Capítulo 8 - Entrega

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Estava saindo do quarto para dar uma volta quando encontrei Spencer com o ouvido grudado em uma porta.

- O que está rolando? A Bethany está aí?

- Que susto, Hanna! A quanto tempo você está aí?

- Cheguei agora, por quê?

- Nada, nada... Vamos lá em baixo tomar alguma coisa?

- O que você está escondendo? Não minta pra mim.

- Acho melhor você não saber...

- Tem a ver com o Caleb?

- Sim.

- Então eu tenho que saber sim.

Spencer respirou fundo e olhou para porta duas vezes. Isso me deixou mais nervosa ainda.

- Fala logo, eu aguento.

- O Caleb entrou neste quarto com a Alison.

- Que?

Meu coração parou por um segundo. Uma mistura de sensações invadiu meu corpo e sem pensar muito, empurrei Spencer, que saiu de frente da porta, e encostei o ouvido.

No início não estava dando para escutar direito, apenas algumas risadas da Alison. Parecia que eles estavam apenas conversando. Mas quando eu estava quase desistindo, ouvi a Alison cobrando o Caleb de fazer algo que ele havia prometido.

- Melhor você tirar a blusa então.

Meu coração parou de novo. Minha cara deve ter ficado horrível porque a Spencer também colocou o ouvido na porta. Meus olhos estavam se enchendo de lágrimas e mesmo não ouvindo muito bem eu tinha a impressão que sabia o que estava acontecendo.

- Assim?

- È. Assim.

- Mais depressa?

- Não, assim está bem. Um pouco mais...

- Assim?

- Oh! Assim ta ótimo! An, an....

***********

Era o mínimo que eu podia fazer pela Alison depois do que aconteceu. Depois da massagem eu estava com a consciência tranquila, pois eu tinha feito tudo que estava em meu alcance.

- Obrigada, Caleb. Você foi um anjo para mim.

- Tranquilo, Alison. Mas agora eu já vou indo, preciso conversar com a Hanna. Ela está entendendo tudo errado.

- Imagino, não deve ser fácil me ver com você depois do que rolou no ensino médio.

- Foi só um beijo, Ali. E você só fez isso porque A estava te ameaçando com algum segredinho sujo.

- Sim, verdade. Mas eu gostei. Você não?

- Preciso ir.

Alison não tentou me impedir, mas escutei a risadinha dela por trás de mim.

**********

Levei a Hanna para o quarto, tentando convencê-la de que podíamos ter ouvido errado ou que não era o que parecia. Mas ela, por incrível que pareça, não falava nada, apenas chorava.

Chegando no quarto ela apenas se jogou na cama e enfiou o rosto no travesseiro. Fiquei ao seu lado até ela adormecer.

- O que houve? Perguntou Aria entrando no quarto.

- Peixe ou anzol?

- Peixe. - Respondeu Aria revirando os olhos. Tínhamos criado um código para saber quando realmente era a Aria. - Então, o que aconteceu?

- A Hanna escutou a Alison e o Caleb no quarto e agora está achando que eles ficaram. E a culpa é toda minha. Se eu não estivesse espionando eles, nada disso teria acontecido.

- Achei que você só iria me espionar.

- Eu sei, mas é que quando vi os dois entrando no elevador não tive escolha.

- Peraí. Eles estavam no quarto dos meninos?

- Não. Acho que era o da Alison.

- Spencer! Disse Aria com brilho nos olhos.

- O que foi?

- Não é coincidência a Ali estar aqui no Brasil, no mesmo hotel que a gente. Com certeza ela está com a Bethany.

- E se a gente sabe o quarto da Alison é só esperar para pegar sua gêmea má.

- Gêmea má? Questionou Aria gargalhando alto.

- Xiu, vai acordar a Hanna.

- Foi mal. Mas sabe, sobre essa coisa do Caleb, acho que você deveria falar com ele. Vocês sempre foram ótimos amigos.

- Você tem razão. Eu vou lá falar com ele. Você fica com a Hanna?

- Claro.

Já estava a noite e o hotel estava praticamente vazio. Não consegui encontrar o Caleb no quarto dele nem nos arredores do hotel. Entrei no salão de jogos e antes de sair encontrei com Toby na porta.

- Investigando alguma coisa?

- Não. Só procurando o Caleb. Você viu ele por aí?

- Acho que ele foi pegar comida para a Alison. Ela está abusando da bondade dele, mas o Caleb deixa né.

- Por isso preciso conversar com ele.

- E você também precisa conversar comigo.

- Não tenho tempo para isso, Toby. Disse andando.

- Mas eu tenho.

Ele bloqueou minha passagem e aqueles olhos azuis me fizeram perder os sentidos mais uma vez.

- Eu preciso ir.

- Você sabe que não quer isso.

Respirei lentamente, mas ele encostou a mão na minha cintura e instantemente me perdi onde estava. Fechei os olhos, ele me puxou para perto e encostou os lábios nos meus. Minha mão foi parar no pescoço dele e a outra entrou por baixo da camisa dele. Toby acelerou o beijo e uma das mãos repousou na minha bunda.

- Acho melhor a gente parar, podem...

- Esquece o mundo lá fora. Ele sussurrou no meu ouvido.

Arrepiei-me e, antes que eu pudesse questionar, sua boca me calou e eu realmente esqueci tudo. Conforme nos beijávamos, andávamos para trás, as mãos dele percorriam meu corpo e as minhas tiraram a sua camisa.

Me assustei ao sentir uma mesa atrás de mim, ele me ergueu sobre a mesa de sinuca e ainda me beijando desabotoou meu sutiã.

O ato de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora