7- ATAQUE

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  Estávamos andando à alguns minutos, estávamos molhados e exaustos, havíamos deixado a pick up em um ponte destruída alguns minutos atrás e atravessamos o rio mesmo, por sorte ainda é tarde e temos o sol para nós aquecer um pouco. A destruição que vemos é imensa, carros, casa e corpos no chão desde a praia até aqui, isso em dias. Avistamos a placa que avisava que estávamos em Santa fé, a cidade religiosa. Essa é a cidade onde está a instalação da O.M.G, isso então nós ajudava no ânimo, mas as pernas não queriam mais trabalhar.
  _ Eu preciso parar pra tirar água do joelho - Dewis parecia cansado
  _ Vai ali atrás daquela placa e mija ali no mato - David parecia cansado também - esperamos você aqui.
  Sentamos para descansar um pouco, estávamos na entrada da cidade, descansar aqui será bom pra chegar bem na sede da O.M.G, podia ver no rosto de cada um deles o quanto estávamos todos cansados, até mesmo meu filho reclamava de dores nas pernas. Um grito forte nos faz levantar, olho ao redor, Dewis está em baixo de um dos mortos vivos, que está o atacando tentando morde-lo. Corremos todos em sua direção, decido nao usar a arma pra não chamar atenção de mais zumbis, o que fazemos é pegar pedaços de ferro e madeira do chão e ir pra cima dele. Atacamos ele enquanto Gabe ajuda Dewis a levantar e vão para perto de minha mulher verificar se ele se machucara durante o ataque. O que não notamos, são três outros mortos que acabam aparecendo por trás de nos é nós empurram bruscamente, suas mãos frias e duras lhe davam forças para nós agarrar como estátuas, fizemos o que podíamos, empurravamos eles e atacamos com os galhos e ferros que tínhamos, sintiamos seus corpos quebrarem como rochas, mas continuavam a se mexer, parecia que nada que fizéssemos os paravam, Gabe se aproximou por tras de um deles é enfiou um cano na cabeça do morto que atacava David, isso o fez cair imóvel no chão, o conteve. Essa era ideia, esse era o plano, acertar a cabeça podia ser a fonte da solução, o corpo só continua vivo por conta de alguma atividade cerebral. Consigo esquivar de uma agarrada que o zumbi lança em minha direção e com o galho em mãos, bato em seu joelho quebrando e deixando ele cair, por fim enfiando o galho em seu crânio que quebra de forma fácil.
   _ ACERTE A CABEÇA, - grito para que me ouçam - É O QUE OS DETÉM.
  David parece compreender, com isso da várias pauladas na cabeça do ser que o ataca, destruindo todo seu crânio, o deixando inerte no chão. Todos estávamos vivos ainda, corremos em direção ao Dewis e minha esposa.
  _ Ele está bem, não foi ferido - minha esposa comenta - mas precisamos ter mais cuidado, isso é perigoso.
  _ De agora em diante - complemento a conversa - vamos ficar juntos e não vamos nos afastar muito uns dos outros.
  _ Precisamos sair daqui - Gabe avisa apontando para a direção do mato e da estrada - Parece que chamamos mais atenção do que pretendíamos.
  Podíamos ver vários daqueles seres mortos, eram mais de dezenas deles ali, estavam caminhando desgovernados em nossa direção. Fizemos o que sempre estávamos dispostos, correr para sobreviver. Entramos na cidade esgueirando por carros e destroços da cidade, até avistar uma loja de ferramentas.
  _ Vamos por ali - digo correndo em direção a loja.
  Todos vem em minha direção, entramos na loja e já somos vistos por um dos mortos vivos que ali estavam, mas aqueles pareciam apenas rastejar, não tinham movimento das pernas, o que era melhor. Peguei um machado e um taco grando, cortei a cabeça fora daquele rastejante. Os outros fizeram o mesmo, cada um pegando alguma coisa para se defender. Trancamos as portas e nos mantemos ali por um tempo, ouvimos várias batidas na porta, eles queriam de uma forma ou outra entrar, estávamos cercados, abracei minha esposa e filho, os amigos fizeram o mesmo, até a porta romper e vários seres mortos entrarem na loja. Podia sentir o fim próximo, eram muitos, lutar não nos ajudaria em nada e não tínhamos para onde correr, havíamos nos prendido ali, o que podíamos fazer era resistir até cair de canseira ou de vez.

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