Capítulo 10

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De todas as coisas que Thomas arquitetava fazer quando estivesse novamente frente a frente com Érico Cooper, ficar sentado como se estivesse encarando uma pintura altamente desgostosa não era uma delas

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De todas as coisas que Thomas arquitetava fazer quando estivesse novamente frente a frente com Érico Cooper, ficar sentado como se estivesse encarando uma pintura altamente desgostosa não era uma delas.


O antigo amigo não havia mudado muito, embora estivesse mais encorpado e com o rosto de alguém que sofreu o diabo, ele ainda era fácil de reconhecer, com seus olhos de um tom claro de verde e o cabelo ridiculamente ruivo, com alguns fios dourados e castanho. Érico Cooper era tão alto quanto o duque e, talvez, estivesse apenas um pouco mais robusto.


— Eu não acredito que você fez isso! — O homem avançou na direção de Thomas, que continuava sentado, despreocupadamente, como se não estivesse dando a mínima para a presença do barão, enquanto seu mordomo tentava inutilmente barrar o avanço do touro furioso. — Eu sei por que se casou com ela, seu maldito bastardo!


— É mesmo? — A pergunta debochada de Thomas só fez com que o homem se irritasse ainda mais.


— Isso é como um jogo para você, Greyfair? — Érico se aproximou mais de sua mesa, depositando os punhos cerrados no móvel e encarando o duque com raiva, sendo visíveis, de tão próximo que estava, suas cicatrizes de guerra. Eram sutis, quase imperceptíveis, mas ainda estavam lá, próximo ao colarinho até o começo da barba ruiva. — Se casou com minha irmã para se vingar de mim, por que em algum lugar da sua mente doentia eu sou o culpado pelo o que aconteceu com Anne.


Aquilo tinha sido o extremo para Thomas.


— Não pronuncie o nome dela! — Ele ficou de pé em um instante, ficando cara a cara com Érico.


— Acha que eu quis que isso tivesse acontecido? — O barão ficou lívido de raiva. — Acha que se eu pudesse prever o que aconteceria não teria desistido na hora de fugir com ela?


— Essa é a questão! — esbravejou Thomas. — Você fugiu como um covarde. Fugiu duas vezes!


— Eu pedi a mão de sua irmã e o que você fez? — argumentou Érico, desarmando ele. — Eu declarei milhares de vezes que amava a sua irmã, que poderia dar um futuro agradável para ela, e mesmo assim você rejeitou o meu pedido!


— Anne merecia alguém melhor!


— Como Callie também merece! — O barão proferiu um murro no móvel de madeira. — Você não tem vergonha do que fez? Como consegue dormir à noite?

O Duque de Greyfair - Escandalosos IOnde histórias criam vida. Descubra agora