Capítulo 1

211 29 3
                                    

- Precisamos nos preparar, tem 9 outros jogadores buscando matar o máximo que conseguirem- digo.
- Sim.
- Na dispensa​ tem umas ferramentas que meu pai não conseguiu levar, com certeza da pra aproveitar alguma coisa.
- Ok.
Saímos pela porta dos fundos​, atravessamos o pequeno quintal do fundo e chegamos na dispensa. Pra variar...
- A porta ta emperrada!-digo.
- Deixa eu tentar.
Ele consegue abrir. É dia mas a dispensa está escura. Com paredes de madeira e uma lâmpada quebrada pendurada no teto, esse lugar passa um sentimento ruim. Percorro com os olhos e encontro uma mesa de trabalho, em cima dela tem facas que meu pai usava para caçar. Ao lado, varas de pesca, enxadas, um machado e outras ferramentas.
- Meu pai me ensinou a usar as facas para caçar. O que acha do machado?
- É uma loucura né? Estamos nos tornando animais- ele ri- mas mesmo assim Noah, você sabe que independente de o que você fez, eu te amo e eu vou te proteger?
- Sei sim. Eu te amo anjo. E novamente, me perdoa.
Puxo ele pela camisa e beijo sua boca.
- Eu te perdôo.
- Vamos começar isso então?
Pego uma bolsa azul escuro que está jogada no chão toda empoeirada e coloco as facas dentro dela. Está pesada, tem umas 30 facas aqui. Pedro pega seu machado e saímos.
Entramos na casa e atravessamos a sala, na mesa tem dois papéis.
Um mapa e um bilhete.
"Jogador, esse mapa mostre a posição de cada jogador quando ele abre o mapa. Quando o mapa está fechado, a posição do jogador não se atualiza mais.
Cuidado ao usá-lo."
- Temos um mapa então, e o seu mapa?
- Nem pude ver se recebi também...Devemos usar e em seguida sair daqui pois ele saberão onde estamos.
- Ok.
Abro o mapa. 10 pontos verdes.
- Noah, somos 11, alguém não está no mapa.
- Pedro, lembra que os Dons do Kevin eram inconclusivos? Deve ter alguma relação.
- Ok, os pontos mais perto daqui estão no café a duas quadras daqui. Tem 2 lá, com certeza conseguimos.
- Sim, então vamos.
Saímos, os buracos estão aumentando e as pessoas estão com medo de sair de casa. Sem crianças ou animais nas ruas. Andamos até o café, olho pela porta de vidro e vejo que está totalmente escuro. Pedro abre a porta e entramos.
Todas as janelas estão fechadas, a pouca iluminação vem da porta.
- Tem alguém aí?- Pedro grita.
A porta atrás de nós se fecha com força.
- Bem-vindo ao local onde mais tarde, dois jovens de 15 anos foram encontrados mortos. Sem suspeitos, sem causas, simplesmente mortos.
A pessoa só está me vendo por conta da luz da porta, ela não vê Pedro. É uma garota.
- Sabia que eu não estou sozinha?
Pedro começa a se afastar de mim, a escuridão o oculta. Ele se aproxima da garota que não percebe.
- Agora, mataremos você, depois acharemos o Kevin que provavelmente é uma ameaça a todos, depois caçaremos os restantes e por fim, um de nós vence. A Sociedade da Abelha sempre buscou controle, mas nunca imaginou tamanha oportunidade. Mas chega, vamos acabar logo com isso. Ascenda a luz.
Em cinco segundos tudo acontece. A luz ascende. A garota vê Pedro ao seu lado. Ele levanta o machado e parte seu crânio em dois.
- Noah vamos!- ele grita.
- Ele matou Amanda! Peguem ele!- grita uma garota com voz aguda.
Pedro se joga sobre a porta trancada que se estilhaça em milhares de pedaços.
Corro para a saída, mas antes de eu alcançar, um cara alto para na frente da saída me impedindo de passar.
- Você não vai sair- ele diz.
A garota de voz aguda sai de trás do balcão e caminha em minha direção. Dois garotos me seguram.
- Vamos fazer duas coisas de uma vez, como Amanda está morta, eu mando agora. Ela estava adiando a oferenda há semanas. Temos que concluir o Culto com a oferenda. Creio que me entenderam.
Eles me levam para fora. Cadê o Pedro? Eles vão me matar e ele me abandona. Isso é vingança?
Um carro branco para na nossa frente.
Imediatamente reconheço o motorista.
- Pai?

***************
Oii, quero agradecer vc por chegar até aqui. Está gostando? Deixe uma estrelinha e um comentário. obg💙💙💙

O Vigésimo JogadorOnde histórias criam vida. Descubra agora