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Último ano do ensino médio.
É meu último ano no ensino médio e eu tenho uma lista de coisas aleatórias que eu preciso fazer para ter o último ano perfeito, eu não sou muito normal então meu plano de ano perfeito começa uma semana antes das aulas do meu penúltimo ano acabar. Exatamente nada convencional e sem total sentido mas é que a única coisa que eu queria antes de iniciar o último ano era entrar pro jornal da escola e conseguir uma página no anuário com orador do clube do jornal.

Tyler Joseph, é a única coisa que eu sei que vai estar escrita na minha Folha do anuário porquê até agora eu ainda não encontrei nada de interessante para destacar. Então até agora somente meu nome vai estar escrito lá.

— Tyler...
O sol atravessava o quarto iluminando alguém.
— Terra chamando Tyler...
Semicerrei os olhos e me apoiei nos cotovelos para minha visão entrar em foco.
— Adivinha que dia é hoje?
Tossi para tirar o gosto arenoso
da minha garganta e bocejei
— Bom dia, aniversariante!
Minha mãe estava empoleirada na beira da minha cama. Seus olhos estavam quase fechados por um sorriso enorme. Fiquei feliz de vê-la sorrir daquele jeito, mesmo que fosse por causa do meu dia. No colo dela havia um cupcake de red velvet com uma cobertura extravagante de cream cheese.
— Bom dia, eu estava acordado mãe, era só me chamar que descia — falei com a voz rouca.
— Feliz aniversário, querido.
Ela pescou um isqueiro de dentro
do casaco e acendeu a vela.
— Faça um pedido! — exclamou, enfiando o cupcake tão perto do meu rosto que vi as fumacinhas subirem da chama.
Pensei no pedido enquanto a chama dançava na frente dos meus olhos, me provocando. Um último ano perfeito; Assoprei a vela, decidido, apagando a chama com um golpe de ar.
Minha mãe sacou uma faca prateada do outro bolso. Ela partiu o cupcake bem no meio e as metades caíram com o peso da cobertura. Então pegou uma metade e me entregou
— Delícia! — falei depois de morder um pedaço. — Obrigada.
Com a outra metade apoiada no colo, minha mãe virou para trás e pegou um presente embrulhado em um papel azul extravagante.
— Fiz um negócio pra você.
Sorri, limpando o resto de cobertura dos dedos no edredom.
Eu já suspeitava de que fosse o gorro vermelho que ela escondia de mim quando eu chegava perto toda vez que ela estava tricontando. Com cuidado, puxei
as pontas da fita e desdobrei o papel de forma escorregasse para a cama delicado, feito de um tecido que não sabia se era lã ou não, vermelho não muito forte, levantei o gorro e coloquei na cabeça, passei os dedos pelas bordas finas e marcadas com um ótimo acabamento de costura.
— É incrível!
— E combina com seu cabelo!
— Minha mãe sorriu. — Pensei que
você podia usar quando começar a nevar daqui a uns dias.
— Ótima ideia!
Senti uma pontada de Tristeza por meu pai e meus irmãos não estarem ali com nós dois e então perguntei.
— Papai, Zack, Jay e Madd, eles não vem não é? —
Ela olhou pra mim com os lábios franzidos.
— Tyler querido, seu pai e eu ainda estamos dando um tempo, e eu não sei, talvez ele apareça por aqui mais tarde com seus irmãos. —
Ela bateu palmas uma vez.
—  Nada de Tristeza hoje. Temos um jantar mais tarde? — perguntou, pulando da cama. —
Quero presentear meu filho de 17
anos com um almoço no Breadstix.
— Sério? — levantei da cama e estiquei o corpo em um longo e preguiçoso bocejo, olhando para o teto. — Parece ótimo. — E caro.
— Vou te buscar depois da escola e vamos direto para lá — tudo Bem? Minha mãe perguntou.
— ótimo, parece perfeito. —
Minha mãe saiu do quarto, me deixando sozinho com meus pensamentos, concentrados naquilo que eu estava pensando antes de ela chegar.
"Tudo bem Tyler é o seu primeiro dia da última semana de aulas e vai dar tudo certo" eu repeti duas vezes antes de ir me arrumar para ir a escola.

— Querido seu chá está na mesa, rápido se não vai se atrasar. —
Ouvi minha mãe gritar enquanto eu escovava os dentes.
Terminei tudo e desci já com a mochila nas costas.
— Qual é o chá da vez esse mês? — perguntei.
— Canela! Ela respondeu com entusiasmo e deu um gole na sua xícara. —
— Eu gosto de canela. — eu disse virando o chá de uma vez só goela abaixo.
— E eu gosto que você não se atrase — ela disse deixou a xícara na pia da cozinha. — ligando a torneira.
— estou saindo, disse deixando a xícara na pia e recebendo um beijo na bochecha.—
— Tenha cuidado e não se esqueça do jantar — ela disse em um tom de aviso mas também de alguém implorando.
— pode deixar mãe, disse batendo a porta de trás —
Peguei minha bicicleta e saí pela pequena porta do jardim no quintal, Atravessei a rua e parei, tentando decidir para que lado seguir. já estava mais tarde que o normal. O caminho mais longo para escola era geralmente a minha opção favorita
— era bem tranquilo e não tinha trânsito, e eu poderia mas iria me atrasar. —
mas o atalho era bem mais curto, sem passar pelo centro da cidade, subindo a ladeira e dando a volta por trás das mansões dos ricaços de Columbus no final da avenida Lockwood.

Heavydirtysoul // JOSHLEROnde histórias criam vida. Descubra agora