CAPÍTULO 23

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AMANDA
Tinha minha cabeça repousada sobre o peito de Nina ouvindo as batidas calmas e tranquilas do seu coração tendo seus braços envolta do meu corpo me abraçando como se quisese me proteger de todo mal que que havia no mundo, exatamente ali tinha a chance de dizer a ela as mais belas frases afim de declarar o meu amor mas qualquer frase que se formava em minha mente e ousava sair por meus lábios tinha uma morte súbita na ponta da minha língua me impedindo de uma forma muda de quebrar aquele momento onde o amor fluía entre nós em forma de uma energia tão pura e tão intensa que só nos poderíamos compreender. Há dois anos a morte roubou de mim não só a vida de Beatriz a mulher que prometi amar e proteger mas também todos os meus sentimentos bons, principalmente o amor, me fazendo cair em um mar de dor e sofrimento lugar que pensei jamais sair, até encontrar Nina o presente que a vida me deu, o amor dela mesmo que no início estivesse disfarçado de ódio  me fez emergir para ama-la como jamais pensei amar novamente.
Durante o dia recebi algumas visitas, o primeiro foi Hugo que já estava lá pois tinha vindo junto com Nina, depois veio o Ivan soltando uma das suas piadinhas sem graça que de tão sem graça me fez rir e por fim veio Bruna e ao vê-la não pude controlar a pontada de esperança que atingiu meu coração e me fez desejar que ela fosse Beatriz mesmo amando Nina não iria deixar de amar ama-la. Bruna me contou sobre seu casamento com Júlio seu noivo que ainda não conhecia e convidou Nina e eu para sermos suas madrinhas convite que aceitamos na hora. Mesmo tendo meus amigos ao meu lado durante algumas horas uma cena não saía da minha cabeça, lembro muito vagamente de ter acordado e ter visto Alice e o que mais me chamou atenção e que ela parecia estar eufórica e feliz em me ver acordada e chamava a enfermeira que não entrou no meu campo de visão pois logo tudo ficou escuro e quando acordei de novo ela não estava mais lá o que me fez pensar se isso era um sonho ou apenas uma alucinação.

NINA: Nós temos que conversar.- disse séria

AMANDA: O que aconteceu, por que estão tão sérios?- perguntei preocupada

NINA: Amanda, a Alice foi a responsável pelo seu acidente.- disse com um certo tom de raiva na voz

AMANDA: Como?? Vão com calma eu acabei de acordar de um coma.

HUGO: Ela fez um plano mirabolante para te dopar e fazer com que fosse pega no doping.- minha cabeça deu um nó

Então eles me contaram como descobriram o plano de Alice e que pretendiam entregar as provas que tinham contra ela para a Polícia, mas algo dentro de mim que não sabia explicar o que era gritava me pedindo para não deixa-los entrega-la para a Polícia.

AMANDA: Não a entreguem, ainda não...

HUGO E NINA: Como??- disseram em unisoro

ALICE
Enquanto voltava para casa sentia dentro de mim uma paz que a anos não sentia e me permiti ver o mundo mais colorido e esquecer mesmo que por alguns instantes a realidade oculta sobre mim que ninguém sabia mas era o que me fazia levantar cedo todas as manhãs mesmo que meus músculos estivessem cansados, que me fazia entrar em dois ônibus lotados e depois me jogar dentro de uma piscina gelada e nadar levando meus músculos a exaustão. Mas eu não me importava pois no fim do dia quando já estava em casa completamente cansada tinha a minha recompensa, apenas poucos minutos mas que me fazia esquecer tudo ao meu redor.
Chegeui em casa e me deparei com um buquê de rosas brancas enorme em minha porta fazendo uma integração maior que o buquê aparecer sobre minha cabeça, entrei e me sentei no pequeno sofá da sala e encontrei no meio das rosas um cartão vermelho logo o abri para saber que tinha mandado aquilo para mim e se não estivesse sentada com certeza teria caído dura no chão ao ter terminado de ler o cartão.

"Oi, sinto que não me desculpei direito com você pelo acidente daquele dia então mandei o buquê. Me lembrei de uma coisa, você ainda não sabe meu nome então vou usar isso como pretexto para manter contato com você.
Aqui está meu número xxxxx-xxxx me ligue se presisar de alguma coisa ou sempre que quiser."

Imediatamente senti meu coração acelerar e meu corpo começar a tremer como uma boba apaixonado, coisa que eu não poderia estar pois tinha outras prioridades e também não quero ter meu coração partido outra vez. Coloquei as rosas em um vaso e encarei mais uma vez o cartão onde tinha o número dela, fechei os olhos e neguei com a cabeça suspirando forte no final. " Você vai se arrepender Alice", gritou minha consciência.

ALICE: Depois eu me arrependo...- disse a mim mesma enquanto ouvia o barulho da chamada

7x: Alô?- atendeu depois do quarto toque

ALICE: Como eu devo te chamar ja que não sei seu nome?- perguntei sorrindo e me sentindo meio trêmula ouvindo uma risada dela

7x: Escolhe você, quero ver o quão criativa é.- ela parecia se divertir

ALICE: Vamos ver... A loira do carro branco que me atropelou?- disse rindo a fazendo rir também, Meu Deus que risada linda

7x: Criativo!- continuava rindo- Mas muito longo. Deixa eu pensar... 7x!- disse animada

ALICE: Isso parece mais uma equação de matemática.- comecei a rir e ela também- Por que 7x?

7x: Sete e a quantidade de letras do meu nome e o 'x' e porque você não sabe as letras!

ALICE: Bem legal equação de matemática!- ela riu

7x: Gostou das flores?- mudou de assunto

ALICE: Sim, elas são lindas!- disse as olhando- Não precisava eu já tinha te desculpado.

7x: Na verdade eu tinha ido para ver você, mas você não estava e demorava para voltar então as deixe ai.- meu coração disparou

ALICE: Você e sempre assim, ou e só comigo?

7x: Só com as moças que atropelo.- ela falava de modo sexy como se quisese me seduzir

ALICE: Então teve outras?- perguntei no mesmo tom

7x: Você foi a primeira.- mordi meus lábios involuntariamente- Queria ouvir mais a sua voz mas tenho que ir.

ALICE: Tudo bem.- me senti um pouco frustrada- Posso te ligar mais tarde?

7x: Deve!- sua voz voltou a ficar sexy- Até mais tarde Alice.- um arrepio correu pelo meu corpo

ALICE: Até mais tarde 7x.- disse desligando


Oi pessoas lindas, desculpa ter sumido e demorado mais de um mês para atualizar a história. Uma soma de fatores estavam me impedindo de escrever.

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