capítulo 3

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       O sol de dezembro aqui deixa a cidade em temperatura máxima, escolho um vestido bem leve do tipo caiçara com duas tiras finas que seguram os meus seios amarradas a nuca e um elástico embaixo do peito marcando até a cintura, e depois o tecido cai como uma cachoeira até a altura dos joelhos atrás e para um pouco mais a cima na frente formando um meio círculo na região das coxas, estou pronta quero saber tudo sobre os comércios locais e pontos movimentados onde posso instalar minha mini-padaria.

    Saio tranco a porta e assim que me viro quase dou meia volta e me tranco do lado de dentro novamente, tem um homem com H maiúsculo me olhando muito sério e muito alto pelo menos um metro e noventa e três ou mais, cabelos negros que estão voando com a brisa a beira mar, desço um pouco mais e aquele olhar me flagra o observando, é o tom mais lindo de castanho que eu já vi um calor percorre o meu corpo, minhas mãos soam eu não posso ver mas tenho certeza que surgiram aquelas bolinhas de suor bem embaixo do meu nariz, não o conheço tenho certeza que nunca o vi, mas ele me olha como se tivesse encontrado aquele brinquedo de infância mas as lembranças não são boas, ele está com as sombrancelhas franzidas uma leve carranca na verdade, um leve sorriso cruza os meus lábios mas muito rápido pois percebo que sua carranca aumenta.

- Bom dia, a senhora é Elizabeth Reilly?

   Ele não era um vizinho com certeza as pessoas daquela região eram sorridente e muito mais amigável, e não se tratam por senhor ou senhora, mas decidi que eu era e seria gentil com o "senhor exala sexo" na minha frente. Me aproximei e respondi com toda simpatia que consigo.

- Sim e você?

- Meu nome é Richard Nunes, gostaria de dar uma palavra com a senhora ?

     Ok este homem não gosta de mim mas por mais que eu tente não consigo saber o porque, e pior ele tem um efeito meio que imediato sobre mim isso me deixava comfusa. Depois de um certo tempo as pessoas me chamando de fria eu reaumente me acostumei a ser e até agora achava que seria sempre assim é claro que eu sonhava em me casar e ter filhos um dia , mas nem precisava ser um grande amor só alguem que fosse diferente do meu pai, me respeitase e me ouvice tava tudo certo , mas este homem estava me mostrando que alem de ser quente eu podia até ferver...

- senhora?

Aquele ''senhora'' outra ves era evidente que não avia a menor nesecidade daquela formalidade, mas decidi saber primeiro de onde este homem veio e fazer o que.

- Do que se trata ?

-- Se não se importar gostaria de falar com a senhora em um lugar mais adequado notei um café uma quadra antes de chegar aqui , mas podemos ir a outro lugar se preferir?

   Tudo bem, tinha auguma coisa acontecendo e eu não estava por dentro, este homem sabe meu nome meu endereço e não gosta de mim apesar de usar palavras educadas, ele fala com um tom de desdem tauves até um tom de deboche , não entendi o porque ja que tenho certesa que não conheço esta pessoa e nunca pude ter feito nada que o desagradase. Não sei porque o fato de ele não gostar de mim me incomoda mas queria ouvir o que ele tinha pra me contar e talvez eu pudesse depois de tudo entender o que estava acontecendo com o meu corpo.

- Não tudo bem . Eu ia mesmo tomar café antes de começar o dia.

- Ok vamos no meu carro.

  Opa ai já era demais apesar do meu corpo ter se oferecido prontamente ainda tinha uma ponta de juízo em mim. eu sabia que não tinha como ele saber o que eu estava sentindo, mas o fato de eu saber já me deixava embaraçada na frente dele.  Não posso entrar no carro com ele a não ser que seja pra perder minha virgindade lá dentro a luz do sol sinto novamente o meu rosto corando e sei que aquelas tão indesejáveis manchinhas vermelhas apareceram novamente ele me olha intrigado e eu respondo só por um momento deixando a simpatia de lado:

  -É somente uma quadra Richard não vai gastar muito a sola do seu sapato chique.

   Decidi usar o primeiro nome pra ele saber que eu não me importava com a maneira como falava ou se vestia eu não iria abaixar a cabeça e ouvir ordem de um homem que eu nem conhecia, olho pra ele com um olhar desafiador e vou em direção ao café acho que ele planejava dar uma resposta pela minha petulância mas não teve tempo. E aproveito para provocar mais um pouco.

-- Se não puder volte outro dia.

     Ele me olha e pela primeira vez não é raiva que vejo em seus olhos , não sei porque mas to adorando provocar esse desconhecido gato acho que nunca mais vou parar de provoca-lo a cara dele fica cada vez melhor e as vezes tenho a sensação que ele sente o mesmo que eu. Conforme vamos nos afastando o silencio vai aumentando e ele vai voltando aquele olhar de raiva e isso começa a me incomodar, onde eu estava com a cabeça de sair andando pela rua com um desconhecido não sei porque mas eu não estava com medo o que eu queria mesmo era olhar pra ele e dizer que seja lá o que for que tava acontecendo não era minha culpa, mas pra isso primeiro eu precisava ouvir o que ele tinha a dizer. Não gostava do fato de um homem tão lindo e que finalmente me despertou alguma coisa que não era sentimento materno não gostar de mim e pior sem eu ter feito nada , acelero os passos cinto que preciso ouvir o que ele tem a me dizer e depois talvez eu até convide ele para um próximo café. Finalmente chegamos , ele espera que eu me sente e faça meu pedido ele também faz o dele e enquanto aguardamos minha paciência chega ao limite e pergunto logo de uma vez:

O  Que o Amor Revelou. - Série Segredos ( Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora