Prólogo

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Pov  Elli.

Nunca tive que suportar a perda de um ente querido, considerendo que nunca tive um antes, não um que fosse sangue do meu sanguem. Mas ultimamente tenho aprendido que não importa o laço que te mantém ligado a alguém. Se você a ama, ela faz parte de quem você é.

A vida humana pode ser tão frágil como um cristal. Uma hora estamos bem, vendendo saúde. Porém tudo pode mudar repentinamente.

Estou no hospital nesse momento. Esperando notícias da mulher mais amorosa, bondosa e generosa que tive o prazer de conhecer. Essa mulher fez, quer dizer, ela faz por mim o que meus proprios pais nunca fizeram.

Cresci num lar adotivo, onde fui deixada a pouco mais de 18 anos. Abandonada aos três anos de idade, na porta do orfanato em um dia chuvoso. Não tenho quais quer lembrança dessa época.

No entanto, em todas as minhas lembranças, lá está ela, o anjo loiro de olhos azuis sempre me tratando com amor e carinho. Luiza Gordon, foi e sempre vai ser a mãe que não tive.

Mesmo sabendo da sua doença, ela nunca deixou se abalar, ou transparecer que de alguma forma estava abalada com essa inferminade. Foi um susto pra todos quando a notícia do câncer chegou, não queríamos acreditar que aquilo estava acontecendo, não com ela.

O que me faz pensar como a vida é injusta. Tantas pessoas com saúde no mundo e sinplismente não dão valor a isso. Não agradescem a Deus a cada novo dia que se inicia, ou a casa dia que termina e você está no conforto do seu lar. E muitos nem ao menos tem um lar, pra chamar de seu. Tanta pessoas fazendo desperdício enquanto muitos não tem o que comer. Os que justamente teriam tudo pra se entristecer e questionar a vida, são justamente os que  agradecem a Deus por cada minuto de suas vidas.

Acho que é do ser humano mesmo ser mal agradecido e nunca se contentar com oque tem.

Cada minuto que se passa, meu coração perde uma batida.

Faço meu trajeto pelo intenso corredor. Hospitais me deixam inquieta. Sempre achei que esses corredores brancos, o ar frio e o silêncio trazem um ar sepulcral. Hoje está ainda pior.

Recostei-me, na parede branca, encarando a porta de número 127. A porta se abre, me endireito arrumando minha postura.

- Elli ? - Matt, aparece chamando-me.

Matt é advogado de Dona Luiza. Ele que me trouxe. Apareceu de repente aparentemente muito ancioso. Disse- me que ela não poderia amanhecer  pra me ver. Viemos o mais rápido possível. Mesmo com as horas mais adiantadas, não houve problemas pra liberação das nossas visitas.

- Sim, Matt ?  - envolvo o meu corpo com os braços, não sabendo se o friu que me envolve é por dentro, ou por fora.

- Pode entrar, Querida. Ela está a sua espera. - diz ele abrindo a porta do quarto pra mim. .

Ando alguns passos afastando- me da parede até chegar a ele.

- Obrigado! - Entro, fechando a porta a traz de mim.

O quarto tem um ar melancólico, um clima triste de despedida.

Meus olhos seguem para a figura pálida e inerte na cama. Seus braços finos estão estirados ao lado de seu corpo. O único som que se ouve é o Bip ritmado do aparelho cardíaco, que a pesar de irritante, é um som bem vindo. Por mostra que minha amada dona Suzana. Ainda está aqui, com vida.

Seu peito subindo e descendo tem um ritmo lento. Ela está cansada é visível como está frágil, ainda mais magra doque da última vez  em que a visitei.

Paro ao lado de sua cama. Observando seu rosto, sereno.

- Olá, Dona Luiza - Seguro suas mãos frias entre as minhas mãos suadas.

Seus olhos piscam algumas vezes antes de se abrirem.

- Minha menina, você veio.. - sussurra tentando me dar um sorriso fraco.

- Claro que sim.. sabe que nunca deixarei de vê-la. - tento sorrir. Falho miseravelmente.

- Eu..- se enterronpe tendo uma crise de tósi, pego um copo d'água na mesinha ao lado e levanto sua cabeça com cuidado a ajudando a dar pequenos goles - Obrigado - agradece e volta a se acomodar no travesseiro. - Sei que posso contar com você, Querida.

- Sempre. - confirmo sem titubear.

Não tenha dúvidas, Doma Luiza. Nunca.

- Como estão meus pequenos monstrinhos ? Dando muito trabalho ?

- imagine, eles nunca me dão trabalho. - a ironia escorrer por minhas palavras - Hã, sabe o quanto amo cuidar deles. Mas as vezes... - sorrio com a lembrança dos meus pequenos.

As vezes. Que significa quase sempre eles me deixam de cabelos em pé com suas traquinagens.

- Sim eu sei como eles podem aprontar.. - ela aperta minhas mãos. - Mas você tira de letra, é incrível com eles, você os compreende. c
Com seguiu conquista cada um deles. - sorrio - Tenho muito orgulho de você. Elli sthuart.

Pisco os olhos, ao senti-los lacrimejar. Não vou chorar, não na frente dela.

- Eu amo aqueles pirralhos. Não saberia viver sem eles. - a tósi dela volta. - Acho melhor chamar uma enfermeira. - preocupada eu procuro o botão de emergência.

- Não.. - sua mão segura firme meu braço. - Eu preciso falar e você vai me ouvir.

- Dona Luiza, Por favor. Repouse um pouco. - suplico. - Depois, quando estiver melhor nós conversaremos.

- Preciso falar enquanto ainda posso. Não tenho muito tempo.

Com o coração angustiado eu concordo.

- Preciso que me prometa uma coisa. - Há um brilho diferente em seus olhos cor do céu. Uma súplica.

Tomada por uma torrente de emoções, faço um carinho singelo no dorso de sua mão.

- Oque a senhora quiser. - indago já não conseguindo segurar as lagrimas.

- Prometa- me que cuidará do orfanato, como sempre fez. - pausa pra - Prometa- me que aconteça oque acontecer você não vai abaixar a cabeça pra ninguém. E o mais importante. Tenho um ultimo pedido pra lhe fazer. Prometa- me que você atenderá ao meu pedido. Esse é meu último desejo.

Deus como eu poderia negar qualquer coisa a essa mulher ?

- Eu prometo. Eu darei minha vida pelos nossos pequenos, Dona Luiza. - sorrio triste - Eu já mais baixei minha cabeça não é mesmo ? - solto um suspiro. - Qual é o seu último desejo ?

- Nao agora minha menina. Na hora certa você saberá. - suas mãos soltam as minhas, é seus olhos se fecham - Agora eu posso ir em paz, confio em você Elli. - sussurra fraco antes de adormecer.

Acaricio seu rosto, ainda com suas palavras na cabeça.

Não nos deixe. Pesso mentalmente.

Sento- me na cadeira ao lado de sua cabeceira. Sei que no orfanato tudo está bem. Estão sendo bem cuidados.

Essa noite não saiu de perto dela, meu coração manda- me ficar. E ficarei. Até o fim.

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