Capítulo 19

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— Oi, mãe.

- Filha estou com a carta da UCLA nas mãos, chegou tem poucos minutos.

- E aí, qual foi o resultado?

Eu estava na maior ansiedade e expectativa para saber se fui aceita ou não. Quase não dormi direito, pois sabia que era hoje o grande dia que chegaria a carta com a minha provável admissão para a Universidade da Califórnia.

- Espera vou abrir.

Eu ouvi o som de papel rasgando do outro lado da linha.

- Ai, que nervoso! - ouço minha mãe resmungar.

Com o celular preso a orelha e fitando meus sogros e a minha namorada que me encaravam com curiosidade e sem entender nada, eu ouvi segundos depois a minha mãe me dar os parabéns com a voz embargada, porque ela tinha acabado de ler na carta que eu tinha sido aceitada na UCLA. Ao ouvir essa notícia, eu abri um sorriso enorme de felicidade. Eu tinha conseguido. Fui aceita e ia poder vim ver minha namorada todo o fim de semana ou de quinze em quinze dias, dependendo das minhas aulas na universidade.

Assim que a chamada com a minha mãe foi encerrada por mim poucos minutos depois dela ter me dado a boa notícia e felicitado pela admissão. Eu larguei o celular sobre o balcão e abracei a Ju de surpresa, tirando-a do chão e rodopiei com ela.

— Ei! O que foi?

— Acabei de receber uma ótima notícia.

— Tô vendo. Mas qual notícia foi essa?

Coloquei Juliette no chão e então lhe contei a boa nova.

— Minha mãe acabou de me dizer que fui aceita na Universidade da Califórnia.

Juliette arregalou os olhos e eu sorri.

— Califórnia? Mas achei que você fosse cursar biologia na Universidade de Las Vegas.

— Não! Eu escolhi a Universidade da Califórnia pra ficar mais perto de você.

— Jura?

— Juro! - confirmei com um sorriso de orelha a orelha. - E comigo estudando há poucas milhas daqui, a gente vai poder se ver quase todo o fim de semana. Só espero que você não vá enjoar da minha cara.

— Até parece! - Juliette socou meu braço.

Vi um sorriso tão lindo surgir nos lábios dela que me deixou mais feliz ainda pela me escolha pela UCLA.

Juliette então me abraçou e me deu os parabéns por ter sido admitida na universidade da Califórnia. Depois foi a vez de Fátima fazer isso e até Lourival me felicitou também.

— Minha filha não vai enjoar da sua cara por aqui, mas eu vou!

— Lourival!

Minha sogra acertou um safanão de leve no braço do marido e eu não pude deixar de rir. Eu estava tão feliz que aquela pequena grosseira do meu sogro não ia me tirar o sorriso.

— Pai, eu posso ir algumas vezes visitar a Sarah quando o senhor enjoar de ver a cara dela por aqui. - Juliette sugeriu me abraçando.

O pai dela nos encarou com olhos semicerrados e disparou sem pestanejar duas vezes:

— Mas nem pensar! Sua namorada aí que não cuide de vir te ver, pra vê se você vai encontrá-la lá pra onde ela vai morar.

Juliette, eu e Fátima rimos de seu Lourival.

— Eu venho sem problema.

— Ah, certamente você virá mesmo.

— O quarto que era do Washington já é seu Sarah.

San Francisco - Versão SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora