Carne Fresca - Nova Carne

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Dois meses se passa e André já se habituara com a cidade e com o novo emprego. Quando fora designado a Minérios Oculto imaginava que por ser uma cidade pequena não teria tanto trabalho, bastara uma semana para ele perceber o tamanho do seu engano, em dois meses de trabalho já havia prendido muitos criminosos, trabalhara bastante e poucas vezes teve folga, por conta disso ainda não havia feito o tour que Jone tanto desejava, o conforto era que estava em sua folga.

- Alô!
- Oi André como você está?
- Estou bem chefe
- estou ligando para confirmar o churrasco com a equipe em casa
- Pode deixar chefe, estou terminando de me aprontar, Jone deve está chegando aqui
- Ótimo,  pode fazer o favor de passar no Minerenses Butchers? Eu fiz uma encomenda lá, mas ta corrido aqui
- Sem problema passo sim
- Beleza estou te esperando.

Minerenses Butchers era o açougue local, o dono Fabrício Soares, era sempre muito bem recomendados por todos pela qualidade de suas carnes.

Dez minutos depois a recepcionista do hotel avisa que Jone havia chegado, apesar de não gostar, André ainda não havia conseguido uma casa então a delegacia ainda pegava sua hospedagem no hotel ou o hotel fazia por cortesia como Jone havia dito quando ele chegou, não sabia bem.

- E ai vamos?
- Vamos sim, mas antes o chefe pediu pra passar no Butchers
- Então vamos lá

Os dois partem em direção do açougue que aos sábados só abria depois das dez, costume qual a maioria dos comércios seguia em Minérios, eles chegam faltando dez minutos, junto com Fabricio.

- Olá policiais, devem ter vindo pegar a encomenda do Inspetor Chefe Samuel - Os dois confirmam com a cabeça - Pois bem vamos entrar

Quando Fabrício abre o açougue um cheiro forte sai exalando o ar

- Caramba eu verifiquei ontem, não pode ter estragado nenhuma carne
- Não é carne - André fala apontando - A menos que venda carne humana

Só então os dois vêem o que André aponta, com o celular ele tira uma foto e manda a Samuel que logo liga

- O que é isso que acabou de me mandar André?
- Um aviso de que perderemos o churrasco
- Droga, não posso deixar meus convidados
- Deixa que eu lidero a equipe por hoje
- Perfeito vou avisar a Grace, Natan e Alex para poder te auxiliar no laboratório
- Bom churrasco pro senhor sem carne
- Cacete é verdade!

André rir desligando o telefone, volta a Fabrício e pergunta sobre a encomenda que a mostra separada, André então sugere chamar um táxi pra levar a encomenda

- Posso pedir para Lili levar se preferir
- Quem seria Lili?
- Minha filha
- Seria ótimo

Fabrício pega a encomenda leva a sua casa pra pedir a sua filha levar.

A sós no açougue, os dois olha para um corpo pendurado em dua partes...

- Bom vamos ao, trabalho?
- Nós não deveríamos fazer o chefe vir ou manter o dono aqui? - Jone pergunta curioso com a atitude de André
- Pra que estragar o churrasco do chefe. E não precisamos de Fabrício por hora

André percorre o açougue em meio ao sangue da vitima ele tira algumas fotos encontra uma faca de açougueiro, coloca num saco com cuidado, além de colher uma amostra de sangue.

Os dois cuidadosamente tiram as partes do corpo para ser levados

- Vamos levar isso onde? - Jone pergunta curioso aparentemente André não havia pensado nisso, logo ele que pensava três quatro passos a frente
- Hahaha você vai querer morrer agora.

Jone para por um tempo e então entende o que André tem em mente.

- Não, não mesmo, nem pensar ouviu, nem fodendo

Enquanto ele vai reclamando André vai tirando fotos do chão e pega alguns sacos para lixo

- Sera que Fabrício se importaria de nos doar uns sacos de lixo?
- Não, policiais não me importo - ele fala chegando ao ouvir a pergunta
- Ótimo,  precisarei conversar com o senhor, sua filha e todos que têm acesso ao açougue
- Tudo bem.

André pega a chave de Jone abre o porta mala puxa o banco traseiro e forra tudo com os sacos de lixo, enquanto Jone observa a cena

- Pronto Jone agora não sujaremos seu estofado - André fala pegando uma das parte do corpo e colocando no carro
- Porra de que parte do não você... - ele para ao perceber que esta sendo ignorado.

André põe a outra parte do corpo e todas as evidencias fecha o porta malas

- Vamos?
- Você realmente não liga pro que eu falo não é?
- Não quando só quer ficar reclamando. - Ele vai até o açougueiro que ver a cena de longe - Vou pedir pro senhor e sua filha irem a delegacia para que possamos interroga-los, terei que interditar o açougue até concluir o caso tentarei fazer isso o mais breve possível
- Ok assim que minha filha retornar eu vou com ela.

Ele entra no carro com a cara emburrada de Jone, sabia o quanto ele gostava de seu carro limpo e perfumado levar cadáver nele não era uma opção, mesmo quando era a única solução.

- E aí vai emburrado a viagem toda?
- Cara é meu carro, sabe quanto tempo e dinheiro eu gasto pra mante-lo limpo e perfumado?
- Sei sim, a metade da parte que te sobra do teu salário,  a julgar que paga 30 por cento a tua ex esposa mais 20 por cento a tua filhinha resta dois mil quinhentos a metade disso é mil duzentos e vinte e cinco.  Muita grana mesmo!
- Ei como sabe que tenho filha e sou separado? E que porra! Como sabe do meu salário?
- Bom Jone, eu não vim pra cá pra Minérios Oculto por que sou cuidadoso com automóveis e sim por que faço o necessário para resolver o caso o mais rápido possível. Quando você resolver parar de bancar o menino mimado a gente pode conversar sobre o caso.

Jone enrubesce de raiva, de André e de ter sido chamado de menino mimado, André repara, porém não se retrata, apenas se cala e os dois seguem a delegacia

Caso Em AcasosOnde histórias criam vida. Descubra agora