Sem Salvação

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§Detalhe 1: Metadona é um medicamento analgésico muito usado no tratamento de toxicodependentes com efeito semelhante à morfina, ou seja, ele reduz os sintomas da crise.
§Detalhe 2: O vídeo é só pra ilustrar a cena no final do capítulo (00:40 - final).
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POV NARRADOR
-Merda, merda... —Denver dizia entre grunhidos

Scott deixa uma risada solta no ar enquanto sentava no membro do Guarda, suas mãos acarinhando sua nuca enquanto as do amante seguravam seu quadril. E quando Denver finalmente goza, Scott não hesita em roubar um beijo qual é recebido cheio de intensidade. Ele em seguida toma o moreno em seus braços e caem deitados no banco onde estavam sentados, Denver traceja o caminho do corpo de Scott com beijos, chupões, suspiros quentes desde o rosto até o quadril, descendo até a virilha e segurando seu membro durante todo o carinho. Scott recebe o afeto com todo o desejo do mundo esticando seu pescoço para trás, fechando os olhos e suspirando alto, arrepios correndo por todo o corpo.

-Imagina a cara do Stiles se ele pudesse te ver agora. —Denver ri enquanto beijava seu pescoço

Scott ri com prazer.

-Imagina se ele pudesse ver como você tá bem. —ele diz antes de beijar o moreno— ...imagina se ele pudesse ver o que eu faço com você...

"Eu desisto, pode voltar a apanhar do seu namorado maluco e veja quanto tempo mais vão durar antes dele acabar te matando."

O estômago de Scott se embrulha ao lembrar e rapidamente refletir sobre a frase, porque quem caralhos em sã consciência fala uma coisa dessas? Apesar de ser a verdade, isso é cruel de se dizer. O Alfa logo se esquece da culpa ao sentir os lábios de Denver em seu membro.

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POV STILES
O tráfico em Litchfield era incrivelmente bem organizado com vários pontos de troca espalhados. Mas na minha situação onde ninguém nem teria coragem de me negociar um remédio pra gripe, eu preciso falar com a chefia, e não com as mulas de carga. Faço meu caminho em direção aos fundos da lavanderia onde Anabel, a chefia, estava sentada em uma caixa de papelão, longa o suficiente para que a criada pudesse sentar junto à ela, enquanto os outros sentavam-se nas máquinas de secar quebradas ou ficavam de pé em volta.

-Olha só quem é, faz tempo que não te vejo por aqui! —ela sorri surpresa
-Eu-u pre-e-ci... —respirei fundo antes de continuar a frase— ...so d-de um f-favor.

Eu tremia tanto que o ato de formular frases se tornou um peso. Por dentro, meu corpo pedia para que eu parasse de andar, parasse de falar, parasse de tentar evitar.

-Jesus garoto, você tá uma merda. O que vai querer hoje?
-Metadona, m-minha filha vem-m ho-j-je, preci-ciso parecer bem. —sorri fraco
-Não prefere o de sempre?
-N-Não. Metadona.

-Tem certeza? Chegou branquinha ontem, e pura. —ela comenta antes de virar-se para a criada ao seu lado— Anjinho, vai pegar o papelote.
-É que eu não posso. Tô ten-tando p-pa-arar de usar.
-Mesmo? —Anabel pergunta quando a garota à entrega o saquinho

E Deus, era como se ela quisesse me torturar. Ela despeja parte do conteúdo em cima da longa caixa de papelão que ela utilizava como mesa, arrumando as carretas com o crachá de identificação da criada. Era branca de um branco que jamais tinha visto, não era aquela merda suja, parecia neve.

-Igual neve. —ela sorri— Só prova, você não vai se arrepender.

Ela disse provar...e provar não é usar. Só uma carreta. Talvez meia carreta...isso, meia carreta é o suficiente. Me inclinei cauteloso para me aproximar do pó, quando um de seus amigos agarrou meu pulso fortemente no meio do caminho:

Prison Love || Temporada 1Onde histórias criam vida. Descubra agora