Sorria, Oliver!

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Felicity's Pov

Mas gente...Quando pobre não se ferrava na entrada, se ferrava na saída né?

Após o desmaio de Curtis, todos nós fomos obrigados a arrastar o pavão, enquanto ele não acordava. O bonitão só foi acordar quando eu ameacei de chutar sua porta dianteira com toda a minha força - que não era pouca, vale ressaltar.

E agora, feito forasteiros, caminhávamos pela estradinha de terra esperando que ninguém nos flagrasse por essas redondezas. A parte mais difícil já havíamos feito: Sair da propriedade de Damien Darhk, sem sermos vistos.

O resto a gente se virava. Ou pedia alguma orientação para Deus, por considerar o horário já tarde que provavelmente chegaríamos na Fazenda Allen. Com certeza Barry já havia dado por nossa falta...Sem contar Laurel, que sem dúvida alguma, já estava colocando pra fora de casa as roupas de Tommy.

Não que eu a culpasse.

— Por que não fugimos? — Rene propôs de repente, com um olhar esperançoso na minha direção. — Ainda dá tempo.

Certamente ele já estava imaginando o tipo de "castigo" Barry aplicaria nele...E na minha pessoa, por aquela fuga frustrada.

Chutei uma pedrinha no meio do caminho, com raiva por ter seguido o conselho da Loira Falsa. Se eu não tivesse dado ouvidos àquela EFEE (Eva Falsa e Endemoniada), não estaria em apuros nesse momento.

— Viado, você acha mesmo que se eu tivesse dinheiro pra fugir, já não estaria agora bem linda em Las Vegas, olhando os bofes tudo? — Curtis se intrometeu, bem do jeitinho Curtis de ser.

Tommy e Sara soltaram uma risadinha, enquanto Rene se limitou a soltar um palavrão. Queria me juntar à dupla risadinha, mas não confraternizava mais com cobras - Eu rancorosa? Nem um pouco -, por isso, decidi ir o mais discretamente possível para o lado de Oliver.

De todos, ele era o que parecia mais compenetrado em chegar na fazenda - como se de algum modo, soubesse que Barry ou Laurel não o puniriam. Quanto a mim, tinha lá minhas dúvidas sobre isso. Barry era uma pessoa doce, o que não queria dizer necessariamente santa.

Já Laurel, era exatamente o que aparentava: Um vulcão. Um vulcão que com certeza, a essas horas, estava em erupção, louca para queimar Tommy Merlyn. E com sorte, Oliver Queen também. Ele merecia por ser safado o suficiente para ficar com Sara novamente.

Quer dizer, nem pra respeitar a pessoa - no caso, Laurel -, que estava lhe dando um teto e comida, né?! E isso não tinha nada a ver por eu me sentir traída vendo aquele filhote de demônio que o destino mandou para mim, confraternizando com a Loira Falsa...Imagine!

— Você não parece tão amedrontado quanto Tommy. — Observei, tentando puxar assunto com o garanhão. Ele me olhou de esguelha, ainda sem cessar o passo.

— Eu não sou o único casado aqui com uma mulher capaz de acertar um tiro na minha testa. — Ele retrucou e eu ri, achando engraçado todo aquele exagero.

Ele estava fazendo Laurel parecer Henrique VIII¹ de saias.

— Oras, você está exagerando!

Ele riu e eu fiquei surpresa pelo som. Na realidade, estava surpresa de fato por ele não ter saído correndo para longe de mim. Sara já tinha me deixado clara a opinião que Oliver tinha sobre a minha pessoa.

— Estou rindo mas tô falando sério. Laurel sabe como usar uma arma, o pai dela é policial.

Engoli em seco, após absorver a última informação.

Amor CiganoOnde histórias criam vida. Descubra agora