Bitch

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- Suas filhas da puta, PAREM. - Gritei ali mesmo da sacada e logo saí correndo, com tanto lugar para brigar, elas resolveram brigar logo na frente da minha casa, se meu pai estivesse presente eu estava totalmente ferrada.

Abri a porta e logo avistei uma multidão em volta das duas, mas não eram gangsters, eram vizinhos fofoqueiros e curiosos. Merda, merda, merda.

- É SÉRIO, PAREM. - Gritei novamente, enquanto Lauren e Kendall quase se esfolavam, as duas estavam no 0x0, mas elas pararam e me olharam.

- Essa vadia que começou, eu estava aqui de boa na minha - Lauren disse como uma criança, mas sempre com o seu típico sorriso debochado.

- Essa pau no cu queria entrar na sua casa para falar com você, essa garota é perigosa para você, Camila. Vai saber o que ela queria - Kendall falou ofegante e quase que eu disse ''continue aí brigando por mim, a princesa aqui vai voltar para o seu sono de beleza'' mas não, ao invés disso, apenas disse: - Está tudo bem, Kendall. Para mim Lauren não é nem um pouco perigosa, mas agradeço por bater nela, quando quiser fazer isso mais vezes... Fique à vontade.

- Essa garota não consegue encostar nem um dedo em mim, você sabe muito bem que é bem mais fácil EU bater nela. - Lauren disse como se estivesse ameaçando Kendall, e ela estava.

- Tem certeza, flor? - Kendall debochou. - Então vem, guerreira. Quero ver se você é foda mesmo.

- Você sabe muito bem que eu sou. - Lauren disse. - Quer que eu esfole sua cara de novo? É isso? Então tá. - Lauren disse e partiu para cima de Kendall, mas antes eu me meti no meio das duas em uma rapidez assustadora.

- Eu vou falar só mais uma vez - Respirei fundo tentando me controlar, pois as duas souberam me irritar. - PAREM. - Gritei novamente. - Se não, eu corto o bem mais precioso de vocês com aquelas tesouras normais, para a dor ser bem mais intensa. - Lauren e Kendall se olharam rapidamente.

- Você me assusta, Camila e olha que ninguém me assusta. - Kendall disse.

- Cala a boca, você é uma cagona em todos os sentidos. - Lauren implicou. - Mas enfim para que cortar, Little Camz? Se você pode fazer outras coisas - Lauren disse mordendo os lábios, totalmente maliciosa. - Foi aí que Kendall tentou ir para cima dela novamente, mas eu a impedi.

- Ok, gente acabou o show. - Me dirigi aos vizinhos. - Podem voltar para as suas casas, ver suas novelas chatas, tricotar, não interessa. MAS VOLTEM. Dona Mary, vá lá fazer sua sopinha que a senhora não abre mão, já veio umas quinhentas vezes aqui em casa oferecer essa água com legumes - A senhora fez uma cara de ofendida e saiu. - Sr. George, vá lá continuar a fazer o que o senhor estava fazendo.

- Mas eu não estava fazendo nada. - O homem retrucou.

- Então volte a fazer nada, mas na sua casa. Obrigada.

- Vão indo todo mundo, que o show dessas garotas já acabou, obrigado por comparecerem. - Os vizinhos estavam dando meia volta e voltando para suas casas, enquanto Lauren e Kendall  discutiam. Me virei para as duas.

- Pronto, agora vai cada um para um lado e parem com essa porra de infantilidade. - Falei.

- Mas eu quero falar com você. - Lauren insistiu séria. Nunca abrindo mão do seu jeito rude.

- Mas ela não quer falar com você. - Kendall  decidiu por mim.

- Você já experimentou transar? Essa sua virgindade está te deixando muito nervosa, relaxa e vai pegar alguns meninos ou meninas. - Nossa, olha quem falando Lauren Jauregui, a garota mais nervosa que eu conheço. Mas ela falou aquilo apenas para implicar.

- Eu não sou virgem, garota. Comi sua mãe, lembra? - Porra, agora a coisa ficou séria. Vi Lauren mudar sua expressão suave, para a VERDADEIRA  Lauren.

- O que você disse sua merda? Repete, quero ver - Lauren disse.

- Comi sua mãe. - Kendall  repetiu, e então, Lauren partiu para cima dela e as duas se embolaram novamente, que inferno de vida mesmo. Eu já estava quase desistindo, poderia deixar as duas se matarem ali mesmo e, boa ideia, virei as costas abrindo o portão de casa para voltar aos aconchegos da minha linda cama. Deixei-os lá, eu já estava ficando com muita raiva e daqui a pouco seríamos nós três se batendo.

Havia uma mensagem de meu pai dizendo que ele ''dormiria no escritório''... Dormir no escritório? Mas que merda de vida, falei comigo, jogando o celular em um canto qualquer do sofá.

Ouvi o barulho da porta se abrindo e logo Cindy entrou droga, não podia piorar ela estava com uma calça branca justa, que dava até para ver seus órgãos, uma blusa vermelha justa também e um salto que deixava ela com 3 metros de altura mais ou menos sem contar a maquiagem extremamente exagerada, do tipo ''sou vadia''.

- Oi pirralha, a janta já está pronta? - Ela perguntou e eu ri ironicamente.

- Quem deveria cozinhar para mim era você, até porque você está na casa da MINHA mãe.

- Que Deus a tenha. - Ela debochou. - Mas agora eu mando aqui.

- Não sonha Cindy um dia sua máscara cai. - Falei.

- Deus o livre minha máscara facial cair. - Ela disse massageando o rosto. - Imagina só, eu cheias de rugas. Não consigo nem pensar. - ''Oi burrice'' pensei comigo. - Então pirralha já que você não fez minha janta, pode deixar que eu vou sair para comer fora. - Isso foi um pretexto para ela pular a cerca e meter vários chifres em meu pobre pai. - Ah, depois vou para a casa da minha querida vó. - Mentira. - Só volto amanhã.

- Você vai é pro seu ponto que eu sei. - Impliquei.

- Olha o respeito, pirralha. - Ela disse.

- Desculpa, é que eu não consigo ver a diferença entre você e uma prostituta. - Falei, enquanto pegava uma maçã e a mordia. Cindy ficou vermelha, mas ela não disse nada, apenas foi até a porta e saiu. Vá pela sombra. Na verdade, eu queria que ela fosse pelo sol e tivesse um câncer de pele bem forte, mas estava noite.

E era nessas horas que eu me sentia a pessoa mais solitária do mundo, fui para o meu quarto, mas o sono eu já havia perdido. Apenas me joguei de qualquer jeito na cama e viajei para outro mundo, e sem querer, vi Lauren nesse outro mundo. Droga, não, nunca. Sacudi a cabeça tentando fugir daquilo, eu e Lauren vivíamos em mundos completamente diferentes, ela estava fora de cogitação.

Tirei os fones, porque ouvir musica não estava dando certo e fiquei ali, no silêncio. Até ouvir um barulhão, um estrondo, me levantei da cama praticamente voando e totalmente assustada. Abri a porta do meu quarto lentamente, indo devagar até o quarto de meu pai, pegando seu revólver de emergência. Fui passo a passo pelo corredor tentando fazer o mínimo de barulho possível, cheguei às escadas e fui descendo de fininho, degrau por degrau com o coração quase saindo pela boca. Assim que cheguei ao último degrau da escada, avistei algo, algo nojento.

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