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Então, quando eu estiver pronta para ser mais confiante
E meus cortes se tiverem curado com o tempo
O conforto se pousará sobre o meu ombro
E enterrarei o meu futuro para trás- Home, Gabrielle Aplin
Eu estava com muito ódio do meu pai neste momento! OK, não tanto dele e sim da situação, da vida talvez.
Tudo começou com a presença do meu pai por quatro horas seguidas em uma quinta-feira de manhã, eu sabia que ele ia me jogar uma bomba.
Veja bem, meu pai não era o melhor pai do mundo. Ele não estava muito presente na maioria das vezes, mas sempre que eu precisava ele estava comigo.
Nós nos entendíamos do nosso jeito estranho.
Quando eu terminava com um namorado ele me dava uns tapinhas no ombros mostrando que estava ali, independentemente de tudo.
Diferente da minha mãe.
Ela foi o motivo da separação da nossa família.
Eu tinha apenas sete anos quando meu pai me informou que estávamos indo embora para o Brasil, sem minha mãe.
Minha mãe apenas disse que nos veríamos em breve, porém, não podia construir uma nova vida comigo.
Ela traiu meu pai e certo dia quando meu pai esqueceu a carteira em casa e voltou para buscá-la, acabou descobrindo. Simples assim. Quem dera, realmente, ter sido tão simples.
Ela não esperava nem ao menos meia hora da saída dele para chamar nosso vizinho e vocês sabem...
Eu era muito pequena, mas meu pai... Ele ficou destruído.
Ele a amava muito e nunca mais conseguiu se apaixonar novamente, se afundou no trabalho e tudo mais.
Eu não lembrava muito dela, porém, algumas vezes sem que eu permitisse vinha alguns flash's à minha mente.
Minha mãe contando histórias de contos de fadas para um garotinha de quatro anos que acordava no meio da madrugada gritando com um pesadelo e com medo do escuro. E assim, ela me contava até eu adormecer.
Outros vezes, apenas vozes invadiam minhas lembranças. Gritos para ser mais exata, dos meus pais brigando.
Eu tinha medo de me tornar minha mãe. E eu sentia que estava a cada dia mais igual a ela.
Eu havia feito todos os meus relacionamentos caírem no poço. E eu não cheguei a me importar de fato com nenhum deles.
Me pergunto minha mãe se importou quando destruiu a vida do meu pai.
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Como não sobreviver à adolescência
Genç KurguHanna Ambert teve sua vida abalada pela primeira vez, quando seus pais se divorciaram quando a mesma tinha apenas sete anos. Indo embora para o Brasil com o seu pai e sendo abandonada pela sua mãe, que ficara na Inglaterra. Depois de dez anos sem r...