O quarto estava decorado com velas espalhadas pelo cômodo todo. Havia ainda balões em forma de coração e até algumas pétalas de rosas espalhadas pelo chão e sobre a colcha branca.
- Nossa! - eu estava embasbacada com aquela produção toda. Para quem se diz não ser romântica, Juliette se mostrou o avesso com aquilo ali que eu via.
- E aí, o que achou?
- Lindo!
- O que isso te lembra?
Olhei para Juliette e sorri.
- A nossa primeira vez com um pouco mais de requinte e romantismo.
Ela sorriu.
- Exatamente, quatro olhos!
Juliette socou meu braço e sorriu.
- Eu queria que aquele dia fosse especial pra gente, principalmente pra você. - expliquei com um sorriso nos lábios e lembrando daquela tarde enquanto deslizava a mão pelo rosto de Juliette.
- E foi!... E, agora, eu quero que hoje seja tão especial pra você quanto foi a primeira vez pra mim.
- A primeira vez também foi especial pra mim. E tenho certeza que hoje vai ser assim também. Só que... Espera aí, Juliette... Você não disse que estava "naqueles dias"?
Ela apertou os lábios e vi que um sorriso querendo escapar deles.
- Ai, Sarah! Você é tapada mesmo!... Eu menti a esse respeito.
- Então, você não tá...
- Claro que não! Eu inventei isso porque você estava muito 'saidinha' e me tentando. Então, eu queria te manter longe de mim pra gente só transar hoje, no dia do seu aniversário. Queria que esse momento fosse mais um presente pra você. Aí, tive a ideia de inventar sobre estar "naqueles dias".
- Quer dizer que me enganou duas vezes?
- Foram mentirinhas inocentes.
Eu sorri. Mal podia acreditar que ia matar por completo a minha saudade dela naquele dia.
- Me perdoa?
Ela me lançou um olhar que nem o do gato do filme Shrek, a mesma tática usada por ela meses atrás para me convencer a deixá-la usar minha blusa no seu segundo dia de hóspede em minha casa. Mas diferente daquela época, hoje eu me rendi facilmente ao seu pedido.
- Tá perdoada.
Seus lábios se juntaram aos meus em um beijo suave e calmo, bem como foi o começo do primeiro beijo que trocamos meses atrás.
Era tão bom beijá-la sem qualquer pressa. Assim como era bom beijar também de forma mais rápida e urgente. A verdade, é que beijar a minha namorada era bom de qualquer jeito e forma.
Eu era louca por aquela insuportável e por seus beijos!
Devagar e ainda com nossas bocas unidas, Juliette fui me empurrando até eu sentir a parte de trás de meus joelhos e coxas baterem em algo. A cama.
- Por incontáveis vezes eu sonhei com você nesses meses. - Juliette confidenciou ao interromper nosso beijo.
Eu sorri toda boba diante da confissão que ela me sussurrou a milímetros da minha boca e enquanto deslizava a mão pelo meu rosto.
- E eu com você. Estava quase enlouquecendo de saudades suas, Ju.
Admití, juntando nossas testas e vendo minha namorada sorrir. De novo ela me beijou. Seus dedos se enroscando em meus cabelos enquanto nossas bocas se saboreavam sem parar.
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San Francisco - Versão Sariette
FanfictionLIVRO 2 Em uma bela cidade do norte da Califórnia, o reencontro da "quatro olhos" com sua "garota insuportável". Serão dias de momentos fofos, românticos, engraçados e de um sogrão ciumento e casca grossa, que fará marcação cerrada em cima da nora...