- Me enganei, desculpa. - Ela disse isso com um tom seco em sua voz, como se ela não tivesse gostado nem um pouco do fato de eu ter mentido para ela, e ela não havia. Mas ela não podia simplesmente me atacar ali.
- Parece até que vocês já se conheciam. - Me faltou ar ao ouvir uma das amiguinhas plastificadas de Alexa falarem.
- Eu concordo com a Dani. - Alexa disse, olhando para mim desconfiada.
- Nunca vi essa garota na minha vida. - Lauren mentiu. - Graças a Deus. - ela disse e Alexa riu.
- Jensen - Virei para trás o procurando, Jensen era um dos meus amigos dentro daquela escola. Ele sentava bem ao fundo da sala, geralmente nerds sentam na frente para acompanhar a explicação do professor melhor, mas ele era diferente. O procurei por motivos de: Na sala havia cinco fileiras de classes e na frente dessas fileiras, óbvio, ficava a mesa do professor, no caso onde Lauren estava eu sentava na segunda classe da terceira fileira e ficava muito à frente da mesa do professor, mas agora, Lauren estava ali e aquilo não estava me agradando nem um pouco, então procurei Jensen para ver se eu podia sentar perto dele, até porque ele sentava na ultima classe da ultima fileira, longe o suficiente de Lauren. Ah, e Alexa sentava na primeira fileira, na primeira classe, ela estava usando uma saia e eu podia a ver abrindo as pernas ''sem querer'' para chamar a atenção de Lauren. Puta.
- Fala Mila, estou aqui. - Ele disse levantando o braço.
- Tem lugar aí perto de você? - Perguntei. E ele olhou em sua volta.
- Tem uma classe vazia aqui. Bem ao meu ladinho, princesa. - Eu ri, e levantei-me pegando minhas coisas e indo sentar ao seu lado. A sala estava uma bagunça, nem parecia que esses animais iriam se formar, parecia que recém eles chegaram à primeira série. Quando empurrei minha cadeira para baixo da classe, fui impedido de prosseguir.
- Eu dei permissão? - Ouvi a voz de Lauren.
- Nossa, que moral hein, chegou aqui hoje e já pode dar ''permissões'' - Fiz aspas com os dedos e ironizei a situação.
- Bom, acho que eu posso sim, estou no lugar do professor e também acho melhor você ficar no seu lugar. - Ela disse com um tom desafiador.
- Garanto que o Sr. Thompson não se incomodaria se eu fosse sentar com Jensen. - Na verdade ele se incomodaria sim.
- Eu também não me incomodo nem um pouco. - Lauren disse. – Mas continue no seu lugar. - Dei um sorriso irônico e continuei indo em direção à outra classe, mancando.
Felizmente, os outros períodos eram sem Lauren e passaram rápido. Bateu o sinal e fui guardar meus livros no armário, depois fui ao banheiro para me olhar no espelho, o que não foi uma boa ideia, pois eu estava em condições precárias. Fiquei conversando um pouco com Jensen e Becky, até nós percebermos que a escola estava praticamente vazia, quase todos os alunos já haviam ido embora, com exceção minha, de Jensen e de Becky claro.
- Nossa só está à gente aqui pelo o que eu estou vendo. – Jensen falou rindo.
- É então vamos antes que eles fechem a escola. – Becky disse.
- Verdade, se não depois eles só abrem para quem estuda a noite. E eu não quero esperar aqui dentro. - Ri e me despedi deles, os dois foram para o lado da saída e eu fui para o estacionamento da escola, onde estava o carro que eu havia ganhado de meu pai em meu aniversário de 16 anos. Abri a porta do carro, mas em um movimento rápido alguém fechou de volta. Segui com os olhos aquele braço fechado em tatuagem, e merda.
Lauren me virou, fazendo eu ficar encostado no carro e de frente para ela, revirei os olhos. Eu fiquei entre seus dois braços que estavam um pouco à cima de meus ombros.
- Vai dirigir com o tornozelo machucado? - Ela perguntou com o seu típico ar de deboche, mas meu tornozelo não doía mais que nem antes, eu já podia firmar meu pé.
- O que você quer? - Perguntei sem nenhuma paciência.
- Da última vez que você perguntou isso, você foi parar na minha cama, lembra? - Ela disse e mordeu os lábios. A ignorei. - Mas o assunto é outro agora e você sabe do que se trata.
- Não, eu não sei. Tchau. - Falei tentando me virar e entrar em meu carro, mas eu estava encurralado.
- Eu odeio que mintam para mim, Camila. - ela deu ênfase ao meu nome. - E você mentiu. Ninguém me passa para trás, mini putinha.
- Sempre tem uma primeira vez. - Fui curta.
- No seu caso vai ser só primeira vez mesmo, porque hoje eu não me importaria de enterrar você viva. - Estremeci. Lauren falava de um jeito que eu não sabia se ela estava brincando ou falando a verdade, mas mesmo assim, eu acho que não era brincadeira.
- Você não é louca em fazer isso.
- Tem certeza?
- Caralho, tanto faz se meu nome é Ashley ou Camila, garota. Você sempre tem que se achar a melhor de tudo e complicar as coisas, que porra.
- Eu sou a melhor de tudo, e para mim também tanto faz, o problema é que você mentiu. Ah e não esquecendo que você me desobedeceu hoje, lembra? Odeio que desrespeitem minha ordem.
- Você odeia tudo, Lauren, já percebeu? Você é feito de ódio. - Lauren hesitou um pouco quando eu falei aquilo, mas logo ela voltou à postura normal.
- Você me leva muito na brincadeira, toma cuidado putinha de camelô. - Ela disse, colocou seus óculos escuros inseparáveis e saiu. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Pude ver Lauren entrar em seu carro e arrancar, eu fiz o mesmo, a única diferença era que eu dirigia em uma velocidade permitida.
Cheguei em casa e eu precisava contar tudo para Normani, quero dizer, não tudo. Só a parte que sua gangster favorita (eca) havia arrumado um ''emprego'' na escola, e aquilo ainda não me descia, tinha algo nisso.
Comi, tomei um banho demorado e depois liguei para ela.
- Você não vai acreditar. - Falei assim que ela disse '' Oi, puta''.
- Fala.
- Fala direito ou fica sem saber.
- Fico sem saber.
- Ok, era sobre aquela tal de... Como é mesmo? ... Laura... Não espera... Lauren... Lauren Jauregui .
- O QUE ACONTECEU? ME CONTA AGORA, SUA VADIA. - Ela gritou e eu não pude deixar de cair na gargalhada.
- Você não quer saber, deixa.
- CAMILA CABELLO, ME CONTA A-G-O-R-A.
- ElA está trabalhando na escola. - Falei indiferente.
- O QUE? - Contei tudo sobre o suposto emprego de Lauren na escola, ela quase caiu dura e depois logo mudamos de assunto, ela disse que no dia seguinte iria à escola e não me deixaria sozinha. Desliguei o telefone e fui comer novamente.
Meu pai me ligou dizendo que ira voltar mais tarde àquela noite, como sempre, e Cindy estava viajando, estava na casa de uns supostos parentes dela, mas para mim ela estava pulando a cerca espero que um dia meu pai acorde e veja que ela não é o tipo de mulher para ele.
Aproveitei minha solidão e fui para o pátio de casa, sentando-me nos degraus da pequena escadinha que dava em direção a porta da mesma. Fiquei ali perdido em meus pensamentos, pensando em todas as merdas que haviam acontecido para um dia só. Lembrei-me de mim caindo das escadas e comecei a rir do meu próprio desastre, até eu pensar em Lauren e meu sorriso cessar.
- Camila - Ouvi alguém chamar meu nome no portão, eu estava de frente para ela, mas com a cabeça baixa.
- Ah... Você... - Falei levantando minha cabeça e ficando descontente ao ver que não era algum artista famoso e gostosão.
- Posso falar com você?
- Se o portão estiver aberto sim. - E para a minha má sorte, ele estava, eu havia esquecido de fechar...
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Possessive G!P
Fanfiction- Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, Você não tem escolha". - Lauren Jauregui. É se Camila fosse dela ? Somente dela. E se Camila tentasse lutar contra isso mas ao mesmo tempo, isso tivesse valendo sua morte...