Sinto a tua falta. Não como um simples prazer que vem e vai. Não. Sinto falta de tudo aquilo que a tua presença me trás. O teu beijo, os teus abraços, o teu sorriso. Caramba até da tua pequena desarrumação eu sinto falta. Digo pequena porque só pode ser proporcional a ti.
Dizem que os melhores perfumes vêm nos frascos mais pequenos. Que os melhores pratos vêm nas mais pequenas quantidades. Sou capaz de apostar um beijo teu em como quem disse isso, em algum momento, conheceu-te. Tens 1,53m mas dás-me tanto. Numa cama tão grande tu eras capaz de enchê-la, dava por mim deitado num canto sem cobertores (porque sim, tu puxas a roupa toda da cama para ti). E, quando te apercebias, puxavas-me para perto de ti, e aninhavas-te no meu peito.
Então ficava eu abraçando-te, com a cara enterrada nesses teus longos cabelos negros, pensando se aquilo era realmente real. E era, porque no dia seguinte (sabes como eu gosto de dormir) acordava e lá estavas tu, de cabelos ainda molhados, pronta para sair.
Puxava-te para perto, beijava-te e lá ficávamos mais uns minutos, tentando perceber como é que aquilo estava a acontecer. Porque não estava a acontecer, ou não era suposto acontecer. Alguma vez teríamos previsto que isto ia acontecer? Provavelmente não.
Despedir-me de ti não foi fácil. Aqueles minutos no metropolitano pareceram segundos, e chegámos à estação na hora de partires. Estás a 3h de distância mas é o mesmo que estares a um dia. Porque com essa distância não te posso ter aqui, desarrumando o meu quarto, a minha cama, o meu mundo.
Fica a saudade. Mas também fica aquele “até já” que sei que será breve.
Do teu grande,
PC