Quase Liberdade

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POV NARRADOR
-Se crucificar tanto não vai ajudar em nada, vai pra casa. —Melissa diz
-Eu prometi pra mim mesmo que não o deixaria de novo.

-John... —ela respira fundo antes de sentar-se ao seu lado— ...Foram feitos exames de sangue nele- o procedimento padrão que o sistema exige e...bom, leia você mesmo. —ela entrega as folhas que segurava

-Meu Deus... —John suspira com mãos trêmulas
-Positivo pra cocaína, maconha....crack. —ela diz com voz rouca
-E-Eu não tinha ideia. —diz angustiado— Isso é tudo culpa minha, Melissa...
-O que acontece se verem esses resultados?
-Ele vai pra Segurança Máxima.

Ela então toma os papéis das mãos de John, rasgando-os três vezes.

-Você ficou louca? Pode perder o emprego! E se te pedirem os resultados? —ele pergunta ansioso
-Sendo honesta, John? Acho que não vão se preocupar em refazer os exames dele. Tá bem claro o motivo dele estar aqui.

John suspira preocupado, mas assente com a cabeça. Logo, a luz verde do quarto de Stiles acende, indicando que ele estava consciente. John move para se levantar, mas Melissa o para:

-Eu vou primeiro.

§Comentário: tecnologia muito avançada na minha história, sabe até a hora que os paciente acorda.

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POV STILES
Flutuo meus olhos abertos ao som irritante do monitor cardíaco. Olhando em volta ainda meio grogue pela morfina, vejo soros e fios ligados à mim e percebo que eu não estava no hospital de Litchfield. Eu...tô fora? Eu tô fora da prisão?

Antes que eu pudesse raciocinar mais, Melissa McCall surge no quarto e o monitor conectado à mim entrega meu coração acelerado com sua presença:

-Ei, ei, ei, tranquilo. Sou só eu. —Melissa diz com as mãos levantadas— Como se sente?
-Quanto tempo eu dormi? —pergunto com a voz arrastada
-Doze horas, não perdeu muita coisa. —ela passa a mão entre meus cabelos
-Sentiu minha falta?
-Até demais. —ela ri triste e sorri fraco— Tem alguém ali fora esperando te ver.

Apesar de estar feliz por ter visto Melissa depois de anos, meu humor automaticamente cai quando vejo meu pai entrando no quarto, com uma aparência exausta e olhos cheios de lágrimas. Ele entra no quarto em silêncio enquanto Melissa sai para nós deixar a sós. Ele puxa uma cadeira ao lado da minha cama:

-Como se sente? —ele pergunta quieto
-Uma bosta.
-Theo foi levado pra Máxima. Parecia bem transtornado e perguntando se você ficaria bem, mas...conhecemos bem o histórico de manipulação dele. Você quer falar sobre isso?

Permaneci em silêncio e sem olhar para ele.

-Eu sei que ainda não gosta muito de mim, mas eu só...eu só acho que te faria bem falar.
-Pra? —pergunto indiferente
-...Pra não ter que fazer isso.

Ele respira fundo antes de tirar alguns papéis de dentro do seu casaco, e pela respiração trêmula e mãos trêmulas apertando aqueles papéis, não precisei pensar muito para raciocinar que eram os meus exames de sangue.

-Há quanto tempo, Stiles?
-Bastante. —olhava para baixo fixamente evitando a todo custo seu olhar
-Eu não sabia.
-E o que é que você sabe? —digo afiado
-Crack, Stiles? —disse agoniado e sabia que estava prestes a chorar— Cocaína?
-E o que eu tinha a perder, huh? —explodo— Eu perdi minha vida inteira e todos vocês se foram, qualquer coisa servia.

Prison Love || Temporada 1Onde histórias criam vida. Descubra agora