Tudo tem um começo certo?
E o meu começo é como de qualquer adolescente de 17 anos. ativo, bagunceiro, quieto. Sempre disse que a raça humana é misteriosa e tem muitas coisas a serem descobertas. A vida de um adolescente não é fácil, mas temos que aguentar firme tudo e o que esse "jogo da vida" nos proporciona. Já pensei muita coisa e já fiz muita coisa que, acredito eu, meus pais terem passado quando tiveram a minha idade. Mas isso não vem ao caso, o caso é que eu sou uma criança, admito, que estou começando a virar gente. É meio assustador, porém reconfortante. O motivo? Não sei!
Havia acabado de acordar, era uma segunda-feira, estava um pouco frio, eu amo frio. Fui para o banheiro tomar banho, me vesti e desci para tomar café.
- Bom dia Erick.
- Bom dia Senhorita Marta. - fiz uma reverência.
- Já disse pra me chamar de mãe, e para de fazer isso.
- Mas seu nome é bonito, e prefiro chamar você assim.
- Ta bom, coma logo. - e então rimos.
Dona Marta é uma mulher incrível, tem 34 anos, jovem, alta, loira. Sou adotado, meus pais, infelizmente, me abandonaram aos cinco anos de idade e Marta me encontrou e cuidou de mim, eu amo muito ela. E hoje, tenho certeza que não conseguiria viver sem ela. Terminei de tomar café e escovei meus dentes e fui para escola, ia a pé, não era muito longe, durava menos de 15 minutos.
- Beijo mãe, te amo, vou chegar tarde hoje, ok?
- Tchau filho, cuidado, não volte muito tarde.
E fui para a escola, Vincent Hills high school, era uma escola bem diversificada era bom estar lá.
- Oi Erick, tudo bem?- disse alguém tocando na minha cintura, me afastei rapidamente.
- To bem sim, Rodrigo já falei que não gosto que você faça isso aqui na escola que as pessoas pensam besteira. - disse ralhando.
- Ta bom, mas sabe que eu gosto de você e estou esperando aquela resposta.
- Que resposta?- disse fingindo não saber de nada.
- Você sabe né... De você namorar comigo!- ele ficou um pouco vermelho.
- Rô, você sabe muito bem da minha resposta, vai arranjar alguém melhor que um menino baixinho franzino como eu. - disso abraçando-o.- não sou o seu tipo Rô.
- Mas eu gosto...
- CHEGA RODRIGO. - gritei antes dele terminar de falar.- desculpa Rô, não queria gritar com você, foi mal, ta?
- De boa.- disse ele meio triste.
Ouvimos o sinal tocou dando início do primeiro tempo. Fomos para a sala de aula, estávamos no primeiro semestre do terceiro ano, já tinha começado a aula de filosofia. A Margô ela é muito legal e gosta do que faz. É uma das professoras que eu admiro muito nesta escola. Passaram-se alguns minutos e logo a porta se abre.
- Com licença, aqui é o terceiro ano dois, é a senhorita Jackson?- disse um garoto alto loiro, e muito lindo. Senti um arrepio quando ouvi essa voz grave e suave.
- Sim, e o senhor é...
- Richard Grints.
- Pode se sentar enfrente do senhor Hale. - disse apontando em minha direção.
Não sei se foi o destino que isto aconteceu. Pensa bem, um novato na escola que tem 7 turmas de terceiros anos e várias carteiras para sentar e senta bem na minha frente. É destino ou delírio meu.
- Oi meu é Richard Grints. - disse sorrindo, é o sorriso mais lindo de todo o mundo.
- É.. É.. O meu é Erick Hale. -caramba eu gaguejei.
- Faz tempo que estuda aqui?- ele é muito sorridente, é lindo seu sorriso.
- Sim, estou aqui desde o primeiro ano.
- Ah, que bom então pode me mostrar à escola, né?- disse e seguida soltando um sorriso, não tinha como dizer não para aquele sorriso e aquele par de olhos verdes.
- Ta..ta..ta bom.- gaguejei de novo, que merda. Ele apenas sorri e se vira.
- Alunos, vamos fazer um trabalho em dupla, juntem-se sem arrastar as carteiras. - de repente a sala vira uma zona. - Qual a parte de "não arrastem as carteiras" vocês não entenderam...
- Foi mal prof. - disse um garoto la do outro lado da sala no fundo.
- Vamos Erick?- Olhei naqueles olhos verdes, não tinha como dizer não e junto com aquele sorriso, que sabia usar muito bem.
- Ta..ta..ta bom.- gaguejei de novo, tenho que parar com isso.
Ele se levantou e levou a sua carteira e veio sentar do meu lado e os livros dele caíram e fui rapidamente ajuda-lo a pegá-los, mas quando ia pegar nossas mãos se tocaram por um estante. Ele pegou na minha mão, segurou e nos olhamos, suspirei e desviei o olhar e fui pegar outro livro atrás dele e pude sentir seu perfume, era um cheiro másculo, não sabia se era um perfume ou seu cheiro natural, só sei que era bom.
- Obrigado Erick. - ele me olhou profundamente nos meus olhos e sorriu. Não podia deixa-lo me hipnotizar com aqueles olhos e de quebra aquele lindo sorriso, com aquela boca vermelhinha.
- De..de nada Richard.- isso já ta virando vício.
- E ai Richard e Erick, querem um convite para levantar e fazer o trabalho?- ironizou a professora. Levantamos-nos rapidamente, nos entreolhamos e rimos. - Silêncio!- disse se sentando.
Rimos mais uma vez um pro outro, já queria que esse sorriso fizesse parte da minha rotina. Richard Grints, esse garoto mal chegou e já mexeu muito comigo, como não me apaixonar por esse garoto, mas não isso não pode acontecer. Sempre esperei alguém que mexesse realmente comigo, não sei se era ele. Não devia criar expectativas, porém não conseguia evitar. Vê-lo ao meu lado, sentir a tenista de na troca dos nossos olhares só me fazia pensar que sim era ele. É ele.
- Alexandre Changer. -disse fazendo a chamada.
- Presente prof. - disse um menino lá do fundo da sala.
ESPERO QUE TENHA GOSTADO, ESSE FOI MEU PRIMEIRO CAPÍTULO E MEU PRIMEIRO LIVRO. VOU POSTA UM CAPÍTULO TODO DOMINGO.
OBRIGADO BJSS...
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Sempre Estaremos Juntos
Teen FictionErick Hale é um garoto inteligente, magro, branco, de cabelos castanhos, de olhos azuis. É filho de Marta Hale, é filho adotado, teve uma infância infeliz por conta de ter sido abandonado pelos pais ao 5 anos de idade. Richard Grints é um rapaz edu...