As coisas começam a dar errado

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Chegamos mais cedo na escola, tínhamos coisas pra organizar sobre o ano seguinte. O ano que nós sairíamos daquele lugar que eu odeio tanto.

Entramos na biblioteca e vimos um cara grande, muito grande. Mas ele não era um grande normal, ele era tipo um nefilim do mau.


- O demônio que eu mais tenho vergonha chegou. – disse ele.

É o pai do Yurio. O que ele quer aqui? Como se não bastasse o que ocorreu ontem.

- Pai, o que você está fazendo aqui? Parece fraco. Tudo isso pra me botar pra baixo, você é insistente. – falou o Yurio sem olhar no rosto de seu pai.

- Esse é o humano com quem mora pelo visto... Não se preocupe garoto, quando morrer vamos nos encontrar, já que tentou tirar a sua própria vida. O cara lá de cima não gosta muito disso.

- Não se dirija a ele pai, não tem por que falar com ele como se gostasse dele.

- Yurio, eu realmente estou tentando não matar o garoto, mas você não está me ajudando. Ele não merece você. Você é o príncipe de uma parte do inferno, isso não é bom pra você conviver amorosamente com um humano.

Não deu tempo que eu fizesse alguma coisa. O pai de Yurio o segurou pelo braço e sumiram, simplesmente sumiram.

Fiquei parado por um tempo, tentando entender o que havia acontecido.

Não consigo entender, o Yurio voltou pro inferno. Ele foi embora e provavelmente não vai voltar.

O que eu faço agora? Estou perdido de novo, ele também.

O que vai acontecer com ele?

QUERO ELE DE VOLTA!!!!

****

Fazem duas semanas que o Yurio sumiu, estou sozinho nessa casa enorme.

Ando tento uns sonhos meio estranhos, com o Yurio e outros demônios, deve ser saudade.

Meu telefone toca desesperadamente, isso ta acontecendo porque eu desliguei meu celular nessas duas semanas. Não queria falar com ninguém. Mas dessa vez atendo. É um número desconhecido, na realidade qualquer número é desconhecido. Deletei todos os contatos do meu celular.


- Alo, quem é?

- Ah, você está vivo. Graças a Deus, achei que estivesse morto. Sou eu, sua mãe. – falou ela um tanto desesperada.

- Com certeza não é por falta de tentativa, mas foram só duas semanas. Não exagera. Está precisando de algo?

- Preciso do meu filho aqui, marquei uma consulta pra você com a sua antiga psicóloga, acho que vai fazer bem pra você. E o seu namorado, ele não está ai?

- Digamos que demos um tempo. Tudo bem, eu vou. Afinal não tenho nada pra fazer aqui e eu estando sozinho no estado que estou, não vai ser legal pra minha saúde.

- Que bom meu amor, estamos te esperando. Bom, não posso confirmar o lado de seu pai, sabe como ele é.

Não respondi, apenas desliguei o telefone e saí da cama.

Estou atrasado pra aula de novo... Ótimo, não queria ir mesmo.

Decidi andar pela rua então preparei minha mochila com algumas roupas e saí de casa.

Fiquei pensando a caminhada toda. Eu estou piorando de novo, isso não é bom. Pois da ultima vez que aconteceu isso, se não fosse minha mãe, eu não estaria mais aqui.

Quanto dei por mim estava na frente da casa de meus pais. Fiquei parado por um tempo.

Não tive coragem de abrir a porta.

Eu Precisava De Um Demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora