Capítulo 11

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Camille

Nunca havia feito nada tão insano e quente na minha vida, nem nunca tinha sido tão ousada. Mas estava amando.

Estava longe de me ver satisfeita de toda aquela explosão de sexo e orgasmos, quando Ty encaixou-se entre minhas pernas uma ansiedade sem tamanho me dominou. Eu esperava por este momento desde que o vi pela primeira vez. Prendi meu olhar no seu quando sua glande alargou minha entrada. Minhas terminações nervosas se contraíram, Tyler avançou um pouco mais com o quadril quando uma música começou a tocar ao fundo.

Mas que inferno?

— Porra, preciso atender. — Seus olhos mostravam todo pesar que sentia por ter que parar, mas também tinham neles preocupação estampada.

Lori que ainda brincava com o próprio clitóris se virou para mim. Nunca imaginei que um dia estaríamos assim, nuas dando prazer uma para a outra.

— Juro que nada vai mudar entre nós, amanhã seremos apenas Lori e Millie Bell novamente. — Uma gargalhada irrompe para fora de mim quando ela cita o suposto nome que escolheu para que eu use na gravadora.

Millie Bell, até que soa bem.

— Certo, mãe, já estou a caminho. — Tyler encerra a ligação e caminha de um lado para o outro da sala. Preocupada, me levanto e caminho até ele.

— Ei, o que houve? Está tudo bem? — Coloco uma mão em seu ombro, pedindo que olhe para mim.

Seus olhos estão rasos d'agua e um vinco enorme divide sua testa.

— Eu... droga. Tenho que ir, me desculpe.

— Não há pelo que se desculpar, Ty. Mas está tudo bem? — Ainda com a mão em seu ombro, o aperto, tentando lhe passar algum conforto.

— Não. Não sei. Eu só preciso ir.

Caminhando até suas roupas ele começa a murmurar coisas que não entendo. Tyler parece estar completamente perdido. Também procuro minhas roupas e me visto, Lori também emana preocupação. Assim que o vejo totalmente vestido segurando a camisinha semi-usada, a tiro de suas mãos e jogo no lixo.

— Me empresta seu carro? Juro que devolvo ainda hoje. Só preciso ir logo.

— De forma alguma vou te deixar dirigir assim, vamos, só me diz para onde.

— Hospital Infantil de Los Angeles.

O que diabos estávamos indo fazer em um hospital infantil? Preferi não perguntar vendo o quão consternado Ty estava. Apenas dirigi, ele também permaneceu calado. Calado até demais.

Vinte minutos depois estaciono. Graças a Deus era madrugada e o transito estava tranquilo. Tyler mal esperou que eu desligasse o carro e abriu a porta.

— Tyler! — Chamei, querendo saber se precisaria de algo mais.

— Volte para casa Camille, agradeço a carona, mas agora não preciso mais de você. — Sua voz soa rude e um envia uma pontada de angustia direto ao meu peito.

Mas que merda eu fiz?

— Mas...

— Só volte para casa e não se esqueça que seu teste é as 13h.

— Você vai estar lá, não vai? — A pergunta saiu antes que eu conseguisse controlar. Uma ansiedade misturada a frustração me dominando.

Quando procuro seus olhos o encontro encarando fixamente o painel a sua frente. Sentindo-me idiota, bato a cabeça no volante, ouço o barulho da porta sendo destravada e evito levantar meu olhar.

Take 2 - Segundo livro Trilogia Estrelando o Amor - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora