseado e um isqueiro de dentro de um tijolo solto

-Quem dera eu pudesse esconder pra sempre do mundo.
-O que quer dizer com isso? Não quer que ninguém lá de fora saiba de nós? —ele pergunta ofendido
-Eu tô apavorado de descobrirem sobre nós.

Ele me olha sem reação com o baseado nos lábios e isqueiro aceso, piscando algumas vezes em surpresa pela minha resposta, seus sinais-químicos exalando uma leve mágoa antes dele acender e tragar profundamente:

-Porra. —ele diz simplesmente soltando a fumaça e saindo do box
-Eu não tô querendo dizer que tenho vergonha de você, eu só fiquei apavorado depois da reação da Kira. —explico seguindo-o

-Quantas pessoas lá fora sabem de nós? —ele pergunta se secando e sem olhar para mim
-O que?
-É que o Dia Livre é amanhã. Vai fazer o que? Me chamar de mano e me cumprimentar com um toca-aqui?

-Eu...Eu não pensei nisso.
-Eu penso. —ele rebate quieto enquanto se vestia rapidamente

-Não é tão fácil, você sabe disso. —tento
-Eu sei, relaxa. —ele calça as botas e estava prestes a sair
-Por favor, não fica assim...
-Te vejo mais tarde, mano.

Prison Love || Temporada 1Onde histórias criam vida. Descubra agora