*Hieri
Nosso avião estava preste a pousar. Eu estava suando frio. Não tinha contado para ninguém mais meu pai que iria nós buscar, não um dos seus homens, ele deixou bem especifico que seria ele mesmo. Todos desembarcados fomos em direção a saída, ele estava lá.
Eu não estava crendo no que vi. Meu pai estava vestido como um dos motorista dele,igualzinho, com um uniforme e tudo. Ele me impressionou com seu ato, será que ele estava fazendo isso por mim? por um momento eu pensei que ele podia sim estra fazendo isso por mim, mais ai eu me toquei, ele só estava fazendo isso pra pedir ajuda. Ele precisava de mim, ou de alguma coisa que eu tinha.
Ele estava com aquela cara. Aquela cara de que parecia que estava fazendo isso por mim, ele estava tramando algo. Tentei esconder a raiva que estava resta a trasbordar de mim.
- Olá Senhorita Gardner, podem entrar - abre a porta do carro - eu os levarei para a casa de praia. meu nome Wate... - nome falso. Era de se esperar, quando "trabalhávamos" juntos ele mal se lembrava do meu nome verdadeiro de tantos nomes falsos que a gente tinha. Eramos bons atores, você tem que ser o melhor quando se trata de mentir, sem gaguejar, sem pensar de mais, apenas minta.
Vou confessar sinto de vez em quando uma pontada de saudade, sinto saudades daquele friozinho na bariga antes de começar um trabalho, aquela adrenalina quando estamos finalizando o trabalho. Mais eu tinha prometido pra mim mesma não fazer mais nada disso, não mentir mais. A quem eu estou tentando enganar, eu ainda continuo a mentir. Eu sinto saudades da minha vida.
[...]
Três horas depois tínhamos chegado a casa de praia. Ela era linda, reservada bem longe da cidade, mais aconchegante do que minha verdadeira casa de infância, viver em um lugar assim deve ser maravilhoso.
Todos estavam bem animados, também tinham gostado da casa. Assim que desceram do caro, o que pareceu levar dois segundos de tão animados que estavam, foram conhecer a casa e a praia, que elo visto era só nossa. Eu estava preste a descer do caro e acompanha-los mais ai eu sinto meu braço ser puxado de leve.
-filha precisamos conversar - seu olhar era de preocupação. aquilo tinha me assustado. Ele era a pessoa mais despreocupada do mundo.
- sobre o que você quer conversar? - minha voz sai um pouco ríspida que o normal o que o faz sorrir de lado. Odeio esse sorriso.Por muitas vezes eu pesei que talvez esse seu sorriso fosse uma forma de amor por mim ou de carinho, só que nunca significou isso, esses seus sorrisos só apareciam quando eu agia como ele, ou como ele queria que eu agisse, e isso significava que eu estava me tornando como ele. Assim que eu descobri isso foi quando eu desisti dessa vida, o meu medo de me tornar como ele era maior do que não conseguir ser uma garota normal.
Eu era tão covarde. Eu me odiava.