Barzinho Nosso Encontro

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Gustavo

 - Bom dia Gustavo, como estão as coisas na empresa? - Perguntou Patrick me ligando logo cedo

 - Bom dia Patrick, tudo pronto pra restaurar. - Respondi

 - Que ótimo, mas sua voz está diferente. aconteceu alguma coisa?

Impossível disfarçar para Patrick, nos conhecemos desde a infância, ele já está acostumado comigo. Então como não adianta fugir e ele é o único que tenho pra desabafar, vou aproveitar a oportunidade.

 - Houve uma mulher meu amigo, seu colega aqui foi fisgado, só que infelizmente ela é proibida para mim. Mas não consigo tirar ela da minha cabeça.

 - Não creio, você teve que ir pro outro lado do mundo pra achar sua cara metade? Agora por que ela é proibida pra você meu amigo? Não é possível, você encontrar sua garota, e não poder tê-la.

 - É sim querido, ela é casada e pelo visto muito bem casada!

 - Nossa!, que situação hein meu amigo!, mas nem tudo dura para sempre não é? Siga seu coração, agora me desculpe não poder ficar aqui te aconselhando, tenho uma reunião às 8:30.

 - Tudo bem Patrick, boa reunião. Vou resolver algumas coisas aqui e tentar não pensar nela.

 O dia passou voando, ainda bem que me mantive ocupado e pensei pouco na Lizie, mas quando chegou 17:00 seu rosto voltou à minha mente. Não tinha jeito, eu precisava falar com ela, e seria hoje, sem falta, eu iria até ela, tentar conhecê-la um pouco mais.

Cheguei um pouco antes dela, mas não tive que esperá-la por muito tempo, notei que ela estava um pouco mais impaciente do que de costume, tomei coragem e atravessei a Avenida, até a metade, pois de repente um homem agarrou-lhe o braço e antes que o impulso de ir salvá-la me dominasse, percebi que ela o conhecia, tive vontade de voltar, mas algo me fez seguir adiante.

Quando cheguei ao outro lado, me aproximei ao máximo deles, queria entender o que acontecia e quem ele era. Realmente era, pois ao me aproximar o ouvi dizer que iria embora e não iria levá-la com ele, que não a queria mais em sua vida, meu sangue ferveu ainda mais quando a chamou de fraca e criança. Como pode ele dizer isso? Ela era incrível, tinha garra e era determinada, se não fosse não teria as crianças e sua própria empresa, a qual me mostrou ter total responsabilidade.

Quando o ouvi tive que sair de perto para não voar no pescoço dele e fui para trás dela, ela então deu a melhor resposta que pode. E sem dar chances ao canalha subiu no ônibus que se aproximava, como não tive chances de falar com ela no ponto, subi no ônibus também, mas não me senti a vontade de falar com ela lá. Quando ela desceu, a segui, mantendo uma certa distância para não assustá-la, ela entrou em uma linda casa e ficou lá por uns vinte minutos, e saiu com duas meninas de carro, a perdi de vista

Bem, já que é sexta-feira e semana passada eu não pude curtir, vou aproveitar o barzinho que conheci, lá me parece um ótimo lugar para me distrair. Vou andando mesmo, afinal é aqui perto.

E ao chegar vejo que meu destino já está escrito e não tem como eu fugir. E nem quero... Vi meu anjo sentada numa mesa ao ar livre, apreciando a noite. Fui falar com ela, não suportava mais remediar...

Lizie

Tudo esclarecido com a Jéssica, seguimos para o barzinho, e nos sentamos numa mesa ao lado de fora, afinal a noite estava mais que agradável e aqui é melhor para conversar do que lá dentro com o som da pista de dança super alto. A Jeh e a Nanda pediram duas batidas de maracujá para começar a noite, eu como estava super desanimada fiquei com o suco de laranja natural. Quando termino meu pedido ouço uma voz formidável.

A garota da AvenidaOnde histórias criam vida. Descubra agora