Capítulo 15

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Pouco mais de uma semana havia se passado desde que Callie e Thomas finalmente se acertaram. Mais de uma semana se passara desde que ela começara a dormir todos os dias em sua cama. E aquela tinha sido a melhor semana de sua vida.


Quando não estava fazendo amor com Thomas, estava em sua companhia pelos jardins. Ele até mesmo havia preparado um piquenique demorado para ela no jardim do Éden. Callie não sabia como ele arranjara um tempo em seus afazeres para ficar com ela naquela semana. Dando-lhe prazer. Alimentado-a. Callie nunca havia comido tantos morangos em sua vida como Thomas a fizera comer naquela semana. Ela desconfiava que vê-la comer os frutos vermelhos era algo altamente prazeroso para ele, já que Thomas fixava o olhar em sua boca e não os tirava até que Callie engolisse tudo. E no final daquele dia, ela sabia que eles fariam amor de uma forma que sempre a deixava exaurida.


Ela amava aquilo. Aquela paz que estava sentindo.


Até mesmo as visitas de seu irmão começaram a ser algo mais tranquilo. Mesmo que Thomas e Érico não ficassem sozinhos por períodos prolongados de tempo, ainda conseguiam manter as boas maneiras presentes a cada breve encontro. Pelo menos na presença dela.Érico decidira passar alguns dias em Greyfair para descansar. Foi o que disse. Mas Callie tinha certeza que na verdade o irmão apenas queria ter certeza que ela não fosse voltar atrás na decisão de continuar casada com Thomas.


— Você virá hoje à noite? — perguntou ao irmão, enquanto tomavam o chá da tarde no jardim sul.


— Talvez.


Callie referia-se ao baile que Thomas daria em Grey Castle


— Ele o convidou. — disse ela, colocando um pouco mais de leite em seu chá de cidreira. — Ele está tentando, Érico.


O irmão riu com ironia. — Ele está tentando agradar você. Sabemos que ele me odeia, Cal. Isso não é um sentimento que some de uma semana para outra.


— Bem, mesmo que ele esteja tentando me agradar, acho que seria válido você aceitar o convite pelo mesmo motivo.


— Tentar agradar você? — perguntou ele, e riu quando Callie concordou com uma prepotente batida de cílios. — Você não é mesmo mais a minha garotinha. Veja só... se tornou uma pequena demônia manipuladora.


Demônia manipuladora? — Ela fingiu uma indignação. — Sou uma duquesa agora e poderia mandar cortar-lhe a língua.


Érico sorriu. E Callie adorava aquilo.


— Senti sua falta. Muito. — disse ela, colocando a xícara de porcelana na mesa e fixando o olhar em Érico.


— Eu também senti a sua falta, mais do que você imagina. Da mamãe. Até mesmo de nosso pai. — Eles continuaram se entreolhando. — Senti falta de casa. Das nossas conversas sobre mitologia.


— Ou das suas histórias mentirosas ao me dizer que no lago de Croix tinha sereias malvadas que comiam a pele de menininhas bonitas para poderem andar pela cidade seduzindo homens, e que não era para eu ir até lá sem você. — lembrou ela.

O Duque de Greyfair - Escandalosos IOnde histórias criam vida. Descubra agora