Capítulo 23

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O sábado foi sem grandes acontecimentos e passou tão veloz quanto a velocidade da luz. Logo já era domingo e pela manhã Juliette e eu ficamos no quintal de papo sob a sombra de um guarda-sol enquanto víamos duas duplas de hóspedes jogando vôlei na quadra de areia que havia ali.

— Eu queria saber jogar isso, sabia? Acho legal, mas sou um desastre pra esse esporte.

Ri das palavras de Juliete e lhe confessei logo em seguida, que eu também queria saber jogar vôlei, mas não consigo aprender.

— Ah, mas você sabe perfeitamente que esporte não é a sua mesmo, Sarah.

— Eu sei que não é, okay? Não precisa jogar na minha cara, viu?

— Ah, ela ficou nervosinha.

— Já vai começar com a zoação?

— Você é uma estraga-prazer.

— E você não perde uma oportunidade de ficar implicando comigo.

— Ah, você sabe que eu gosto de fazer isso.

E como eu sei! Aquele era o passatempo preferido dela como Juliette disse certa vez na casa de Gilberto à mãe do meu amigo.

— Eu estava pensando em que a gente podia sair depois do almoço e ir lá para o apê da minha amiga, o que acha da ideia?

— Excelente! Pois lá a gente pode ficar namorando a vontade e aproveitando a companhia uma da outra sem ter ninguém por perto nos observando.

— Você tá se mostrando muito saidinha para o meu gosto.

— Não fui eu quem propôs de ir para o apê.

— Ah, então não vamos mais também.

— Claro que a gente vai. Ficou louca? Temos que ter a nossa despedida ora.

Se eu pudesse queria fugir com ela dali e passar as horas todas que me restavam em San Francisco, grudada na Ju. Mas como isso não era possível de suceder, então eu me contentaria com algumas horas a sós com ela no apê de sua amiga onde a gente poderia ter a nossa despedida íntima.

— Que despedida se você só vai amanhã?

— Uma despedida que a gente não vai poder ter hoje a noite como foi na sua última noite que passou na minha casa.

— Ah, esse tipo de despedida?

— É! Esse tipo mesmo. - afirmei abraçando Juliette e lhe roubando um beijo depois disso.

Escutamos ao fundo a voz de Fátima nos chamando da varanda para a gente almoçar.

— Vamos. Depois do almoço a gente vai para o apê.

Fomos almoçar e depois que acabamos disso, inventamos aos pais de Juliette que íamos dar uma volta na cidade, e depois na praia. Enquanto Fátima consentiu na boa, Lourival como não podia deixar de ser diferente não gostou muito da ideia de sua filha e eu saindo sozinhas. Todavia, ele também consentiu com a ressalva de que a gente não chegasse a noite. Seis horas, mais tardar seis e meia da tarde, ele nos queria de volta.

Acatamos na boa e logo já saíamos para ir ao apê. Algum tempo mais tarde nós já entravamos no apartamento da amiga da Ju.

— Quando a sua amiga volta?

— Terça. Quer água?

— Não!

— Nossa tá fazendo um calor horrível nessa tarde, não acha?

Assenti em concordância e me escorando ao batente da porta que interligava a sala à cozinha enquanto observava Juliette se servir de água da geladeira. Realmente aquela tarde estava fazendo um calor absurdo.

San Francisco - Versão SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora