Capítulo 4

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Quase dormi por não avistar uma luz. Comecei a andar novamente mas em um local repleto de vozes parecendo estar bem movimentado.

Os rapazes pedem para eu me sentar e removem o saco. Olho para os lados, eu estava em um escritório. Muito bonito por sinal.

Logo, entraram outros três rapazes com uniforme do FBI e, uns cinco com roupa de cientistas. Um rapaz parecendo ser o chefe dentre os cientistas, começa a me interrogar depois de me algemarem:

— Olá, Dayana. Quais são seus poderes?

— Bom, já vi que serei vítima de testes.

— Sim, mas somente no início. Você terá a opção de trabalhar conosco. Nossa arma secreta.

— Ah. - Falei emburrada. — E se eu não aceitar?

— Cumprimos a parte de dar um milhão para seus pais. Mas se não trabalhar conosco, eles serão feridos. Regra número um: A proposta de um agente nunca é dita por completa, não confie.

Fiquei irritada a ponto de quebrar as algemas. Não dava para teletransportar-me por conta da sala estar repleta de Saizol¹.

Para evitar problemas, respondo tudo que me perguntaram. Algumas eram sobre meu planeta natal e, não respondi com certeza por não lembrar muito.

Depois das perguntas, me levaram para um grande laboratório onde iriam testar meus poderes, pegar amostras de meu sangue etc. Era imenso o laboratório! Acreditava que havia mais de trinta pessoas ali.

Depois dos testes, fui levada para um dormitório pequeno mas confortável:

— Amanhã, você irá se preparar para ser uma agente. Não vacile! Pois lembre-se que seus pais que pagarão. - Disse um guarda me deixando nervosa.

Quando amanheceu, não parecia ser o horário que eu acordava diariamente. Certamente, era mais cedo, pois fui acordada com um alto-falante dizendo "Levantem!".

*TOC TOC*

Bateram em minha porta. Abro e não vejo ninguém. Mas no chão estava algumas peças de roupas, parecendo ser um uniforme de agente. Fechei a porta e vesti. Ficou tão... MANEIRO! Fiquei de frente para o espelho vendo seus detalhes, os símbolos e abreviações. Tão chamativas e bonitas! Quando terminei de vestir o uniforme e fazer um coque no cabelo, saio do quarto dando de cara com o mesmo guarda de ontem. Sou levada até um campo plano com alguns objetos e pessoas. Em meu raciocínio, aquelas pessoas se passariam por outros meta-humano ou bandidos, por exemplo.

O agente Garry, vem até mim com dois revólveres. Ok, armas, ok:

— Irei usá-las?

— Sim, irá. Seus poderes são inúteis, mas por outro lado necessários. - Sinceramente falou, Garry, me deixando emburrada.

— Inúteis? Pelo menos tenho poderes! - *huf*

O calei por alguns segundos. Mas logo tirou sua testa franzida do rosto e me deu uma das armas. Fixei o olhar no jeito que Garry segurava o revólver e mirava no alvo. O barulho era agoniante e alto, fazendo com que no início, eu colocasse minhas mãos tampando a orelha.

— Sua vez. Entendeu?

Felizmente consegui decorar cada movimento. — Destravar, carregar, mirar e atirar. — "Nunca coloque o dedo no gatilho se não for atirar ", foi uma coisa que jamais esqueceria.

|¹ Pó que impede qualquer meta-humano de usar seus poderes. Como se desativasse e machucando o meta-humano que tocasse.

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