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Park caminhava nas ruas despreocupado, suas mãos no bolso da jaqueta, o vento batia gelado no seu rosto.

Ele olhou em volta e avistou uma cafeteria, e logo caminhou até o local, entrou no mesmo, e se sentou em uma das cadeiras forradas de couro, esperando alguém atende-lo.

– O que deseja? - logo uma menina de rosto redondinho e o olhos escuros parou ao seu lado com uma especie de caderninho amarelo.

– Um cappuccino. - Jimin disse simples e a moça assentiu saindo dali rapidamente, o loiro ficou encarando a janela que dava vista para a rua, os carros e a calçada onde as pessoas andavam apressadas.

Uma pessoa sentou a sua frente e ele ignorou, continuou olhando a janela, e depois de um tempo, suspirou cansado, não queria, mas tinha que olhar para o rosto de quem havia sentado a sua frente.

– Ah, Jackson. Por que não estou surpreso? - perguntou a si mesmo e deixou um pequeno sorriso escapar.

– Jimin! - ah droga, porque ele tinha que falar o nome dele com tanta expontaniedade? Da onde vinha toda essa alegria? – Como vai Jungkook?

"Provavelmente morto." — pensou e sorriu discreto.

– Eu não faço a menor ideia. - disse realmente, e não era mentira, ele não sabia mesmo o paradeiro de Jeon. – Mas me diz. - suspirou. – Como anda o trabalho?

– Ah, o de sempre o chefe continua o mesmo arrogante, e descontando do nosso salário por besteiras. - respondeu, e olhou para o lado, chamando a atenção de Jimin que também olhou. – Ah, Mark chegou tenho que ir. - o outro loiro se levantou saindo dali, sem antes dar um tapinha no ombro do Park.

Pôde ver Mark acenar do carro, e fez sinal de volta, logo vendo o carro saindo dali.

Teve sua atenção presa a televisão, onde passava um canal de reportagem, a moça apareceu e colocou seu cappuccino a sua frente ele agradeceu e a garota saiu de sua vista.

Jimin não sabia o que passava na televisão a única coisa que ele sabia era que tinha a foto de Jungkook estampada ali, a televisão estava no mudo para não incomodar os clientes então o jeito era Park apenas tentar desvendar o que o repórter falava.

Ele poderia pedir para alguém aumentar o volume, oh, mas isso era tão suspeito.

Usando a leitura labial, Jimin riu ao entender a palavra "morto". Não acreditava que Hoseok havia conseguido.

Tomou seu cappuccino sem esconder o sorriso e a vontade de gargalhar alto, logo após largou o dinheiro em cima da mesa e saiu dali a passos normais, tendo o olhar de algumas pessoas.

Voltou a andar pelas ruas, com as mãos nos bolsos e cantarolando uma música qualquer, seu celular vibrou e ele o apanhou.

Era uma mensagem de Hoseok.

" Uma vez Taehyung me disse que você gostava de cappuccino ".

Riu alto, mas riu como um bobo apaixonado, apesar de não estar.

Caminhou para sua casa, dessa vez como se estivesse voltando do colégio, saltitando, balançando a cabeça de um lado para o outro, cantarolando, murmurando, contando as pedrinhas, não pisando na risca.

Ao chegar em casa, ele retirou seus sapatos e sua jaqueta, ficando apenas com a calça a blusa de frio e de meias pela casa, ele ligou o som de casa, e começou a tocar Strip That Down. Ele ascendeu um cigarro, e começou a limpar e ilustrar suas armas.

Talvez fosse maldade ele estar tão feliz por conta da morte de Jeongguk. Mas Jimin não era bonzinho.

Ele poderia não ter matado Jeon, mas se sentia melhor em saber que o mesmo não estava vivo.

††

Jimin ainda não acreditava que depois de tantos anos, tantas pessoas, uma pessoa simples como Hoseok havia conseguido matar Jeon Jungkook.

– Eu ainda não acredito nisso. - comentou com o ruivo, que sorriu de lado, bebendo sua cerveja. - E olha que você nem sabe atirar.

Talvez por amor as pessoas fossem capazes de tudo, assim como Hoseok foi capaz de sujar suas mãos, matar alguém, justamente uma coisa que ele repudiava, por Taehyung.

– Me sinto melhor agora. - Jung afirmou.

† Dangerous Love †Onde histórias criam vida. Descubra agora