Os amores da minha vida(concluída)

A primeira vez a gente nunca esquece

Eu sei que não deveria ter iniciado uma conversa sabendo que Edward ainda era comprometido.
Foi bem prazeroso saber que ele estava solteiro, mas ainda assim, achei errado aceitar logo de cara me encontrar com ele.
Fiquei pensando, nossa como sou trouxa de aceitar ele na minha vida. O problema e que quando gostamos, nos alimentamos de migalhas, fazemos amizade com a fome de amor, até que o que sobre de nós,seja meu coração magoado e o seu incompleto.
Nos meses que fiquei sem saber de Edward, procurei me reencontrar, mas sempre faltava algo, então quando ele se mostrou interessado, eu só queria mais momentos para me lembrar.
É triste, mas e a verdade.
Eu não queria prendê-lo a mim, eu queria que ele fosse feliz, mesmo que isso custasse a minha felicidade ou a minha paz.
Por mais que eu quisesse ficar com ele, eu tinha medo.
Mas no domingo quando nos vimos, percebi que ele ficou meio fora de foco por uns 30 segundos e depois sorriu pra mim.
Aquele sorriso de menino que eu tanto sonhava. E então por mais que tudo diga que não, você sai de mãos dadas atrás de memórias.
Quando passamos em frente ao poste do primeiro beijo, Edward me puxou do mesmo jeito que da primeira vez e me beijou.
Nos entregamos ali ao desespero da saudade e da distância.
---- Me conta algo sobre você Evlyn.
Eu sorri, meu sorriso guardado para Edward.
----- Terminei o ensino médio, mudei de casa e, amanhã viajo de fériassss.
Achei que seriam notícias que deixaria ele alegre.
----- E se eu te raptar?
---- Sem chance de resgate amor.
Já ouviu falar que toda brincadeira tem um fundo de verdade? Eu gostei da sensação de chamar Edward de amor.
----- Poxa Evlyn, não vamos curtir nada juntos.
---- Você está de férias e eu saindo de férias. Vamos comemorar.
Quando disse isso, eu andava de costas e quando tropecei, Edward me pegou, antes que caisse.
----- Vamos lá pra casa? Prometo me comportar.
----- Você pirou né?
----- So quero curtir os poucos segundos que temos juntos.
---- Exageraaaado
----- Sim ou não Evlyn?
----- Deixa eu pensarrrr
---- Evyyyyyy
---- Você também não Edward.
----- Então me dá a minha resposta.
---- Ok, vamos lá.
De alguma forma eu sentia que Edward era especial, e mesmo que eu dissesse pra mim  mesmo o tempo todo que " não", eu sabia que com Edward não existia o clichê " Já que estou na chuva o jeito é me molhar". Meus pensamentos tinham vontade própria, entravamos em sintonia e de repente, o que ele queria eu também queria.
Já não importava o aperto no peito quando eu tivesse que me despedir, quando passasse os dias e eu nao recebesse nenhuma mensagem nem na internet nem no meu celular. Ja não importava quando ele voltasse a namorar alguma burguesinha.
Não, não é preconceito. Por mais que nós decidissemos ficar juntos, nosso caminho parece estar destinado a ser separados.
Por isso e outras coisas, eu me sinto sortuda, pois poucas pessoas tem o prazer de confiar em uma pessoa, que pouco se conhece, quase nunca se viu, mas só de olhar, muito se sabe.
Bem ou mal, nós nos completavamos quando estavamos juntos.
Algumas vezes ele dizia" Ja tinha pensado nisso" ou "nunca cheguei a essa conclusão"
Quando chegamos na casa de Edward, fomos a um quarto de empregados que tem entrada independente na casa dele.
---- Não pense besteira, mas vou por o colchão no chão porque só da gente sentar a cama faz barulho ta?
----- Tudo bem. Pelo jeito hoje você não está sozinho em casa né?
---- Não.
Eu não me sentia ameaçada por estar ali com Edward, mas como não estou acostumada a ir na casa de alguém sem o conhecimento do dono, meio que fiquei travada, parada na porta do quarto fechada.
Edward se aproximou e começou a me beijar novamente e apagou a luz.
---- Prometo me comportar, nada que não quiser irá acontecer.
Nem sei se ele viu que eu balancei a cabeça afirmativamente.
Edward me abraçou forte, já não era preciso palavras. E então me beijou, com paixão. Ele nunca tinha me beijado dessa forma, apesar de amar nosso primeiro beijo esse foi diferente. O clima, que já era quente, foi pegando fogo e quando dei por mim ja estava entrando no jogo também.
Sinceramente nem sei como fomos parar no colchão.
De um jeito quase cego, Edward pediu para que eu fosse literalmente pra cama com ele, mas não insistiu com palavras, mas com seus beijos intensos e quando dei por mim, a razão ja nao tinha mais voz, apenas o desejo nu e cru.
Estávamos quase adormecendo quando ouvimos vozes do lado de fora do quarto. Sim, eu congelei. Rapidamente nos vestimos e esperamos as vozes sumirem.
---- Foi bom pra você?
Edward realmente parecia preocupado. Acho que pelo fato dele ter prometido se comportar.
---- Não poderia ser melhor. E pra você?
----- Sempre vou lembrar com carinho.___ Edward parecia um pouco triste. Jamais tinha visto antes um jovem  velho. Edward era experiente, brincalhão, sábio, além de lindo e atencioso.---- Posso ir com você?
---- Pra onde?
---- Pra sua viagem de férias.
---- Eu adoraria, mas meu pai acharia estranho, do nada eu aparecer, oi pai, este é Edward, vai ficar as férias aqui tá?
---- Me desculpa, estou sendo egoísta.
----- Relaxa.____ E ri. Edward fofo também é lindo.
----- So me promete uma coisa.?
---- Hummmm.
---- Sim ou não?
---- Vou tentar... Diz logo.
---- Você vai me arrumar um fim de semana com você, na próxima férias minhas.
---- Como se promete isso? Onde vou colocar você?
---- Só diz que sim e o resto eu ajeito.
---- Sim, eu prometo, eu acho.
Do lado de fora ficou silencioso, Edward colocou a cabeça pra fora.
---- tá  limpo, mas silêncio que ele ainda deve estar acordado.
E por incrivel que pareça eu não tive crise de risos, o meu nervosismo por poder ser pega, foi aplacado pelas fortes batidas do meu coraçao.
----- Você é muito especial, pra mim.
---- Você também é Edward, meio louco de vez em quando, mas é.

Fui pra casa descansar. Ja estava com saudades. Mas na próxima vez que eu falasse com Edward eu tinha que contar a ele uma verdade, pra mim e bobeira, mas geralmente homens gostam de saber disso.