5- CAOS MUNDIAL

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  Já estávamos à algumas horas na estrada, passamos por várias pessoas comendo outras, e carros derrubados em estradas ou acidentados. Havíamos nos livrado de todo o lixo da vã, colocamos fogo em um dos postos que paramos para abastecer alguns quilômetros atrás, ficamos com as armas e os walktocs, tínhamos enchido a vã com mais mantimentos dos mercados de estrada que consegui ter acesso, pois a maioria estava cheia de seres mortos, apenas dois mercados pequenos de estrada que conseguimos pegar algumas coisas, pois estavam limpos e mais seguros. Será que esse caos está acontecendo apenas por aqui ou por todo lugar? O que teria dado início a isso? Como parar?
  Algumas coisas deveriam ser explicadas, mas não podíamos esperar por respostas, nesse momento o radio que parecia estar com problema e que eu tentará ligar algumas horas antes para distrair meu filho, acaba funcionando.
  " AQUI É UMA ESTAÇÃO PRIVADA DE COMUNICAÇÃO DA O.M.G, O MUNDO INTEIRO ESTA EM CAOS TOTAL, SE VOCE É SOBREVIVENTE DOS ATAQUES E ESTA OUVINDO ESSA MENSAGEM DE ALERTA, PROCURE PELA RUA ESPGMAN RODELFILD 3878, ESTAMOS COM UMA SEDE DE SEGURANÇA MÁXIMA PARA AJUDAR E RECEBER AJUDANTES DISPOSTOS A LUTAR CONTRA ESSA DOENÇA. DEIXAMOS AVISADOS, NÃO SE APROXIME DE ALGUÉM FERIDO OU SEMI MORTO, EVITE CONTATO OU PROXIMIDADES, NÃO HAJA COMO HERÓI, NOS ENCONTRE NA RUA ESPGMAN RODELFILD 3878 E AJUDAREMOS VOCÊS, ESTAMOS LUTANDO CONTRA ESSA ONDA DE MORTOS VIVOS QUE INICIOU EM GRANDE ESCALA, ALERTAMOS VOCÊS, VENHAM EM NOSSO ENCONTRO."
  O som então para, talvez ele tenha terminado a mensagem e só a torre deles estejam funcionando para comunicação, isso seria bom, nas o que e quem são essa gente dá O.M.G? Agora já sei que aqueles filmes todos de zumbis se tornaram um pesadelo total, mortos voltando a vida, que droga de situação chegamos, tenho que encontrar essa rua Espgman Rodelfild e por minha família em segurança. Eu procuro no GPS do celular a tal rua, por sorte hoje em dia o GPS não necessita de internet, assim posso me localizar sem me perder. Encontro a rua, ela fica apenas a duas cidades daqui, terei mais três horas de viagem e tudo ficará bem melhor.
  Chegamos a uma das cidades próximas, paramos em um posto que já foi abandonado, pelo visto aqui também foi atacado, paro o carro em uma das bombas, acordo minha esposa, peço para que fique atenta ao carro, irei entrar na conveniência ver se consigo algo mais, quanto mais mantimentos melhor. Ela concorda e se põe de pé ao lado da vã, eu vou me distanciando devagar até a conveniência, saco a pistola da minha cintura e entro espreitado nas prateleiras para não ser visto caso haja alguém ali. Ando por todo corredor e não vejo ninguém, me sinto aliviado, guardo a arma e abro uma sacola e vou enchendo de coisas, remédios para cabeça e corpo, remédios para ferida, álcool, comida, alguns kits de primeiros socorros e tudo que talvez eu ache necessário levar. Ouço minha esposa gritar e um barulho de porta batendo.
  _ EDWARD A VÃ... - Foi tudo que consegui ouvir até chegar ao lado de fora da conveniência e ver minha esposa segurando meu filho nos braços enquanto alguém foge com a vã e tudo que tínhamos coletado até ali. Cheguei ate minha esposa e não ligava mais para a vã, estava feliz de ver que ela e meu filho estavam bem, a gente pode arrumar outro carro, tenho as coisas da conveniência e podemos coletar mais nas próximas cidades.
  _ Eram dois homens armados, jogaram nosso filho nos meus braços e fugiram com a vã. - minha esposa estava preocupada, mas não queria parecer desesperada perto de nosso filho.
  _ A gente vai se dar bem, vamos arrumar outro carro, vamos ficar juntos e achar o pessoal da O.M.G.
  Coloquei tudo o que pude dentro da mochila do meu filho e da bolsa da minha esposa, para não andar com sacolas nas mãos, estávamos em outra cidade que não conhecíamos, não sabíamos o que aconteceu ali, como aconteceu e muito menos onde nos abrigar, já estava começando a escurecer e não podíamos ficar na rua. Então caminhamos em direção a dentro da cidade à procura de um lugar seguro para passar a primeira noite de caos, o que deveria ser três horas de viagem, pode acabar se tornando um dia ou mais de viagem.
  Na cidade, havia casas em chamas, pedaços de corpos ficaram para trás, talvez esses sejam os que não conseguiram escapar, prédios com janelas quebradas e pessoas esparramadas no chão de sangue, um verdadeiro mar da morte. Como tudo aqui tinha acontecido? Do dia para a noite tudo se tornou um caos mundial, cidades inteiras abandonadas como cidades fantasmas do velho oeste, isso tudo em questão de que? Semanas? Dias? E a gente nem se quer notou muita diferença. Havíamos tudo muita sorte até ali, coisa que podíamos notar que várias pessoas não tiveram. Algum tempo andando, noto que o céu já escureceu, então começo a me preocupar mais, pois a visão fica mais difícil, vejo uma casa toda apagada e em silêncio na esquina da frente, não parece ter sido muito danificada com todo tumulto que teve por aqui, me aproximo dela, abro a porta com um cabo de antena que pego do chão, entro com a arma na mão. Minha esposa segura meu filho que já está dormindo, entra junto comigo, averiguamos todos os cômodos juntos, a casa estava totalmente vazia, mas com os móveis todos revirados, mas aquilo era o menor de nossos problemas.
   _Amanhã partimos cedo - comento com minha esposa - estou com o endereço no celular gravado, seguiremos essa direção, descanse junto com o Chris, eu ficarei de guarda mais algumas horas e depois dormirei um pouco.
   _ Iremos ficar bem não é amor?
   _ Iremos sim querida, cuida do Chris e descansa, precisamos estar bem, amanhã teremos muito que caminhar.
   Ela se deita ao lado de meu filho em um dos quartos, eu continuo olhando os cômodos, verificando área por área, não quero minha família passando por problemas, faço essa revisão várias vezes por algumas horas, até deitar no chão perto deles e dormir também.

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