Capítulo 7

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Fiquei em cima de um telhado. Estava nervosa... Fiquei observando onde ele evitava passar, as vítimas que não atacava. Só que o cientista Mário me apressa através do comunicador que ficava na orelha:

- Agente Only, você tem que agir! Quanto mais vítimas ele matar, mais se fortalece! Vá!

- Mas, estou nervosa!

— Em nome das vítimas, salve as que restam!

Foi uma grande frase de inspiração. Voo até ele, ficando a frente encarando-o. Seus olhos ficaram semicerrados e seu sorriso foi assustador. Com uma camiseta nas mãos, diz:

— Ora, uma mocinha. O que vai fazer?

— Acabar com sua alegria, seu sorriso no rosto.

— Óh, que medo! - Disse tirando sarro. — O que espera? Deve ser novata no cargo de super-heróis, não é? Outros já estariam em batalha comigo.

Ah, rapaz. Fui bem treinada e orientada, seu deboche me dava raiva e me fez começar a batalha. Enquanto cerrei meus punhos e coloquei um sorriso torto no rosto, sua reação foi totalmente " Só vem!".

Teletransportei-me para trás dele, conseguindo dar uma rasteira e bloquear seus braços para evitar movimento.

— Vai ser do modo fácil ou difícil?

— Eu que pergunto. Mas quem estará na difícil, será você. - Disse trocando de posição me colocando no chão.

Aplicou o mesmo golpe em mim, bloqueando o movimento de meus braços. Seria bom ser super forte naquele momento, mas não era o caso. Esqueci que tenho uma faca e uma arma. Pensei.

Tento movimentar meus braços até algum dos dois. Com aquela língua de cobra, chega perto de meu pescoço. Poxa vida! Que barulho agoniante essa língua de cobra fazia. Pensei fazendo careta.

Tento e tento pegar a arma.

— Gostaria de pegar isso, não é?

Vacilei ao demonstrar que queria pegar o objeto.

De repente, suas mãos se redirecionam ao bolso da blusa. De lá, é tirado um saco com um pó branco. Tão semelhante esse pó, será que era... Saizol?! Se ele pegasse com as mãos, começaria a queima-lo por ter um poder. Mas tão esperto, segurou com muito cuidado o saquinho:

— Já viu farinha? Esse pó vai voar em você igual uma.

— Já ouviu falar em faca? Essa vai ter cortar. - Disse enquanto pegava a faca.

O chuto para ficar distante de mim. Uma coisa que pode resolver quando tiver uma cobra, é corta-la em pedaços.

Até aí, parecia que daria certo. Mas não foi tão fácil. Seus olhos ficaram amarelos igual de uma cobra, com um sorriso psicopata no rosto, mostra a língua. Seguro com força o cabo da faca. Me aproximo mais e mais perto dele, deixando-o pensar:

— O que espera, jovem? Venha!

— Ah, claro.

Fico frente a ele. Tento corta-lo deixando a faca ir direto ao coração. Ele, segura meu braço com força e o desloca.

*Grito*— Se-seu maldito! - Gritei gemendo de dor.

— Eu lhe dei a oportunidade de sair do meu caminho. Agora é tarde.

Me segura pretendendo morder meu pescoço. Meu braço doía muito, mal conseguia segurar a faca.

— Antes de meu veneno estar em seu corpo, acredito que esse pó lhe cause dano... - Disse pegando o saquinho com Saizol.

— Sim, mas irá causar dano a você.

Com a faca, faço um furo no saco. O coloco no chão antes que o pó caísse tudo. Mas como certo, Saizol o atinge. Saio de perto ouvindo e presenciando suas queimaduras. Um show de gritos de dor.

Ouço o barulho dá sirene da polícia, e isso me apressa, pego minha arma e teletransporto para o telhado. Sangrei um pouco, deixando cair no chão. Lá de cima, sorrio pensando em meu progresso. Eu venci! Pensei.

Mário, me chama através do comunicador:

— Agente Only, responda! Você está aí?

— Sim, estou.

— Precisa de reforço?

— Não, já está tudo acabado.

— Detectamos um ferimento em você. Precisa de ajuda?

— Não, fiquem tranquilos! O homem cobra não atacará mais ninguém.

IDENTIDADE ZEROOnde histórias criam vida. Descubra agora