OBRA REGISTRADA!
- Até onde um homem pode chegar para se vingar de alguém?
Thomas Albert Ryan Crawford, oitavo duque de Greyfair, vê a vida sem sentido, depois que sua irmã mais nova foge com um homem inadequado e acaba morrendo na fuga, transforma...
— Você conhece ou não o meu irmão? — perguntou Callie mais uma vez.
Maldição!
Thomas sabia que aquilo poderia acontecer. Só não sabia o por quê não se preveniu de uma situação daquelas. Callie ainda não poderia saber que ele conhecia seu irmão. Ela não poderia saber que Anne era a moça com quem ele pretendia fugir. Por quê? Bom, ele ainda não sabia.
Mas o olhar acusatório dela era como uma machadada em seu crânio. Aquilo incomodava-o.
— Não, eu não conheci seu irmão. — respondeu ele enquanto encarava o marquês e seu primo.Will sustentou o olhar de Thomas com fúria. Ele sabia que o amigo iria enchê-lo de perguntas assim que fosse possível.
— Os senhores conheceram meu irmão, então..? — Callie fitou Docherty e o marquês ainda desconfiada.
— Sim, ele foi.... um colega da universidade. — respondeu o primo tentando disfarçar a surpresa de saber sobre o parentesco entre Callie e Érico.
— Bem, meu irmão iria adorar esse jogo. — disse ela olhando para Thomas, desta vez sem felicidade alguma. — Ele é muito bom em jogos. Principalmente os que envolvem concentração e precisão.
— E onde está seu irmão? — perguntou o marquês, ignorando totalmente o olhar furioso de Thomas. — Faz anos que não o vejo.
Callie pareceu hesitar um pouco, mas no final acabou relaxando os ombros.
— Sinceramente eu não sei dizer. Ele foi embora quando eu ainda era pequena.
— Acredito que esteja na hora do chá, querida. — Thomas estendeu o braço para Callie e a acompanhou pelo caminho até o castelo.
Seu corpo estava rígido enquanto ele a conduzia. As costas eretas e o olhar vago, como se estivesse tentando montar um enigma em sua mente. No castelo, ela caminhou até a porta do escritório de Thomas. Era a primeira vez em que ela entrava ali dentro. Ela seguiu para próximo de uma pintura de Botticelli.
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— O nascimento de Vênus. — comentou, sem olhar para ele. — Sempre gostei desta obra.
— Alguns historiadores acreditam que essa pintura foi uma homenagem de Juliano de Médici para Simonetta Vespucio, uma nobre italiana do século XV, embora Simonetta fosse casada com Marco Vespucci. — Thomas se aproximou de Callie enquanto ela continuava olhando para a pintura. — Veja como Vênus emerge do mar em uma concha, sendo soprada para a margem por Zéfiro e recebendo uma manta de Hora, uma das deusas das estações.
