Capítulo 18. Estou mais perto do que você imagina

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Abro o bilhete para ler:

A cada dia, cada bilhete, os seus dias com seu querido e amado filho estão acabando. Serão seis bilhetes, cinco dias, talvez um pouco mais. Estou sozinho nessa, vou tirar tudo o que você tem, se você quiser continuar com seu filho para você, terá que pagar... Muito!
- M.

Agora mudou a assinatura também.- penso frustrada.
Acabo de ler e jogo ele dentro da gaveta junto com o anterior, não sei o que fazer sobre isso, estou com medo de perder meu filho e a cada bilhete eu me sinto mais preocupada.
A tarde fui para uma reunião com meu pai e depois contei a ele sobre os bilhetes, ele disse que contrataria um investigador particular para descobrir de onde vinha os bilhetes, em uma semana o investigador disse que já tinha uma linha de investigação, e durante este período nenhum bilhete chegou, até que o porteiro bate na porta a noite e entrega outro bilhete a Daniel, ele o trás para mim e eu abro para ler:

Estou mais perto do que você imagina, todos os dias estou te observando e tudo o que você faz eu vejo, não vou cometer nenhum deslize. Se você quiser continuar com o seu filho venha para a praça de alimentação do shopping mais próximo de você amanhã ao meio dia, estarei de longe te olhando, você levará uma quantia de dez mil reais em uma mala e deixará em cima de uma das mesas, assim seu filho terá mais algum tempo de vida.
- A.

A assinatura anterior de novo, vou descobrir quem pode ser, deixo esse assunto de lado, depois vou falar com meu pai sobre isso.
Daniel senta no chão da sala com Henrique e os dois passam bastante tempo brincando juntos alí, depois de comermos ficamos assistindo televisão, Henrique dorme escorado em Daniel, ele levanta e leva o mesmo para a cama, depois de um tempo nós também vamos para a cama.

No outro dia de manhã depois de Daniel sair para levar Henrique a creche eu ligo para o meu pai e conto sobre o bilhete, ele diz ter um plano e que me encontra aqui em casa em uma hora com o investigador, conversamos mais um pouco e eu desligo. Daniel volta para casa e vem falar comigo.
- Tenho uma turnê de lançamento pelo Rio, vou agora para o aeroporto.
- Quando você volta?- pergunto.
- Não sei, talvez mês que vem.
- Você nunca demorou tanto em turnês.
- Eu sei, vou ganhar muito bem por isso.
- Se você quer ir, não posso fazer nada. Vou sentir saudades.
- Eu também!- ele diz me abraçando, ajudo ele a arrumar as malas e antes de ele sair dou um beijo nele.
Meu pai chega com o investigador e nós conversamos, nós vamos ao shopping no horário marcado, eu vou deixar uma mala sem dinheiro em cima de uma mesa e quando a pessoa chegar para pegar meu pai e o investigador chamado Giovane chegam e seguram ela.
Conforme o combinado, nós fomos pra o shopping, eu sozinha no meu carro meu pai com Giovane em outro carro. Eu entro no shopping e sigo para a praça de alimentação, me sento em uma mesa e espero um tempo, deixo a mala vazia em cima da mesa e saio como se nada estivesse acontecendo, meu pai e o investigador observam de longe, meia hora se passa e ninguém aparece para pegar a mala, volto pra a mesa frustrada e vamos embora do shopping. Recebo uma mensagem de Alexia a caminho de casa, ela diz que estava indo conversar comigo, chegamos juntas ao prédio e subimos no elevador conversando, passamos toda a tarde no sofá conversando. No final da tarde depois que Alexia foi embora eu busco Henrique na creche e volto para casa, passo pela portaria e o porteiro me entrega outro bilhete, Henrique corre para dentro de casa assim que o elevador se abre no nosso andar, entro atrás dele e me sento no sofá para ler o bilhete.

Continua...

O pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora