Capítulo 17

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Quando acordei, olhei para os lados e vi Gabriel, ele estava olhando pra mim e estava sorrindo, um sorriso lindo, no qual espero ver muitas e muitas vezes, não falei nada por um tempo, apenas fiquei olhando seu rosto, parecia mais leve, como se as suas preocupações tivessem ido embora em um passe de mágica, e seus olhos, parecia encantado em estar na minha presença, me senti preciosa, sem palavras, nem gestos, apenas olhares.

Gabriel: finalmente acordou, estava te esperando para podermos tomar café da manhã.

Eu: você preparou alguma coisa?

Gabriel: não, a casa nao é minha, não me sinto no direito de mexer em nada.

Eu: claro, claro, deixa eu ir colocar uma roupa, depois eu faço alguma coisa, mas já vou adiantando, sou péssima na cozinha.

Gabriel: se a casa não pegar fogo já vai ser um bom começo.

Me levantei, só depois de uns segundos me dei conta de que estava nua, olhei para Gabriel, tenho certeza de que estava totalmente vermelha, ele apenas ficou me encarando sorrindo, me virei  e entrei correndo no banheiro, pude ouvir sua risada lá de dentro.

Gabriel: Você realmente vai ficar com vergonha, mesmo depois de ontem?

Eu: sim, eu vou.

Gabriel: você é tão fofa.

Eu: você já disse isso.

Gabriel: e você não agradeceu.

Eu: obrigada, satisfeito?

Gabriel: sim.

Quando olhei para o espelho meu cabelo estava todo dessarumado "meu deu" me abaixei para pegar um pente que estava em uma gaveta e quando voltei para come e olhei no espelho, Gabriel estava atrás de mim.

Eu: caralho que susto.

Gabriel: olha a boca!

E então começou a rir é me abraçou por trás, ao senti-lo perto de mim, tão próximo, igual a noite anterior, admito, acabei soltando um gemido, então ele me soltou, me deu um beijo na testa e mandou eu me apressar para podermos ir comer logo.

Quando terminei de me arrumar, sai do banheiro, Gabriel ainda estava na cama, porém agora vestido, nos dirigimos até a cozinha e fizemos nosso café da manhã, na verdade eu fiz, Gabriel só ficou sentado na bancada me olhando fazer tudo, depois que terminamos de comer, fomos assistir um filme na sala, estava tudo muito calmo, estou sentindo uma coisa ruim. E como se eu tivesse invocado algo, Gabriel se levantou rápidamente e bruscamente do sofá e me puxou para junto de si.

Gabriel: Rafael... O que está fazendo aqui?

Rafael: é assim que você cumprimenta seu irmão mais velho que você não vê a muito tempo irmãozinho?

Gabriel: Rafael- disse sua voz saiu mais como um rosnado- vá embora! Quer mesmo lutar contra mim?

Rafael apenas riu, depois ele olhou para mim.

Rafael: Olá Alison.

Não respondi.

Rafael: ahgr, grossa como sempre docinho...  Nunca foi de falar muito, e dessa vez, vou me certificar de que você não fale nunca mais.

Gabriel: se quiser a pegar, vai ter que passar por cima de mim!

Rafael: eu não vim aqui por sua causa- ele olhou diretamente para mim com aqueles olhos cor de mel- vim por causa dela, de-a pra mim, e você não se machuca.

Gabriel: Nunca.

Rafael: se eu tiver que passar por cima de você para chegar até ela... Que assim seja.

Então ele se lançou na direção de Gabriel, e os dois rolaram pelo chão da sala, eu não consegui fazer nada de início, apenas quando Gabriel olhou para mim por 3 segundos e moveu os lábios formando uma palavra: VÁ, que consegui me mover, corri em direção a porta, porém quando cheguei lá Rafael estava a minha frente, apenas balançando o dedo de um lado para o outro como se estivesse dizendo que não, quando dei as costas para ele, para tentar sair por outro lugar ( essa foi a pior decisão que já tomei em minha vida) ele me puxou para junto de si e tampou a minha boca, a última coisa que vi antes do clarão laranja que nos enguliu foi a cara de horror e dessespero de Gabriel, e seu grito de angústia.

NÃOOOO.

Foi aí que eu desmaiei.


Entre o céu e o infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora