A menina é maleável. Fácil de moldar. Como Dennis. Não tão intensa quanto ele, claro, mas poucos são. É rebelde e arrogante, mas essa rebeldia pode ser domada. Deus do céu, até me sinto mal em pensar assim, mas ela me lembra uma versão mais jovem de mim mesmo. Sem a mesma determinação, e sem a mesma capacidade, mas vejo vislumbres de meu passado, lembretes de onde saí e aonde cheguei. Seus talentos estão sendo desperdiçados, e ela sabe disso, e esse ressentimento vai ser a chave para mim. Vejo potencial para grandes realizações, mas preciso ter caute-la ao abordá-la. Uma demonstração está em pauta, uma que comprove sem sombra de dúvidas que, às vezes, as doenças não podem ser curadas.
Não importa se a doença existe por culpa minha.
Acredito que ainda estou à espera do candidato ideal para levar adiante minha pesquisa, mas isso pode servir como uma distração interessante até lá.
– Trecho dos diários do diretor Crawford (fim de abril)
