Prólogo

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Tyler

Candice se ajoelha e me encara com sua melhor cara de safada esperando que eu retire a camisinha e goze em seu rosto. Eu odiava o fato de não ter uma parceira fixa de gravação como Jess tinha Luke e posteriormente, Jay, portanto tinha que usar camisinha. Era regra por aqui, se o casal contracena sempre, fica livre desta merda de látex, mas se é como eu, que cada cena é gravada com uma atriz diferente eu era obrigado a estrangular o meu pau com camisinhas.

Eu já trabalhava com Gil há mais ou menos 4 anos, gravava esporadicamente algumas cenas para ele, mas, após Jess sair da gravadora para ser apenas esposa e mãe, Gil havia me feito a proposta de ser o novo rosto da Scenes of Pleasure. O que é claro, aceitei logo de cara, isso já tinha um ano e meio e meu diretor estava com medo de arrumar uma nova garota para contracenar fixamente comigo e acabarmos com o antigo casal estrela da gravadora – fodidos com aquela coisa toda de amor – e deixa-lo na mão. Obviamente ele não verbalizava estes pensamentos já que era amigo do casal e tudo o mais, mas nem precisava, bastava olhar em seus olhos e ver o receio nítido neles sempre que eu pedia uma co-starring. E afinal, eu nem o julgava por pensar nisso, aquele era o seu trabalho.

Após jogar de lado a droga da camisinha, enrolo os cabelos de Candice em um punho, enquanto me masturbo com a outra mão, gozando em seus peitos e em seguida levando meu pau até a sua boca, que o lambe todo, limpando os resquícios do meu orgasmo. Logo ouço Luke mandar cortar e a loira ainda ajoelhada à minha frente sorri para mim.

— É sempre um prazer contracenar com você, Ty — pisco divertido, eu sabia bem o que ela queria com aquele comentário. Uma repetição da cena, na minha casa, à noite.

Abri a boca para responder que ela seria mais do que bem-vinda para o jantar quando um suspiro chamou minha atenção.

E, mais uma vez aquela morena deliciosa estava ali, no cantinho do cenário observando a gravação. Porra, eu havia acabado de gozar, mas só de olhar para aqueles olhinhos apertados em minha direção meu pau ganhou vida novamente. Sempre a pegava observando as gravações com um ar admirado, como se tentasse entender como fazíamos aquilo tão naturalmente. O que era um absurdo. Para mim, não existia outra maneira de transar senão, naturalmente. Podia ser em frente a uma câmera, sem uma, ou ao vivo em meio a dezenas de pessoas.

Camille era a modelo gostosa que estampava a capa de algumas das edições da nova revista do Gil, e nossa, eu já havia me masturbado umas duas, ou sete vezes, só imaginando que era a sua mão ali acariciando meu pau depois de folhear a maldita revista.

Curioso, acabei abandonando Candice no cenário e fui atrás dela, assim que me aproximei mais da saída do cenário ela se afastou rapidamente com um sorriso de canto de boca, meio sonhador. Enrolei uma toalha na cintura e corri até ela. Lá fora, nos corredores eu, infelizmente, não podia andar nu.

— Hey, pra que tanta pressa? — seus passos diminuíram e ela se virou para mim.

Caralho.

Ainda não tinha tido a chance de vê-la assim tão de perto, era linda. Vestia uma calça jeans que parecia mais uma segunda pele e uma blusinha preta de seda, fiquei fascinado com o movimentar de seus quadris. Mas então ela se virou e me fez ficar ainda mais duro.

Seus cabelos cor de caramelo caiam em ondas por seus ombros, sua boca parecia ter sido pintada a dedos, e os lábios carnudos fizeram meu pau vibrar, imaginando qual seria a sensação de senti-los em volta dele.

Pigarreei.

— Camille, não é? — ela concordou com um leve aceno, me aproximei mais. — Não é a primeira vez que te vejo no canto do cenário após uma gravação, gosta de assistir? — foi a pergunta mais estúpida que eu já fiz em toda a minha vida, mas droga, eu queria escutar a voz dela.

— É, sim. Sou modelo, mas sempre quis atuar, e, depois que comecei a trabalhar para o Gil, os filmes adultos viraram meio que um hobby, quando estou por aqui e tá rolando gravação gosto de observar, acho incrível a forma como você atua — parei a um palmo de distância dela que, pude observar, prendeu a respiração. Eu só queria enterrar meu rosto em seu pescoço e ouvi-la gemer o meu nome.

— Nem tudo é atuação quando estou gravando, Camille — ela ofegou mas manteve os olhos fixos nos meus — Se sempre quis atuar porque não pede ao Gil algumas cenas? Aposto que ele te daria várias.

Ela riu e o som foi direto para a minha virilha. Era suave e aveludado. Suas bochechas ficaram em um delicioso tom de rosa.

— Sou boa modelando, mas atuando? Você não iria querer me ver tentar — Ah, ela não sabe o quanto eu adoraria. Principalmente se fosse tentar comigo.

— Vi suas fotos, não deve ser tão ruim assim — ela riu de novo. O que eu disse era verdade, ela estava fascinante nas fotos da revista, e convenhamos, ser fotografada ou gravada nem era tão diferente assim, não é mesmo?

— Acredite em mim quando digo que é. Bom, tenho que ir, tenho aula em uma hora.

Ela se virou e caminhou rumo à saída.

Fiquei parado olhando sua bunda sumir de vista.

Segui, ainda sem ter ideia do que realmente tinha sido aquela conversa estranha, para o meu camarim. Ao fechar a porta e me virar para ir para o banheiro, como se fosse uma placa de neon brilhando no escuro, a revista em cima do balcão pediu minha atenção. Ela estava ali sorrindo para mim, seus seios à mostra, uma mão sob a cabeça em meio aos cabelos esvoaçantes e a outra tapando seu sexo.

Sem pensar demais joguei a toalha no chão e segui para o banheiro com a revista.

Seriam oito agora o número de vezes que eu me masturbaria imaginando aquelas mãozinhas acariciando meu pau.

Take 2 - Segundo livro Trilogia Estrelando o Amor - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora